Minha vida é um completo desastre!
Bem, vocês não estão entendendo nada.. a não saber apenas que minha vida está uma catástrofe, vou começar do início.
Olá, meu nome é Emily Emerson, tenho 18 anos e minha vida é uma completa bagunça! Tudo começou quando meus pais se separaram e minha mãe foi embora do Brasil, de fato ela não me abandonou, mantemos contato sempre, eles se separam porque minha mãe tinha problemas com bebidas e também meu pai descobriu uma traição, eu tinha apenas 12 anos.
A um ano e meio atrás meu pai teve um infarto, por causa de estresse excessivo no trabalho, isso me desestabilizou no colégio e me fez passar de ano arrastada, como havia acabado de completar 18 anos pude começar a morar sozinha, mesmo que nunca tenha entrado no quarto do meu pai por causa das lembranças, continuo em nossa casa.
E para completar esse ano caótico, eu não fui aceita na faculdade que queria por conta das notas péssimas que tive no colégio e eu fui demitida do meu emprego, cujo eu iria pagar minha faculdade e agora não sei oque fazer, já que não aceito mexer na herança do meu pai que não é lá essas coisas inteira.
Vocês devem querer saber o porquê não largo tudo e vou morar com minha mãe e meu irmão nos Estados Unidos, e a resposta seria: eu nunca consegui perdoá-la depois do que fez com meu pai e sim tenho um irmão mais velho, o nome dele é Rafael e ele é bem idiota.
- mãe.. eu vou da um jeito de entrar em outra faculdade não preciso ir morar com você - faz uma semana direta que a mesma me liga para falar que vou ter mais oportunidades morando em Boston.
- Emmy querida, você não precisa ficar morando na casa do seu pai pelo resto da vida, venha para cá, seu irmão e eu estamos com saudades e esse ano não iremos visitá-la no Brasil - ela falou do outro lado da linha me deixando intrigada com suas falas.
- preciso de um tempo para pensar, não é tão fácil quanto parece, preciso desligar agora, até amanhã- esperei ela se despedir e desliguei me jogando na cama.
A verdade é que nunca entendi o por quê aquilo, ela tem dois filhos e tinha um casamento e do nada tudo acabou, na época ela queria levar meu irmão e eu, mas estava muito chateada com ela e o Rafael sempre quis ir morar fora do país e para falar a verdade nunca quis mudar para tão longe assim.
Estou a horas me perguntando como vou fazer para me alimentar, pagar e luz e ter uma vida normal como qualquer um, eu já falei o quanto minha vida está uma catástrofe?
E se eu fosse morar com minha mãe traidora, talvez tivessemos uma relação um pouco melhor e ela podia me contar sobre meu pai e ela já que nunca tocou no assunto e quando tocava disse que não era oque parecia.
Uma semana depois
Faz uma semana que tudo está piorando, minhas economias está acabando e me recuso a pegar do meu pai, ainda tenho um pouco de dinheiro até ver oque faço já que arrumar emprego não é tão fácil quanto parece. Nesse exato momento estou tendo que ouvir a minha amiga Sofy falar muita besteira.
- Amiga, pensa bem, seu pai morreu e isso dói muito em você eu sei disso, mas você tem a parte dos bens dele, é só você parar com isso e usar o dinheiro, está morto mesmo - nem acredito no que ouvir e paralisei por alguns segundos.
- Sofya você tem alguma noção do que está falando? Meu pai morreu a 6 meses e você fiz "esta morto mesmo" como se fosse um tanto faz? A vida não é sobre dinheiro apenas, aprende isso!
- Emmy eu não falei por mal, mas é que você precisa de dinheiro e não entrou para faculdade ainda, vai estragar sua vida assim, compra logo essa passagem
Falei que não queria falar com ela agora e me retirei, achei suas falas insensíveis e como não queria ser mais insensível que ela apenas sair, fui para casa tomar um banho relaxante.
Enviei uma mensagem para minha mãe aceitando o pedido dela e minutos depois me respondeu dizendo que já estava com a passagem pronta, de fato não entendi e a mesma disse que tinha comprado porque sabia que iria aceitar.
