Capítulo 16

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Senti um toque familiar no nariz ao acordar, o que me fez dar um pulinho. Abri os olhos com dificuldade devido a claridade do sol, mas consegui ver Catra perfeitamente.

— Bom dia, loirinha

Ela ja parecia bem mais disposta que eu, mas ainda estava de pijama. Catra sempre teve o costume de acordar cedo, o que me faz pensar que agora são em torno de seis e meia da manhã ou até menos.

— O café está na mesa, vamos sair em uma hora!

Apoiei o meu rosto no travesseiro, um pouco relutante em levantar daquela cama. Colchões de rico são muito confortáveis.

— Se você não sair dessa cama, eu vou ter que apelar para as minhas armas mortais...— Disse como se estivesse se preparando para pular em cima de mim denovo.

— Não! Denovo não...— Coloquei a mão no rosto e rolei para fora da cama.

[...]

Ela deve ter se esforçado muito ao montar a mesa com a toalha na minha cor favorita e uma rosa branca centralizada no meio. Ela é tão fofa comigo que me dá vontade de dar risada.

— Você devia experimentar isso aqui — Indicou com o dedo a geleia de maracujá — Isso aqui é uma das poucas perfeições do mundo!

— Vamos ver se isso supera a geleia de morango...— Peguei uma colher pequena e coloquei um pouco do conteúdo do pote

Ao experimentar a geleia, ainda deixando um pouco na colher, não pude perder a oportunidade de sujar o nariz da Catra na primeira distração que ela teve.

— Você não fez isso...— Reagiu se levantando da mesa e sujando o meu nariz com um pouco mais de geleia

[...]

Após muitas risadas e guerras mortais, nós já estávamos nos preparando para a viagem.

Hoje tem tudo para ser um dia perfeito, uma viagem de duas horas com a pessoa que eu amo.

No caminho para o estacionamento, nós paramos na cachoeira quando Catra me recordou da vez em que eu fui pega dançando.

— Foi bem aqui — Disse me levando para o gramado

— Você fez questão de vasculhar os meus documentos só para achar o meu número de telefone... Tudo isso por causa de uma dança — Complementei — Será você uma stalker?— Perguntei intercalando o olhar para seus olhos e seus lábios, me aproximando cada vez mais sem soltar as nossas mãos.

— E se eu for? Você continuaria gostando dessa stalker aqui — Respondeu em provocação.

— Ah é?— Perguntei antes de selar os nossos lábios sem soltar as nossas mãos entrelaçadas.

Nosso beijo foi calmo. Seus lábios macios eram tão cuidadosos comigo que me trouxeram novas memórias para a cachoeira, memórias que antes eram preenchidas por Peter e as vezes que nos encontramos aqui.

— Ouviu isso?— Separou os nossos lábios só para perguntar

— O quê?

— Não sei, seu celular está tocando?— Neguei quando chequei o meu bolso.

— Tanto faz, nós não vamos usar eles por um bom tempo— Respondo antes de puxar o seu braço e correr em direção ao estacionamento

[...]

— Você só controla o freio agora, não se preocupe com a marcha — Me conduzia enquanto tentava me ensinar á dirigir carro automático

— Acho que entendi... Mas não quero continuar, principalmente quando eu sei que eu tenho uma motorista particular bem aqui, comigo!— Respondi, me fazendo reparar nas bochechas avermelhadas que surgiram na morena

 Descobertas - CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora