𝙳𝙾𝙽𝙾 𝙳𝙰 𝙰𝙽𝚅𝙸𝙻 - 𝙱𝙸𝙻𝙻𝚈 𝚁𝚄𝚂𝚂𝙾 𝙸𝙸

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𝑪𝒐𝒏𝒕𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒅𝒆 𝒑𝒂𝒍𝒂𝒗𝒓𝒂𝒔: 3,2𝒌

"𝚂𝙴𝙽𝚃𝙸𝚁 𝙾 𝙰𝚁𝚁𝙴𝙿𝙸𝙾 𝚂𝙴𝙼 𝙰𝙾 𝙼𝙴𝙽𝙾𝚂 𝚃𝙴𝚁 𝚂𝙸𝙳𝙾 𝚃𝙾𝙲𝙰𝙳𝙰, 𝙵𝙾𝙸 𝙰 𝙰𝙻𝙼𝙰 𝚀𝚄𝙴 𝙳𝙸𝚂𝚂𝙴 𝚂𝙸𝙼!"
- 𝙼𝙸𝙻𝙴𝙽𝚈 𝙵𝙴𝚁𝚁𝙴𝙸𝚁𝙰

𝒑𝒐𝒗: 𝑺/𝒏

Acordei no dia seguinte sentindo minhas pernas um pouco doloridas com o excesso de força que acabei fazendo na noite anterior dentro do carro, o pouco de bebida que tomei na festa fazia minha cabeça latejar enquando desejava eternamente ter me lembrado o efeito que a ressaca causava no meu corpo.

Tirei cinco minutos para me espreguiçar e poder aproveitar o lado da cama que meu corpo aquecia, a luz do dia ocupava os espaços da janela que a cortina não conseguia cobrir, os raios de sol alcançavam a região dos meus olhos que insistiam em continuar fechados enquanto tentava convencer meu corpo a levantar.

Me sentei no canto da cama e tentei relutar contra a vontade de me deitar e voltar a dormir, respirei fundo e aos poucos tudo foi passando como um breve filme diante dos meus olhos, a festa, a bebida, a carona e o Billy. Soltei um riso de vergonha e a cada segundo as cenas daquela noite pareciam clarear na minha mente. Levantei, fiz minha higiene matinal, caçei uma cartela de remédio e engoli o comprimido me castigando mentamente por beber tanto.

Já com a roupa no corpo, e só um rímel nos cílios, desci as escadas do prédio e assim que pisei na rua uma rajada de vento frio atintiu minha pele, chamei o taxi torcendo para que viesse rápido e me tirasse daquele frio na qual eu me escontrava.

Durante o trajeto eu pensava repetidas vezes como que seria tomar um café com Russo. Lembraria do que aconteceu ontem? Qual será seu café favorito? Ele vai estar de terno? Por alguns segundos me passou pela cabeça a ideia de desistir completamente e pedir pro taxi dar meia volta, mas antes que eu achasse a ideia válida o som do motor reduziu e me vi na frente da cafeteria.

O lugar era decorado em cores neutras e o cheiro exalava a pó de café, tinha um clima confortável e aconchegante. Passei meus olhos pelo lugar e avistei BIlly em uma das mesas redondas próximas da janela. Ele não havia me visto, e por mais que seja surpreendente, ele não usava terno, só uma camisa branca com jaqueta de couro e uma calça jeans preta. Absurdamente gato. Caminhei passo por passo até a mesa calculando até a frequência da minha respiração e fui recebida com um sorriso de seus lábios finos assim que me viu. Russo se levantou puxou minha cadeira para eu me sentar e voltou para seu lugar fazendo um sinal para a atendente que rapidamente apareceu em frente a mesa redonda com um papel e uma caneta nas mãos.

- Bom dia, o que desejam? - perguntou atenta aos pedidos.

- Quero um expresso e pra senhorita? - Billy esperou que eu pedisse o que desejava enquanto a atendente anotava o pedido no papel.

- Um cappuccino, por favor - a moça saiu para providenciar nossos pedidos e atender novos clientes.

- Estou decepcionada, você não está de terno - zombei apoiando meus cotovelos na mesa, Billy riu do meu comentário e passou a língua pelos lábios antes de responder.

- Essa é uma ocasião especial na qual meu terno não iria me favorecer.

- E por que a ocasião é especial?

- Talvez mais tarde você descubra - pude sentir meu estômago dar três cambalhotas com sua resposta, mas eu não sabia o que significava.

- Quer falar sobre ontem? - Russo perguntou antes que eu tivesse a oportunidade de questionar.

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⏰ Última atualização: Feb 06 ⏰

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