Capítulo 1

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Bryan

Meu nome é Bryan, tenho vinte e sete anos, eu sou dono do cachorro, mas bagunceiro e desastrado desse mundo, o Yori e pai de Benjamin e Isaque de três anos, meus filhos com Manoela, minha amada esposa moramos em Jarinu, interior se São Paulo.

Cidade onde vivo desde que nasci e só me ausentei para cursar a faculdade de veterinária ao lado de Manuela, que até então era minha namorada.

Estou aqui no quintal de minha casa observando o meu cachorro Yori brincando com meus filhos, e me lembro do cachorro que ajudou a salvar a minha vida quando era criança e sofria de uma doença grave, a leucemia e é essa história que vou contar para vocês.

A história de quando o Baltho entrou em minha vida e eu nunca mais me esqueci do meu amigo peludo. 

Lembro como se fosse ontem, quando meu pai adentrou e cumprimentou Lourdes, a nossa vizinha que cuidava de mim sempre que necessário:

— Lourdes, como ele se comportou?

— Muito bem, senhor Gilberto, Bryan é um menino doce e não tenho nenhuma queixa dele — Se alimentou e agora de pouco dei leite com bolachas para ele.

— Obrigada Lourdes por cuidar dele para mim.

— Sempre que precisar estou à disposição, eu moro ao lado.

Lourdes se despede de mim com um beijo no rosto:

— Até logo anjinho.

— Até logo Lourdes, obrigada por ficar comigo.

— Eu quem agradeço por me fazer companhia.

Lourdes é acompanhada pelo meu pai até a porta e eu noto a caixa transportadora que ele está carregando.

Meu pai, fecha a porta da sala e se volta para mim:

— Bryan, eu tenho um presente para você e acho que vai gostar.

Meu pai abre a caixa transportadora e tira um enorme cachorro de dentro dela.

— Esse é Baltho vai ser seu melhor amigo e irá te ajudar a se recuperar meu filho.

— Papai por todos os santos vai me dar um cachorrinho? Ele é meu mesmo?

— Sim, Bryan ele é seu meu amor.

Meu pai entrega o cachorro para mim e eu recebo muitas lambidas do meu novo amigo.

— Baltho eu prometo que vou ficar bem, e logo vamos passear na rua, eu te prometo.

Como médico oncologista pediátrico, meu pai percebe uma evolução em meu quadro, eu que era um menino apático, estou, feliz e brincando com meu mais novo amigo.

Como toda criança e muito curioso eh pergunto ao meu pai onde ele encontrou o cachorrinho?

— No bairro chácara quatro A, em um pequeno sítio, eu o peguei com uma moça muito legal e viúva, ela mora sozinha com a mãe de Baltho, July.

Meu pai me contou que o Baltho nasceu nesse sítio acompanhado de mais oito irmãos.

Mariangela, nome da moça que nos doou o Baltho a princípio não tinha a intenção de doar o cachorrinho, mas vendo o desespero de meu pai, ela doou Baltho de coração para ele para ajudar na minha recuperação.

Segundo a própria Mariangela me contou ela sabe muito bem o quanto é difícil o tratamento contra o câncer, ela perdeu seu primeiro marido, devido há um câncer de pulmão agressivo, ela ficou em choque na época, pois seu marido nunca havia fumado em sua vida.

Meu pai contou para a Mariangela que eu tinha Leucemia, e que ele já havia tentado nove babás para dicar comigo, mas nenhuma conseguiu suportar muito tempo.

Naquela época a Mariangela perguntou ao meu pai se eu era peralta, e ele lhe disse que eu era um doce de menino, e explicou para ela que as babás não querem cuidar de um menino doente, tem medo de socorrer em caso de uma emergência.

E ele mencionou para ela que tentou contratar uma enfermeira para cuidar sem sucesso, eu tinha medo de jaleco branco.

— O cachorro foi ideia de um amigo meu, disse que seu pai respondeu melhor ao tratamento depois que ele lhe deu um cachorro, ao que parece está quase curado.

Foi então que a Mariangela se ofereceu para cuidar de mim e disse a meu pai que não usaria o jaleco branco.

E meu pai ficou feliz por encontrar alguém para cuidar de mim. Ele precisava trabalhar para salvar vidas.

Meu pai tem uma selfie desse dia até hoje.

Ele me mostrou a foto para que eu conhecesse a moça que ia cuidar de mim.

E eu gostei dela logo a primeira imagem.

— Pai ela, ela pode vir fazer companhia para mim, assim ela boa ficará sozinha e faremos companhia um ao outro.

Foram essas palavras que falei para o meu pai, que perguntou se eu gostei dela?

Lembro que respondi que sim, que poderíamos marcar uma entrevista para ela me conhecer e gostar de mim também.

Ele disse que marcaria uma entrevista, para nós nos conhecermos e disse que vou gostar de Mariangela logo de cara.

— Ela é muito doce e amável foram as palavras de meu pai.

Meu melhor amigo BalthoOnde histórias criam vida. Descubra agora