🌕Lua Cheia🌕

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𝓥𝓲 𝓪 𝓷𝓮𝓿𝓮 𝓬𝓪𝓲𝓻 𝓭𝓸 𝓬𝓮́𝓾,
𝓪𝓼𝓼𝓲𝓶 𝓬𝓸𝓶𝓸 𝓸 𝓪𝓷𝓳𝓸 𝓷𝓮𝓰𝓻𝓸 𝓺𝓾𝓮
𝓼𝓪𝓷𝓰𝓻𝓪𝓿𝓪́ 𝓺𝓾𝓪𝓷𝓭𝓸 𝓪𝓽𝓲𝓷𝓰𝓲𝓾 𝓸 𝓬𝓱𝓪̃𝓸.










































🌙𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑜𝑖𝑠: 𝑆𝑖𝑓𝑜̃𝑒𝑠 𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜𝑠 𝑒 𝑀𝑎𝑟𝑐𝑎𝑠 𝑑𝑜𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠.


































🌙__________ Os lençóis haviam sido trocados, a pequena cama de solteiro foi colocada à frente da lareira que queimava como o os olhos de Gathlas no Feérico. Heya teve cuidado ao tirar a armadura de couro para que não tocasse nas prensas dos Sifões vermelhos. As asas foram complicadas, com o macho desmaiado era difícil mantê-lo em uma posição onde não o machucasse.
De bruço ela o colocou, avaliou as longas envergaduras e o grande rasgo, sentindo pena do Feérico a sua frente.

Em seu quarto em cima de uma prateleira ao lado de seus livros ━ nos quais amava ler e reler ━, havia uma caixinha com linhas e agulhas. O que faria seria doloroso pois não iria usar seu poder para o curar, não tão cedo, pois não o conhecia e temia de que se o curasse rápido de mais ele a mataria assim que desperta-se.

Então desceu para o andar de baixo as pressas, deixando o corrimão recém pintado de preto sujar suas roupas. O lobo a encarou e deitou sua cabeça no sofá ━ que não o cabia direito. Heya sentou-se ao lado esquerdo de Cassian e com muito cuidado esticou a asa rasgado do macho illyriano. Foi delicada a cada pontada do manuseio da agulha, puxava de leve a linha até o último ferimento ser costurado.

A fada sorriu e com ajuda de Gathlas conseguiu levantar o Feérico para que tirasse o restante de suas roupas ━ ficando apenas com as íntimas.
O colchão estava quente e Heya o deitou perto das chamas, jogou as cobertas peludas em seu corpo e saiu para a cozinha, seguida pelo lobo ━ logo após ter estendido o couro illyriano perto da lareira junto das botas encharcadas pela chuva.

Gathlas sentou-se perto da porta e a encarou pegar uma caixa preta com ervas.

- Não precisa cuidar dele como um filhote de passarinho. - resmungou.

A jovem o olhou de lado e negou.

- Sei que não, mas... - ela parou e o encarou - eu não vou deixá-lo agoniando de dor em minha sala.

O lobo rolou os olhos e xingou enquanto se deitava no piso de madeira, que parecia mais mármore disfarçado. O brilho das paredes clareadas pela lareira deixavam o grande chalé mais confortável. O lugar era envolvido por magia, para que o frio não entrasse, então era seguro deixar Cassian apenas com as cobertas e perto do fogo. Heya não sentia o frio, não como muitos seres sentiam. Sua pele era fina e amêndoada, como as raízes jovens de uma árvore que nasceram perto de um pântano, mas fortes e resistentes. As longas asas ━ agora recolhidas por seu corpo ━ possuíam penas castanhas, quase brancas com as pontas de ouro cintilante, e vastas com garras douradas. Enquanto andava, as penas arrastavam no chão sem se preocupar, mas conforme crescia, elas se tornavam maiores ao ponto de não poder mantê-las abertas dentro de sua casa.

Heya pigarriou coçando a nuca.

- Da onde ele pode ter vindo? - perguntou certamente curiosa.

Gathlas rolou no chão e chorou de leve.

𝐅𝐨𝐫𝐞𝐬𝐭 𝐒𝐩𝐢𝐫𝐢𝐭 ◈ᶜᵃˢˢᶦᵃⁿOnde histórias criam vida. Descubra agora