O outro lado do amor

Trabalho

— filha, tenho um presente para você — apareceu na porta do meu que estava aberta.

— sério? qual presente seria mãe?

— bom, antes do seu pai falecer, ele tinha me falado quando você tinha 17 anos que iria te esperar ficar de maior para te presentear, eu sei que não gosta quando tocamos no assunto dele, mas acho que um dia vamos ter que falar sobre o passado.

Falar oque sobre o passado? O motivo pelo qual ela deu um corno nele de 2 anos e meio? Acho que não tenho muito interesse no assunto, prefiro me poupar. Elena viu que não iria falar nada e continuou falando.

— seu pai antes de falecer te escreveu uma carta, se você quiser ler antes de ver o presente... é importante que leia querida.

— mãe, eu não quero falar sobre o papai, não estraga o relacionamento entre mãe e filha que temos agora.. — é um assunto delicado falar sobre o meu pai, já que em parte me culpo pelo seu falecimento.

— tudo bem, mas fique com isso, caso um dia queira ler, venha ver o seu presente — ela cruzou os braços me guiando até lá fora.

— oque tem aqui fora? está frio, esse carro é do seu namorado? aonde ele está? — procurei e não vir ninguém.

— Emmy querida, as vezes você é lerda, esse é o seu presente, como tem 18 anos, achei que deveria te presentear já que vai precisar ir para a faculdade, seria bom não depender do seu irmão também.

— sério? nossa, obrigada — senti seu abraço e um beijo na testa — eu não esperava por isso.

— por isso é surpresa filha, vai ver seu carro de perto — peguei as chaves na sua mão e abrir a porta entrando no banco do motorista, cheirinho de carro novo.

— mãe eu não sei dirigir ainda, antes do meu pai morrer eu estava aprendendo.. eu vou atropelar algum velhinho na rua sem querer? E agora?

— seu irmão e eu vamos te ajudar, não você não vai atropelar ninguém na rua Emily.

— não, vou não claro.

— mãe você já mostrou o presente da Emmy? gostou do presente irmãzinha? eu que ajudei a escolher — apareceu na frente de casa.

— sim, eu amei! muito obrigado.

— você merece e eu sinto muito por ontem — Rafa me abraçou de lado assim que sair do carro e me deu um beijo na testa.

— está desculpado.

— oque aconteceu ontem? — nossa mãe perguntou arqueando a sobrancelha e nós dois negamos falando que não aconteceu nada demais.

Digamos que eu e Rafael falamos que ele ficou bêbado e que eu tive que cuidar dele na festa.

Assim que voltamos para dentro de casa liguei para Cecília, iria contar a novidade do carro, mesmo ainda faltando ter a carteira de motorista. Depois de desligar dormir ansiosa esperando chegar o outro dia para tentar ligar pelo menos o carro.

— Você sabe ao menos ligar um carro Emmy? — ele perguntou preocupado com uma xícara de chá de hortelã bem quente enquanto me via pulando de felicidade olhar o carro.

Mas sua preocupação era evidente de que ele não estava preocupado caso sofresse um acidente, estava preocupado na possibilidade de atropelar alguém na rua. Rafa fazia careta enquanto me via pulando olhando o carro novamente e tentou me falar com olhar que nunca entraria nesse carro nem se eu tivesse 10 carteira de motorista.

— Oi, quem é a nova motorizada? É você? não brinca, não entro no seu carro nunca — falou Theo parando seu carro.

— você vai sim Theo, não duvide da minhas especialidades.