REVOLUCIÓN

VI

Olá... Me desculpem a demora, prometo que voltei e COMENTEM o que estão achando affff!

O próximo posto em breve.

Durante duas semanas, o único contato que tive com a morena dos olhos verdes foi pelo Instagram. Havia pedido seu número de celular, mas ela deixou claro que não respondia mensagens com muita frequência como na rede social, onde poucas pessoas tinham acesso a ela por ser privada.

Conversamos sobre os mais diversos assuntos possíveis dentro do tempo que encontrávamos em comum, misteriosamente, os momentos que eu tinha para conversar com ela na minha rotina nada folgada, eram os mesmos dela, geralmente pela noite após as 21h, ocasionando até mesmo uma desregulação no meu sono por ficarmos, às vezes, até tarde discutindo assuntos sérios ou conversas triviais.

Falar com ela era leve, não havia cobranças de nenhuma parte e sempre que discutimos sobre alguma pauta, tentávamos chegar em um consenso. Ela não me obrigava a pensar como achava certo e vice versa. A cada palavra que colocava nas mensagens, admirava mais ainda a mulher com quem eu tinha essas trocas, linda e inteligente, o combo completo. Mesmo discordando com algumas de suas opiniões, a forma que ela falava chegava a quase me convencer de tão bem articulada.

Era uma sexta-feira no meio da tarde, estava no escritório finalizando o preenchimento de algumas planilhas para o fechamento do mês. Recebi uma notificação no meu celular e após ver de quem se tratava parei o que estava fazendo para conferir imediatamente. Mesmo que eu não costumasse utilizar o celular no trabalho, tinha liberdade para aquilo.

Distanciei minha cadeira de rodinhas do computador que estava dando atenção somente ao aparelho em minhas mãos enquanto bebericava o café que tinha pegado recentemente na cafeteria. Abri um sorriso ainda maior ao ver seu @ na tela,

"@laurenjauregui: Hoje estou livre após as 20h, ainda se interessa em me ver novamente?"

Ler aquilo na tela de bloqueio me descompensou, meu coração acelerava sem controle e minhas mãos, como sempre, suavam. Tentei respirar fundo para não parecer uma idiota na frente dos meus colegas de trabalho, a última coisa que precisava é que eles fizessem perguntas e eu sei que fariam.

Soltei a xícara de café na mesa e limpei as mãos da maneira que pude na calça social que usava e abri o telefone para logo responder. Chegava a ser engraçado que ela me fizesse uma pergunta como aquela.

"@camila_cabello:Deixe de ser cínica, Jauregui!!! É óbvio que eu quero te ver!"

Ela sabia disso, com certeza sabia. Mas gostava de ser envaidecida com os meus cortejos descarados, os quais em qualquer oportunidade e assunto, eu dava a ela de bom grado. A maioria não correspondia apenas para manter a pose, porém eu conseguia imaginar seu rosto corado ou revirada de olhos do outro lado da tela.

"@laurenjauregui: Às 20:30h para você fica bom? Te mando o endereço do lugar."

Além de tudo, faria mistério, não me dando nem a opção de buscar pelo bar ou restaurante no Google.

"@camila_cabello: Perfeito para mim. Assim como você! 😉"

"@laurenjauregui: Guarde seus flertes para o ao vivo, Camila. Espero que aproveite a oportunidade que estou te dando."

Sentia-se superior e de certa forma, eu deixava com que assim fosse. Se preciso, a endeusava de todas as formas possíveis. Eu queria muito essa mulher.

"@camila_cabello: Guardarei com muito prazer! Espero o endereço! Espero que esteja tendo um ótimo dia. O meu acabou de ficar melhor! 🤩"

"@laurenjauregui: Estou sim, obrigada pela preocupação. Te mando assim que sair da palestra. Não se atrase, Camila. 😘"