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Kuroo deixou escapar um gemido que estava preso no fundo de sua garganta, o que incentivou Kenma a se movimentar mais avidamente sobre sua ereção.
Ambos estavam uma bagunça de gemidos, suspiros e fluidos corporais. As respirações estavam falhas e o calor que emanavam era tão intenso, que poderia até substituir o aquecedor do ambiente em casos de emergência.
— Gatinho... — Kuroo chamou pelo loiro entre suspiros, sentindo diversos arrepios percorrendo seu corpo, principalmente quando Kenma deixou leves mordidas em seu pescoço.
— Gatinho, eu quero muito — outro suspiro alto fugiu de seus lábios — Mas você vai ter que me ensinar. — Sorrindo, Kenma notou o estado em que o outro se encontrava. Portanto, desacelerou os movimentos para poder segurar as bochechas alheias entre as mãos, depositando, em seguida, um selinho nos lábios maltratados, com um mordida deixando-os ainda mais vermelhos.
Kenma queria muito compartilhar aquele momento com Kuroo, ser seu primeiro. Mas não queria somente ser o primeiro, queria ser o último. O momento precisava ser especial, afinal aquela era a primeira vez do moreno.
— Não vejo problema algum nisso — com um último selinho, Kenma puxou a própria camisa sobre a cabeça segundos antes de atacar os lábios alheios novamente.
O corpo pequeno era explorado por grandes mãos e tremia todas as vezes em que os mamilos eram maltratados, beliscados e estimulados como se fizesse parte de uma prática obrigatória. O gelado dos piercings sob seus dedos e o calor do peitoral sob suas palmas, levou Kuroo a um impasse delicioso, onde deveria decidir entre traçar uma linha imaginária de beijos até um dos mamilos eriçados ou atacar os lábios para engolir cada um dos gemidos liberados.
Optando pela primeira opção, Kuroo deixou uma leve mordida no mamilo sensível de Kenma, fazendo com que as costas do menor arqueassem sobre seu colo e um gemido alto escapasse dos lábios inchados. Segurando-o firme pela cintura, mantendo-o no lugar, Kuroo pôs em prática sua segunda opção. Explorou o corpo de Kenma com as palmas calejadas, forçando o pequeno corpo para baixo, ajudando-o em seus movimentos e aumentando a fricção entre suas ereções. A todo momento Kuroo o beijava, buscando engolir cada um dos gemidos soltados pelo streamer Kenma, que estava cada vez mais vocais. Por mais que a ideia de que os vizinhos soubessem que Kenma tinha alguém fosse agradável para Kuroo, seu ciúmes falava mais alto. Seus gemidos são apenas para mim, somente eu posso provocá-los, somente eu posso ouví-los.
Com esses pensamentos em mente, Kuroo mudou as posições, empurrando o loiro contra o sofá, deitando-se sobre ele enquanto buscava remover suas últimas peças de roupa. Entretanto, ele não sabia o que fazer, por isso parou os movimentos sem saber como prosseguir. O que estou fazendo?
Ao notar seu desconforto, Kenma tocou suas bochechas e as acariciou com os polegares.
— Você 'tá indo bem, não precisa se preocupar — sorrindo, relativamente mais calmo, Kuroo se levantou e removeu a própria calça, voltando sua atenção aos mamilos do loiro. Estava completamente obcecado por eles, mas Kenma não se importava, afinal era uma das zonas mais erógenas de seu corpo e ele amava que brincassem com seus mamilos.
Com ambos apenas em peças íntimas, a atmosfera do ambiente ficou ainda mais densa. Kenma deixou seus olhos vagarem pelo corpo do outro, logo voltando o olhar para os olhos ansiosos de Kuroo em um pedido silencioso. Como se tivesse entendido exatamente o que o do loiro queria, o moreno abriu as pernas e assentiu.
O contato visual foi mantido durante todo o processo, desde o momento em que Kenma desceu do sofá e se ajoelhou na frente de Kuroo, até quando um beijo molhado foi depositado no membro completamente duro, por cima do tecido da cueca — única coisa que separava seus lábios daquilo que tanto ansiava ter em sua boca.