Acho que estou cometendo a maior loucura da minha vida, nunca imaginei ir embora do Rio de Janeiro e agora aqui está eu arrumando minhas malas com medo de perder o voo, como dizia meu pai "voe o mais alto possível Emmy". Recebi algumas ligações da minha amiga Sofya, ainda estou um pouco chateada com ela, mas enviei uma mensagem dizendo que vou ir embora para Boston agora a noite, depois de deixar as malas prontas entrei no quarto do meu pai que continuava do mesmo jeito que ele deixou e me despedir dele, agora é uma nova fase, em breve venho para o Brasil novamente.
Chamei um uber depois de trancar a casa e me certifiquei se estava esquecendo algo, quando o motorista chegou ajudei a colocar as malas dentro do carro e formos em direção ao aeroporto, quando cheguei fiz as coisas que tinha que fazer e tive que correr para o portão de embarque e vir Sofy me procurando, ela me pediu desculpas e nos abraçamos e tive que ir já que era a última chamada.
Digamos que talvez tenha um pouco de medo de avião, um pouco muito, então tomei um remédio para dormir, quando acordei só tínhamos 4 horas de voo ainda e tem duas paradas que avisaram, comi uma fatia de bolo e um misto quente com um suco natural e aproveitei para assistir um filme e ver se o medo iria embora.
A primeira parada foram de 1h40min a segunda de 2h e o restante do tempo capotei cansada de tanto ficar parada, quando acordei era de dia e estavam servindo o café da manhã, logo falaram que chegamos em Boston e fui me ajeitar no banheiro para ninguém tomar um susto, quando desembarquei fui até minha mãe que me esperava ansiosa e dei um abraço nela.
- a benção mãe? Onde está o Rafa? - disse depois de separar o abraço e reparei na sua felicidade em me ver, acho que ela me deu uns 55 beijos no rosto.
- ele se atrasou um pouco, você sabe como seu irmão é, ele já deve estar chegando querida - ela falou um pouco brava por ele não estar aqui.
- eu estou aqui mãe! Nossa Emmy você cresceu muito do ano passado para cá, antes parecia um cabo de vassoura, como você está irmãzinha? - ele me deu um beijo na bochecha e me deu um abraço muito apertado.
- você continua horroroso, mas está um pouquinho mais bonitinho, as meninas ainda gostam de você que nem na escola? - zombei dele e logo em seguida bagunçou meu cabelo pegando duas malas minhas.
- as garota me amam tá legal e bonitinho é sinônimo de feio Emmy - se defendeu e nos guiou até o carro da mãe.
- vocês continuam implicando um com outro, não mudam nada - reclamou pegando as chaves na bolsa.
- querida, qual faculdade não aceitaram você lá, na segunda procurar uma faculdade para você, as aulas aqui vão começar apenas no final de fevereiro, temos bastante tempo ainda.
- Neuropsicopedagogia ou psicologia criminal, a criminal eu fui aceita mas não quis ir de vez porque não tenho certeza absoluta ainda.
- Neuropsico oque? Que nome doido Emily - disse Rafael frustrado.
Não respondi já que ele iria continuar sem entender e encostei na janela olhando a cidade, no caminho minha mãe me fez algumas perguntas como "você tentou pelo Enem?" disse que não, pois acho que ele deve dar oportunidades para pessoas que realmente precisam e que não tem condições de pagar uma faculdade, não que eu não precise, mas acho que tem pessoas que tem uma situação financeira bem pior e que precisam dessa oportunidade e eu iria me sentir como se tivesse tirando isso deles.
As casas aqui são todas muito bem arrumadas e nem só as casas como as ruas também, além de não ter movimentação alguma ou barulhos, se você ir para qualquer lugar do rio vai ver muitas pessoas andando para os lados e bastante barulho da vizinhança. Chegamos na casa da minha mãe e tirei minhas malas do carro com o Rafael depois ela me mostrou meu quarto, tem bastante espaço e um banheiro grande, as paredes eram brancas e tinha uma cama de casal muito aconchegante, alguns porta-retrato nossos no criado mudo e um tapete bem macio e enorme debaixo da cama.
Tomei um banho demorado e penteei meu cabelo que era um pouco andulado então embolava bastante, passei um hidratante e senti um cheiro de comida, então desci as escadas e meu irmão estava jogando na sala e minha mãe estava na cozinha preparando alguma coisa.
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O outro lado do amor
RomanceEmily Emerson uma garota que acabou de completar 18 anos perdeu seu pai a 6 meses então decide mudar de país para morar com sua mãe e seu irmão mais velho, mal sabia ela que as coisas ainda podiam piorar cada vez mais.