Capítulo 3

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— Mariângela, você quem vai cuidar de mim? Saiba que eu não gosto muito de jaleco branco, eu começo a soar frio e fico muito nervoso.
— Seu pai me contou, aliás, se você me quiser para cuidar de você, eu faço um trato com você, eu não uso o jaleco branco e você me ajuda, tomando os seus remédios na hora certa, almoçando direitinho, tomando seu café da manhã e melhorando a cada dia. O que você acha Bryan?
Tive que pensar um pouco para responder, fazer um doce.
— Eu aceito, mais prometa que vai fazer minha comida, meu pai só faz canja de galinha e eu não aguento mais comer canja de galinha.

— Haha certo, querido, não se preocupe vou preparar uma alimentação rica em frutas, cereais integrais, carne, peixes, ovos, as leguminosas (feijão, grão-de-bico, ervilha, lentilha) e muita água e sucos naturais.
— Obaaaa feijão faz tempo que eu não como feijão, já sinto até o gosto dela na boca.
Com certeza meu pai se pegou pensando.
" Que mistérios têm essa mulher, é a primeira pessoa que se predispõe a conversar com Bryan e ele está feliz posso vê estampado em seu rosto e sorriso."
— Bryan vejo que gostou de Mariângela, preciso acertar o valor para ela vir cuidar de você.
— Certo pai, seja bonzinho com ela tá eu realmente gostei dela.
Pego o Baltho e pergunto ao meu pai se posso ir brincar no quintal.
Surpreendido com o meu pedido, meu pai deixa eu ir brincar com o Baltho no quintal dos fundos, local que ele sabe que eu tinha medo de ir desde o falecimento da minha mãe.
Saio todo saltitante e feliz para brincar no quintal com aquele que é agora seu melhor amigo.
Fiquei sabendo pela Mariangela anos depois que meu pai lhe perguntou se ela aceitaria cuidar de mim vinte e quarto horas por dia, que ele precisava na época de alguém que cuidasse de mim por esse período, devido aos plantões que ele realizava no hospital.
Ela me contou que aceitou mais que tinha um pequeno problema.
Quando meu pai perguntou qual era o problema, ela disse que a mãe de Baltho não poderia ficar sozinha no sítio.
Empático meu pai autorizou a Mariangela a trazer a cachorra para morar conosco.
Justificando que July tem o jeito de que adora crianças e Baltho teria mais contato com sua mãe.
Papai providenciou uma caminha para ela dormir dentro de casa para não dormir no relento no quintal.
Mariangela me contou que meu pai autorizou ela dormir com July em seu quarto, assim não mudaria a rotina e costumes da cachorra. Além de que a cachorra teve autorização para circular por toda casa que é enorme.
Papai não sabia o que estava acontecendo com ele, não conseguia dizer não para a Mariangela.
Quando voltei para sala e a jovem já não está lá, escuto a buzina do carro e meu pai me conta que ela foi buscar suas coisas dela em sua casa.
Recebi a notícia que me deixou em êxtase, a Mariangela iria morar conosco para cuidar de mim.
Minha reação foi pular no colo de meu pai e agradecer:
— Obrigado pai, te amo.
Arrumamos o quarto de hóspedes para que ela se sentisse em casa.
Em alguns minutos ela volta para a nossa casa ela interfona e eu atendi
Lembro que fiquei animado quando ouvi a voz dela e meu pai foi para frente ajudá-la com as malas.
Fiquei com medo de chegar perto da July, mas a Mariangela me tranquilizou:
— Pode chegar perto querido, Judy ama crianças e é mansinha.
Me aproximo da cachorra e a abraço, lembro das palavras que disse para a saudosa July até hoje.
— Seja bem-vinda mãe do Baltho a sua casa nova.
July lambe o menino em forma de agradecer seu abraço carinhoso.
— Realmente July é uma cachorra bacana, vamos venha conhecer seu quarto.
Enquanto eu entro com July para dentro, meu pai e Mariangela me observavam.
Ao entrar em meu quarto eu digo para a cachorra:
— Olha aqui no meio é meu quarto, o da direita e o do meu pai e o da esquerda é o seu.
Mostro para ela a caminha que meu pai havia comprado, July sai do meu lado e se deita em sua cama.
A essas alturas Mariangela já tinha ido atrás de sua cachorra e ao encontrá-la em meu quarto ela afirma.
— Judy menina ainda não é hora.
— Deixa ela Mariângela, ela sabe que é para ela e outra eu quero que você venha até a cozinha comigo, pois eu quero que você me faça um almoço delicioso.
Mariângela me acompanha até a cozinha e para sua surpresa meu pai estava lá bebendo um refrigerante.
— Vou deixá-la a vontade para que você possa cozinhar.
São lindas lembranças, nesse dia meu pai foi para a sala e eu e Baltho fizemos companhia para a Mariangela.
• Bom querido, o que você quer comer?
— Eu quero peixe assado, feijão, salada e suco de maracujá.
— Certo e para mim é para o seu pai eu vou acrescentar o arroz. O que você acha de uma salada de frutas para sobremesa?
— Uau, pode fazer, Mariângela faz tempo que eu não como salada de frutas.
Quando tudo estava pronto ela chamou meu pai para comer e eu agradeço a Deus:

— Obrigada Deus por trazer a Mariangela, Baltho. Judy para nossas vidas a casa vai ficar mais alegre agora, e com os cuidados dela eu logo voltarei as aulas na escola, pois estou cansado de fazer os exercícios em casa, abençoa meu pai, ela e a mim com suas bênçãos.
Meu pai percebeu que estava se apaixonando por Mariangela e resolveu cativá-la.

Meu melhor amigo BalthoOnde histórias criam vida. Descubra agora