Imortalidade é preciso

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Essa história ainda está em fase de construção, mas estou muito ansiosa para continuar e ver qual será o rumo dela, sou estudante então não irei postar com tanta frequência, mas espero que vocês gostem do capítulo, comente e dêem estrelinha. Isso não é uma fanfic.

O céu estava tempestuoso, o tempo sombrio, as estrelas não pareciam gostar de brilhar, e a lua estava tão vermelha quanto sangue. O céu de Mhor sempre abrigará luz. A maldade do mundo não parecia encontrar aquelas terras do norte, todos viviam em paz, mas como em toda terra intocada a cobiça dos homens sempre chega. As vezes vem a galope, outras vezes vem na doce brisa da primavera. Sussurro aos céus que essa terra seja salva, pois sua alma já se encontra em pedaços.
- EU QUERO SER IMORTAL! - Gritava a rainha
- Mas você não deve.
- Eu preciso Igor, você sabe que não há outra solução.
- O preço é muito alto, não quero que a senhora sofra.
Igor caminhava em círculos movendo seus braços sobre o corpo, não querendo demostrar o que realmente sentia.
Em sussurros pouco audíveis disse - As vezes para encontrar a luz é preciso entregar a sua alma a escuridão.

A rainha estava exausta, ferida de corpo e alma. Fisicamente seu corpo temia por sua alma despedaçada. Sentando em sua poltrona, prendeu-se em seus pensamentos mais sombrios. "Faça, não há outra solução" "Você sabe" "Não há nada mais a ser feito" "Pule" "Pule" .
- PARE !!
Igor olhou assustado para sua rainha, ela parecia assustada e presa mais uma vez em sua mente. Seus olhos estavam mais tristes do que nunca, ele escutava o cantarolar dos homens e mulheres que se encontravam presos por um fio de felicidade momentânea, após a guerra, felicidade enganosa já que em breve iriam perceber que mesmo tendo ganho um batalha pendurosa*, a dor das perdas seriam mais fortes do que qualquer golpe profundo de espada. (* Difícil de ganhar, demorada, Protelador, longa)
- A senhora esta bem minha rainha, são as vozes novamente? - Agora debruçado sobre o chão Igor tocava em suas mãos, não ousando junta-las a da rainha de maneira a reconforta-la, temia, nunca tinha tido esse sentimento antes, mas devido a todos os acontecimentos, temia, não por sua medíocre vida, mas pela de sua rainha que sempre estivera disposta ajuda-lo mesmo nos piores momentos.
Pule, apenas alguns passos, pule. Os sussurros que aterrorizavam a rainha foram abafados pelo ranger das portas.
- Irina
Os olhos delgados da rainha pareceram dispostos, mas a tristeza em seu coração aumentara, sendo uma rainha já tinha demostrado uma quantidade de fraqueza suficiente por muito tempo.
- Diga Victor.
Victor parecia espantado pela situação que sua velha amiga se encontrava, seu corpo parecia mais frágil e debilitado que nunca, seus trajes continuavam os mesmos da batalha, a armadura estava machada de sangue, mas o pior era perceber a tristeza de sua alma, antes tão vivaz e agora tão funda quanto qualquer poço de pedras.
- Eu não acredito o que você fez. Como pode?
- Como pude? - indagou a rainha em um riso rouco - Precisávamos ganhar a guerra.
- Havia outros modos de ganhamos, como pode? - Victor mudara automaticamente seu semblante tinha raiva, dor.
- Depois de mais quantos morrerem você planejava ganhar a guerra?
Victor se aproximava dela - Nos não fomos obrigados a nada, nós acreditamos em você, gostaria de saber quando você parou de acreditar em si. Irina parecia chocada com a pergunta verídica, quando ela tinha passado a desacreditar em si mesma, até que seus olhos encheram do ódio mais negro possível.
- Eu parei de acreditar em mim mesma, quando aqueles bastardos começaram a destruir o que mais amo. Lamento meu querido, mas nem mesmo a minha alma é tão forte para aguentar tudo isso.
Igor que apenas observava os dois discutirem permaneceu calado, até que percebeu que os três não eram os únicos na sala.
- Com licença, realmente não queria interromper a conversa mas me parece que vim buscar algo. Simmmm, isso. O que foi mesmo que vim buscar? - Um homem de olhos acinzentados saiu do parapeito da janela e se pós a olhar a cena com curiosidade, sua postura era admirável, seu corpo também. Sua alma era tão escura quanto a alma de um demônio.
- Kali, não me perturbe agora.
- Eu viajei mundos só porque você me chamou aqui. Diga-me se eu vim buscar o que estou pensando - Suas sobrancelhas estavam mais arqueadas do que nunca, ele não escondia a excitação de estar ali, não queria esconder, queria mostrar seu sorriso brilhante para todos na sala.
Em um bocejo ofegante - A rainha respondeu que sim e quase com pulos de alegria Kali pareceu ter ganhado a alegria do século, todos seus dentes estavam a mostra, seus olhos sorriam por si só. Kali era um rapaz bonito, forte, cabelos cor de trigo andava sempre como se fosse viver para sempre, e ele vivia, era um imortal, a vida humana não significava nada para ele, era como piscar os olhos e um homem ou mulher já tinha nascido, vivido e é claro morrido.
- Bom, você demorou, vamos logo - Kali sem esperar colocou suas mãos sobre os braços de Irina segurando-os .
- ESPERE! Eu desejo me despedir
- Tarde demais - Kali jogou seus braços em volta da rainha, e como se não fosse possível com tamanha brutalidade deu-lhe um beijo suave. Um tocar de lábios, e os dois se desintegraram. Como pó. Só sobrara pó.
Igor e Victor pareciam boquiabertos com a cena, mas nada mais poderia ser feito. A rainha amada e benevolente, tinha escolhido seu próprio caminho, só restava desejar sorte nessa trilha tortuosa.

★Em breve mais capítulos, deixe sua estrelinha para ajudar, grata desde já★

IMORTALOnde histórias criam vida. Descubra agora