Capitulo 05.

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Afundo meu corpo na cadeira e respiro fundo arrumando o capuz em minha cabeça

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Afundo meu corpo na cadeira e respiro fundo arrumando o capuz em minha cabeça. Os meus colegas de turma se movem com rapidez a minha volta, cada um ocupando seu lugar e me pego por alguns segundos os observando a procura de uma cabeleira cacheada que vem se tornando cada vez mais presente no meu dia a dia.

Tiro meu airpods do ouvido e os guardo na caixinha, antes de enfiá-la novamente em meu bolso frontal da usual calça jeans escura, que sempre uso.

– Bom dia. - A voz suave e levemente rouca chega em meus ouvidos e acompanhada dela, o cheiro marcante da garota.

Um bombom é depositado em minha mesa e não consigo esconder o singelo sorriso que se abre em meus lábios. Levanto o rosto para olhar melhor a garota e seguro a respiração no peito ao ver seus cachos presos em um penteado diferente no topo da cabeça, com apenas algumas mechas soltas ao lado dos olhos verdes.

– Bom dia. - Murmuro em um suspiro e desvio o olhar dela, quando sorri pra mim, com as bochechas levemente vermelhas. - Pra que isso?

A pergunta idiota sai dos meus lábios antes que eu consiga pensar direito e logo tenho vontade de afundar minha cara no moletom largo ao ouvir a risadinha da morena ao meu lado.

– Um chocolate para adoçar sua manhã, ué. - Ela diz como se fosse óbvio e me pego sorrindo novamente. - Você tá sempre com essa marra e cara fechada. - Luara resmunga e pelo canto dos olhos vejo que coloca os materiais em cima da mesa. - Aceite como um presente de uma amiga.

– Não somos amigos. - A fala sai rápida demais e me arrependo no segundo seguinte, quando a vejo fazer um bico com os lábios cheios.

– Ainda. - Deixa no ar voltando a sorrir e me olha rapidamente, antes de se ajeitar na cadeira e focar no professor que entra na sala de aula.

Pego o chocolate de cima da carteira e o enfio no bolso do moletom, me repreendendo internamente por ter gostado dessa ação dela, e até mesmo de suas palavras.

Cruzo os braços sob o peito e empurro qualquer pensamento desnecessário para o fundo da mente. Não é momento pra pensar ou focar nas atitudes dela, nem no quanto ela está ainda mais linda essa manhã, ou no seu cheiro gostoso que vem me deixando bêbado desde o primeiro dia.

Com um último suspiro saindo dos meus lábios, aperto meu próprio braço e foco na aula que se inicia na minha frente.

[...]

– Gabi! - O grito da Geovana chega em mim e viro o rosto a procurando em meio a tantas cabeças no corredor da universidade.

Logo a identifico e seguro a risada ao vê-la andando toda espremida em meio as pessoas.

– Hoje você não me escapa, vem, quero te apresentar minha amiga. - Ela chega em mim agarrando minha mão e logo sai me puxando.

– Baixinha, eu tenho que ir até a biblioteca devolver um livro. - Resmungo a primeira desculpa que me vem em mente e bufo quando ela me repreende com o olhar.

Inesperadamente Minha DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora