O outro lado do amor

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Assim que ele me deixou em casa saindo arrastando o carro, iria ser educada ao contrário dele e pedir obrigada mesmo não querendo, mas o garoto da chaleira se acha demais.

Estava tudo apagado e eu tirei a chave da capinha do celular, tentando abrir a porta, o carro dele parou ali novamente e estava pulando tentando abrir a porta ainda.

— deixou a sua bolsa no carro, por que está pulando e não abre logo a porta — me entregou a bolsa e tomou a chave abrindo com facilidade.

— estou apertada para fazer xixi, licença. — deixei a porta aberta e a chave em suas mãos e sair correndo, quando voltei está tudo fechado e a chave estava no balcão.

Tomei um banho depois de conectar o cabo do carregador no celular, coloquei meu pijama e olhei se minha mãe estava dormindo, ela provavelmente deve voltar amanhã.

Me deitei na cama respondendo as mensagens de Sofy e Cecília e depois fui dormir, quando acordei já era 07:50 da manhã e escutei o barulho do Rafael correndo até meu quarto quando se lembrou de mim, fingir que estava dormindo e escutei um "uffa" dele.

Tomei um banho quando ouvir ele saindo e coloquei meu óculos de descanso, em seguida sai do meu quarto e escutei sua conversa com o menino da Chaleira.

— eu esqueci que minha irmã não mora mais Brasil cara, esqueci que tinha que levá-la para casa, eu vou me desculpar depois.

— você foi um idiota Rafael, você não aguenta ver um rabo de saia que quer investigar de perto quando está bêbado, uma hora ou outra terá que ter mais responsabilidades, preferiu deixar sua irmã sozinha em uma festa que ela não conhecia ninguém para dormir com uma garota, você é babaca. E eu te avisei sobre ela, você falou que ela se virava sozinha que não era mas criança, quando cheguei ela estava quase dormindo com as mãos apoiadas te esperando e não esquece que quem insistiu para que ela fosse foi você.

— eu vou conversar com ela depois, ja entendi que fui um babaca, idiota e escroto.

Sai de perto do seu quarto e desci a escada pensativa, o menino da chaleira tem razão, mas não é obrigação do Rafael cuidar de mim apesar de que não conheço nada por aqui ainda, a verdade Rafael me tratou como tanto faz e eu percebi isso, só evitei discutir.

— está tudo bem filha? — ela falou me olhando como se estivesse a um bom tempo esperando reação minha.

— sim mãe, só estou com sono ainda.

— venha tomar seu café da manhã para ter mais energia, como foi a festa ontem? — falou me dando um beijo na testa.

— horrível e entediante, ele apenas escutaram música eletrônica e ficava pulando um em cima do outro, suor com suor, eca, como foi o encontro.

— foi muito bom, me divertir bastante depois de tantos anos, eu gostei.

— que bom mãe, acho que deveria sair mais vezes.

Comi algumas frutas e logo o Rafael apareceu na cozinha perguntando se podia falar comigo.

— me desculpa por te deixar sozinha naquela festa ontem, eu estava muito bêbado, quando lembrei de você era tarde demais, mas meu amigo falou que te deixou em casa ontem.

— entendi, está tudo bem, se não fosse por ele talvez eu ainda estaria na rua tentando saber aonde eu estava e como chegar em casa, é normal a pessoa deixar a outra pessoa de lado para curtir acontece.

— Emmy eu..

— era só me pedir para chamar um uber Rafael, não tem desculpas certas, você me tratou como um tanto faz, foi arrogante mesmo sem eu ter feito nada e ainda estúpido preferindo aquelas garotas do que eu e não quero falar com você agora.