Kuroo sentiu seu corpo inteiro tremer em antecipação, pois a visão de Kenma ajoelhado entre suas pernas, prestes a despí-lo por completo, era algo que acreditava fielmente ser incapaz de u dia esquecer. Estava ansioso pelo que estava por vir, sentindo o corpo tremer em antecipação.
Kenma deixou uma trilha de beijos pelas coxas e virilhas do moreno, em uma clara provocação, até que, finalmente, chegou em seu objetivo.
O tecido foi removido o suficiente para que Kenma pudesse ocupar sua boca, sorrindo entre os movimentos ao perceber o rosto de Kuroo transmitindo completo prazer, além dos sons mais prazerosos que o loiro já ouviu.
As mãos grandes de Kuroo apertavam os fios loiros, não querendo levá-lo para baixo, mais fundo, mas com a intenção de descontar o prazer sem igual que estava sentindo. Ver Kenma com os olhos vermelhos, lacrimejando, por ter seu pau na boca, fez o moreno se aproximar perigosamente de seu ápice. Mesmo que tenha avisado desesperadamente ao outro, Kuroo teve seus avisos ignorados, não conseguindo se conter e gozando forte na boca alheia.
Os lábios de Kenma estavam sujos, tal como os cantos de sua boca, por onde passou as costas da mão, removendo os resquícios restantes. Subindo novamente no colo de Kuroo, que ainda estava ofegante e com o corpo fraco após seu orgasmo, Kenma depositou um beijo molhado em seus lábios, fazendo-o provar de seu próprio gosto.
Ele já sabia que as coisas poderiam esquentar, escalonando ao ponto de perder o controle, por isso havia se preparado para a situação. Com uma mão, puxou seu moletom da beirada do sofá, retirando, de um dos bolsos, um vidro de lubrificante e um preservativo.
Kuroo assistiu curioso Kenma remover sua última peça de roupa, logo em seguida molhando os dedos com o líquido e inserindo-os em si próprio. A ação fez com que o loiro apoiasse a cabeça no peito de Kuroo, que procurou acariciá-lo em uma tentativa de ajudar com o alívio da dor.
Ele sabia que não era muito, mas buscou confortá-lo passando suas mãos pelos braços, cintura, costas, lombar, coxas, nádegas e qualquer local que pudesse encontrar, afinal queria que Kenma soubesse que poderia levar todo o tempo que precisasse até se sentir preparado para recebê-lo.
Kuroo também buscou distribuir beijos pelo pescoço avermelhado do loiro, deixando leves mordidas e selares pelo local enquanto Kenma fazia o possível para que ele, assim como o outro, pudesse aproveitar ao máximo aquele momento.
Sentindo-se pronto, Kenma olhou novamente no fundo dos olhos de Kuroo, sussurrando, enquanto circulava o membro deste com um preservativo, que estava tudo bem, que ele estava indo bem.
Um gemido gutural deixou a garganta de Kuroo quando Kenma começou a sentar em seu pau, preenchendo-se rapidamente. Estava tão desesperado quando o moreno.
O calor de seu interior levou Kuroo às estrelas, e a pequena pausa tirada para se acostumar não foi capaz de prepará-lo para o que viria a seguir.
Aproximando os lábios ao ouvido do moreno, Kenma sussurrou: — Você será meu amanhã ou só será meu essa noite?
O olhar intenso direcionado posteriormente ao outro e a voz rouca devido ao prazer que estava sentindo, fez com que Kuroo tremesse.
— Se você me quiser, serei seu por toda a eternidade. — deixando um beijo na testa de Kenma, Kuroo sorriu, sendo retribuído com o sorrisso mais lindo que já viu. Sorrisos que logo se transformaram em gemidos. Kenma subiu e desceu repetidas vezes até suas coxas gritarem por uma pausa — essa não concedida. Eram uma mistura de fluidos e barulhos, Kenma ditava os movimentos de maneira ritmada. Suas coxas queimavam, mas não importava, pois a dose de dopamina em suas veias era suficiente para mantê-lo focado.
Ambos sentiam-se cada vez nais próximos de seus ápices. E, em um pico de coragem, Kuroo novamente deitou Kenma sobre o sofá, mas dessa vez surpreendeu-o com estocadas fortes e ritimadas. As unhas curtas do loiro faziam estragos nas costas de Kuroo ao passo que gemia descontroladamente ao sentir seu ponto doce ser surrado repetidas vezes.
Entre estocadas fundas, Kenma implorava por mais, para que Kuroo fosse mais rápido — se é que isso era possível —, mas ele se empenhava em atender aos pedidos do loiro. 
Nos segundos anteriores a seus ápices, xingamentos deixavam ambas as bocas, mesmo que alguns fossem impossíveis de se compreender. Por fim, sujando ambos os peitorais, Kenma sentiu seu corpo amolecer e tremer devido a sensibilidade de ter sua próstata surrada após seu orgasmo. Bastaram mais três estacadas para que Kuroo gozasse no preservativo, deixando seu corpo cair temporariamente sobre o de Kenma.
Após alguns segundos, Kuroo saiu delicadamente de dentro do loiro, deitando-se ao seu lado no pequeno sofá, sem nem ao menos remover o preservativo de si.
Trazendo Kenma para se aconchegar em seu peitoral, Kuroo deixou-se viajar pelo êxtase que sentia, precisando de quase dez minutos para voltar à órbita. Quando ambas respirações normalizaram, Kenma levou as pequenas mãos até as madeixas escuras, deixando ali um cafuné. Estava verdadeiramente realizado, Kuroo era incrível e ele precisava saber disso. Haviam passado tão pouco tempo juntos, mas sentia que já se conheciam há anos.
— Gatinho? — Kuroo chamou pelo outro antes que ele pudesse dizer qualquer coisa sobre o quão maravilhoso aquele momento havia sido. Havia acabado de remover o preservativo e deixá-lo em um canto à vista para descartá-lo depois
— Hm? — Kenma ainda tinha as mãos nas madeixas alheias.
— Quer namorar comigo? — o pedido de Kuroo foi feito olhando nos olhos de Kenma, que agora tinha um dos mais belos sorrisos estampado em seu rosto.
— Achei que você nunca fosse perguntar. — E eles se beijaram. Com esse beijo, diferente de todos que já compartilharam, Kuroo tentou transmitir para o mais novo namorado a importância que este tinha em sua vida.
— Deixa eu te limpar, gatinho? — ao fim do beijo, Kuroo sussurrou tais palavras e estava prestes a se levantar para buscar uma toalha quando Kenma o puxou para a cama, negando o pedido ao dizer que preferia tomar um banho.
— Quer vir comigo? — Kuroo agora é quem tinha um sorriso no rosto. Estava extremamente feliz, mas não poderia perder a oportunidade de brincar com o mais novo namorado.
— Achei que você nunca fosse perguntar. — com uma piscadela, Kuroo gargalhou de forma escandalosa, recebendo uma almofada em seu rosto.
Desde o incio, tudo entre os dois se desenrolou de forma natural. Mesmo que o motivo de se encontrarem tenha sido uma maldita furadeira atrapalhando o sossego de Kenma às onze da noite, parecia ser algo destinado, afinal eles se conheciam antes mesmo da puberdade os atingir.
O destino os separou uma vez, mas de alguma forma eles deram um jeito de se encontrar novamente. E, dessa vez, não pretendiam se separar. Eram dois corações, de fato, mas pertenciam a somente uma casa.
Tudo entre eles transbordava intensidade. Eram tantas sensações que não saberiam explicar qual delas era a mais marcante.
Fizeram a promessa de um hoje perfeito e um amanhã ainda melhor, queriam ser para sempre um do outro. Kuroo e Kenma eram como um hábito que não pode ser facilmente desfeito, a vastidão de seus sentimentos não pode ser evitada, tal como um arrepio involuntário.
Ambos pretendem caminhar, juntos, até às beiradas do planeta, sabendo que, na presença um do outro, são capazes de qualquer coisa, principalmente de serem felizes. Mesmo que não soubessem exatamente para onde iriam, não importava, porque eles sabiam perfeitamente onde pertenciam.

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Fim.

The One Next DoorOnde histórias criam vida. Descubra agora