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BÁRBARA PASSOS No morro da Babilônia

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BÁRBARA PASSOS
No morro da Babilônia

Acordo em uma cama extremamente confortável mas rapidamente eu percebo que não é o quarto que dividia com o Rei e sim um quarto totalmente desconhecido.

Tento me levantar de uma vez mas sinto minha cabeça doer e meu corpo pedindo descanso e a minha mente pede explicações

Onde eu estou?

Me recordo apenas do momento que eu conversava com aquele homem com os olhos castanhos enquanto ele puxava meu cabelo com brutalidade.

Será que alguém me tirou do agarro dele e me trouxe para um local confortável? Nem que fosse um hotel ou algo do tipo.

Junto coragem e me levanto daquela cama que eu passaria horas deitada ali, vejo uma porta aberta, me aproximo dela e percebo que é um banheiro.

Entro no cômodo e me olho no espelho que havia ali, minha aparência está totalmente cansada, meu rosto está vermelho e meus olhos estão inchados devido ao choro.

Saio do banheiro e vou na varanda que tem no quarto e sinto minhas pernas cambalearem.

Eu estou em um morro!

Não é o Chapadão, Rei cuida bem da parte financeira do morro, não da aparência turística, pelo menos lá não ia nenhum turista para apreciar os morros.

Em compensação, esse morro é muito lindo e bem cuidado, olho para baixo e vejo que as ruas são bem limpas, há árvores espalhadas pela subida e os becos são limpos também.

Avisto uma porta e tento abri-la, a mesma está trancada e eu começo a entrar em desespero, como assim me trancaram aqui?

Bato na porta incansavelmente e grito para que abram para eu sair mas minha angústia é ignorada.

Quando eu vou sair daqui?

Quem é essa pessoa que me prendeu?

(:)

Quatro horas se passaram e eu sinto meu estômago revirar de fome, eu estava suja e não havia nenhuma toalha para que eu me secasse quando fosse tomar banho

Me sinto cansada pela demora, olho para a varanda

Essa ideia é demais Bárbara, você pode acabar se matando por pura burrice.

Eu não quero ficar aqui, eu não sai de uma cama com alguém que eu odiava para me deitar em uma cama totalmente confortável.

Seja lá quem que me trouxe para cá não vai me ganhar com conforto ou com uma vista bonita, eu não sou inocente, consigo facilmente driblar e manipular alguém.

Me aproximo da varanda e olho para baixo, não é muito alto além que ao meu lado tem uma coluna, descendo devagar eu consigo chegar ao chão.

━━━ Vamos Bárbara, você não tem nada a perder.. ━━━ Sussurro, me apoio no parapeito e pulo na coluna e com muita calma eu começo a descer.

A coluna é feita com diferentes texturas, quando arrasto meu corpo por ela começo a sentir dor e desconforto.

Olho para baixo mas a sensação de estar sem comer ou beber nada me atinge, me causando tontura e acabo desequilibrando da coluna e caio na grama sintética da frente da casa.

Me mantenho deitada para ver se a dor do impacto passava e para que ninguém me veja, ergo apenas a cabeça e vejo dois seguranças conversando na porta da residência.

Caralho, eles não me notaram aqui.

Só tem aquela entrada que eu tenha visto aqui.

━━━ Caralho, você viu o que o patrão fez com o GH? ━━━ Meu corpo retesa

Meu irmão!

Ele está aqui, o que esse homem fez com o meu irmão?

━━━ Só ouvi boatos, parece que ele está lá no postinho, Coringa fez o estrago nele ━━━ Os dois riram e eu sinto lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Será que ele está bem? O que esse tal de Coringa fez com ele?

━━━ O patrão acabou com ele ━━━ Os dois tiram.

Que Deus tenha piedade do meu irmão.

Bagunço o meu cabelo e dou uma leve amassada nas minhas roupas, dando a entender que eu tive uma noite maravilhosa com o "patrão" deles.

Me aproximo dos dois com um sorriso e eles me olham sem entender.

━━━ Noite acalorada gatinha? ━━━ Um perguntou e eu assinto ━━━ Patrão deve ter feito um ótimo trabalho, você está com uma cara péssima.

━━━ Deveria me sentir ofendida com esse seu comentário idiota? ━━━ Passo entre eles ━━━ Tenha um bom dia, passar bem.

Dou as costas escutando os dois gritando por mim ee eu ignoro, preciso imediatamente achar o meu irmão

Eu não tenho certeza se ele está vivo ou morto.

5 anos que eu não o vejo, 5 anos que eu estava casada com aquele monstro.

Eu saí de um inferno e talvez tenha entrado em outro, eu não conheço ninguém que more aqui e não conheço nenhum amigo que o Guilherme tenha aqui.

Entro em um beco e avisto a pior cena que eu já tenha visto em toda a minha vida.

Meu irmão sendo torturado por diversos homens.

No Morro da BabilôniaOnde histórias criam vida. Descubra agora