diagnóstico

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*10:54, Nova Iorque, NY, EUA∙*
*The Pond at Central Park*

Não sei como começar isso, não sei como escrever um diário. Provavelmente estou começando errado, já que não sou o tipo que faz essas coisas.
Talvez devo começar explicando porque estou escrevendo esse "tal diário". (Me imagine revirando os olhos agora).

Knight, Jade Knight me pediu para fazer isso. Knight quase me convenceu que era para o meu bem, para que eu possa me expressar melhor, ou tentar. Digo quase, porque só  estou fazendo isso para nao voltar para uma clínica

Quando eu tinha apenas sete anos, logo depois de ser diagnosticada, meus pais me colocaram em uma clínica psiquiátrica por estarem com medo.

Era nítido que desde pequena, eu era diferente das outras crianças, não era considerada "normal" por muitos.

Lembro de uma situação específica, que fez meus pais me olharem assustados. Havia um bunker abandonado, ficava no caminho para escola. Ninguém iria lá, a não ser eu.
Meus pais entraram no meu quarto tapando os seus narizes, estavam procurando um fedor, que segundo eles, estava vindo do meu quarto. Os dois ficaram horrorizados quando me viram sentada no chão vestindo roupas de algumas bonecas em dois ratos que tinha encontrado do bunker. Eu não entendia o porque estaria daquela forma, eu só estava brincando com meus novos amigos. Crianças normais queriam animais vivos e eu me divertia brincando com os mortos, assim eu poderia fazer o que quiser com eles.

Depois de seis meses naquela clínica, eu finalmente me dei conta de que, eu era completamente diferente das outras crianças, talvez pela minha  obsessão por animais empalhados ou por ossos de pássaros q eu achava na floresta perto da casa dos meu pais.

Tudo na minha infância foi diferente, em vez de brincar com bonecas ou com qualquer outro brinquedo, eu me divertia mais em fazer minhas próprias marionetes com os animais mortos q eu achava, e pra não correr o risco de ter meus brinquedos favoritos tirados de mim, eu os escondia na minha casa da árvore, e sempre estava lá para fazer mais membros pra minha coleção de animais.

Minha adolescência não foi muito diferente das outras garotas, eu ia a festas, saia com amigos nada anormal, parece q naquela época eu tentava esconder esse meu lado quando eu estava acompanhada de outras pessoas, mas quando eu estava sozinha, eu me sentia eu mesma de novo. Eu podia fazer oq eu quisesse, e ninguém estaria me olhando para me julgar. Era só eu e minhas vontades.

Não muito tempo depois de eu ter completado a maior idade, meus pais morrerem em um grave acidente de carro, aquilo não me afetou tanto. Mais agora eu estava sozinha, numa casa enorme e cheia de pensamentos intrusivos, uma hora ou outra eu teria que fazer oq tanto minha mente desejava. Me lembro como se fosse ontem, a mente vazia de qualquer preocupação, as mãos trêmulas em ansiedade, todos no mundo pareciam ter desaparecido e naquele momento, era só eu e os meus desejos.

Eu me senti renovada naquele momento, os olhos assustados q me olhavam me fazia me sentir como o ser mais poderoso, tudo daquele momento era sobre mim, e é disso que eu gosto. O trabalho para esconder tudo era divertido, só eu sabia onde tudo estava em ordem como eu deixei, enquanto eu limpava tudo, pensava oq eu poderia fazer a seguir, quem seria a próxima a fazer meus desejos virarem realidade.

A terapia foi tão ruim, eu pude falar do q eu mais gostei de fazer em voz alta e isso fez me sentir vulnerável, como se eu estivesse exposta, ouvir a vadia da Knight falar por mais de uma hora que eu era uma completa psicopata me fez ter vontade de largar essa besteira de ttratamento.

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Hello gente, estou começando outra história sem ter terminado as outras, acontece q a minha amiga xuxucamzlaur me deu essa obra prima de história e também vez a capa e está me ajudando com todo o resto, então eu dou todos os créditos dessa história a ela. MUITO OBRIGADA PELA HISTÓRIA DIVAAAA

Diário De Uma Psicopata ( Cate Blanchett/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora