07 • piercings

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Kenma e Kuroo se cansaram de tanto que jogaram, então resolveram assistir um filme que passava na televisão. Enquanto o filme parecia mais uma espécie de música de fundo ambiente, o loiro aproveitou para postar em sua conta do Twitter sobre como o moreno era ruim no jogo que jogaram mais cedo. Na realidade, dizer que Kuroo era ruim não se passava de um eufemismo.
Como modo de vingança para os Tweets feitos pelo streamer, Kuroo o surpreendeu com cócegas. Ele pagaria por ter falado se si para mais de 100 mil pessoas.
As risadas de Kenma eram incontroláveis, seu abdômen inteiro doía. Entre lágrimas, o loiro suplicava por uma trégua, a qual recebeu assim que o outro achou ter se vingado o suficiente.
A sessão de tortura de Kenma havia terminado, mas a de Kuroo ainda iria começar. A blusa larga que o loiro vestia encontrava-se levatada de forma a expor seus mamilos.
Puta merda!
Após analisar o peitoral alheio por alguns segundos, Kuroo finalmente os percebeu. Piercings.
Ele tem piercings nos mamilos... Puta que me pariu! Que tentação, ou melhor, tortura...
Para Kuroo, aquilo era a segunda coisa mais sexy na aparência de um homem. A primeira o loiro já tinha: um olhar felino, intenso e penetrante.

Ele estava fo.di.do.

Raciocinando aos poucos e percebendo que o loiro, além de ser dono de uma personalidade incrível, tinha não só a primeira, mas a segunda coisa que achava sexy na aparência de um homem, Kuroo se sentiu mergulhando em um transe, levando involuntariamente — ou não — sua destra em direção ao peitoral exposto do loiro.
Kenma, que sentia o peso do olhar de Kuroo sobre suas curvas, tinha as mãos sobre os olhos em uma tentativa de esconder a timidez que o invadiu. O moreno o observava com tanto desejo, e ao mesmo tempo com tanta ternura, que Kenma sentiu sua pele queimar com o olhar.
Por estar com os olhos cobertos, o streamer se assustou ao sentir dedos quentes tocarem a pele de sua barriga, traçando lentamente uma linha imaginária em direção aos seus mamilos.
Desejando enquanto Kuroo o tocava, retirou as mãos que cobriam os olhos. Kenma pôde sentir a admiração no olhar do outro, o desejo, a curiosidade. O moreno encontrava-se vidrado em seus piercings.
Resolvendo provocá-lo, Kenma se mexeu sob o toque alheio.
— O que foi? Você gosta? — perguntou se referindo aos metais que Kuroo encarava com tamanha luxúria. Talvez ele não houvesse percebido que deixava transparecer seu desejo, mas Kenma imaginava muito bem o que se passava em sua cabeça.
— Ei... Tá, tudo bem? — como resposta à pergunta do loiro, Kuroo aproximou o rosto dos piercings enquanto os explorava com os dedos. Carinhoa singelos, mas arrepiantes, foram deixados sobre os mamilos de Kenma.
Kuroo queria beijá-los até não poder mais, queria beijar Kenma. E, como se pudesse ler a mente e o olhar do moreno, o streamer o segurou pela nuca, o puxando para baixo, colando suas testas.
De costas no sofá, com Kuroo praticamente deitado sobre si, o loiro respirou pesado, começando a sentir calor.
— Gatinho... — Kuroo tentou formar alguma frase, mas foi interrompido por Kenma.
— Não fala nada, só me beija. Por favor... — vê o outro praticamente implorando por seu beijo, Kuroo obedeceu. Selou os lábios aos do loiro em um beijo afoito. A adrenalina que percorria ambos os corpos era quase palpável, a sensação era absurda, quase como se estivassem fazendo algo proibido.
A língua de Kenma adentrou a boca de Kuroo. De afoito o beijo passou para algo lento, intenso, repleto de luxúria e desejo. Se beijaram pelo tempo que seus pulmões aguentaram sem ar, separando-se por breves segundos antes de, novamente, imergirem em um beijo maravilhoso.
A sensação era indescritível. Era diferente, único, nada como outros beijos que experimentaram. Havia algo a mais ali.
Após uma longa sessão de amassos, os beijos foram transferidos para os pescoços, intercalando entre mordidas, chupões e beijos lentos e molhados.
Como se pedisse permissão pqra continuar, Kuroo olhou o menor nos olhos. Não foi preciso muito tempo para Kenma assentir desesperadamente, ele precisava de mais.
Eles não pretendiam ir muito longe, afinal nada daquilo havia sido sequer planejado, mas ele precisava de mais, queria muito mais. Estava longe de estar satisfeito, não ainda.
Kuroo desceu os lábios para o local que esteve desejando desde o início: os mamilos de kenma.
Ele era inexperiente, mas sabia exatamente o que queria fazer, então começou lambendo lentamente o mamilo direito, sentindo e saboreando o metal gelado do piercing em sua língua, cansando arrepios em ambos os corpos.
Ele tomou seu tempo. Explorou o local lentamente, mas ao passo que experimentava uma dose, queria outra, e mais outra. Ele poderia facilmente morrer enquanto beijava Kenma, ou seus mamilos, ou seu corpo inteiro.
Ele queria continuar, mas queria que Kenma quisesse também. E como se pudesse ouvir os pensamentos de Kuroo, o loiro o incentivou com fortes puxões em seus fios escuros, além de gemidos deliciosos.
Kenma tentava não ser muito vocal, mas era praticamente impossível, principalmente quando Kuroo começou a aumentar a força dos chupões em seus mamilos, descendo os beijos por seu abdômen, trilhando linhas avermelhadas com mordidas até a beirada de sua cueca.
Kenma não queria parar, Kuroo não queria parar, não realmente, mas optou por desacelerar um pouco.
— Gatinho... — o moreno começou meio envergonhado — Você não faz a menor ideia do quanto eu quero continuar, mas eu acho melhor a gente ir com calma.
Kenma ainda sentia-se em êxtase, porém não poderia concordar mais com o moreno, ele queria ir com calma. Contudo, o significado da palavra "calma" se perdeu completamente em sua mente quando Kuroo o bombardeou com sensações sem igual.
— Você tem razão. Vem cá, vem, deita aqui comigo. — Kenma estava ofegante, sua respiração ainda se acalmava quando o moreno se deitou ao seu lado. O loiro pôde sentir o quão rápido o coração do outro batia quando seus peitorais se tocaram.
Com um sorriso no rosto, Kenma se deixou desacelerar. Ao passo que sua respiração e de Kuroo lentamente se acalmava, Kenma sentiu seu olhar pesar.
Juntos, eles adormeceram. No entanto, só tiveram ciência na manhã seguinte, quando Kenma sentiu fios sedosos fazerem cócegas em sua bochecha.

The One Next DoorOnde histórias criam vida. Descubra agora