Capítulo 10

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Eu não tive alguém para conversar
Por um longo tempo
E é estranho
Tudo o que temos em comum
E a sua companhia era a única coisa
Que eu necessitava essa noite
Mas eu sinto que, de alguma forma, deveria pedir desculpas
Porque eu estou um pouco abalado
Pelo que está acontecendo dentro de mim

Eu deveria ir
Antes que minha vontade se enfraqueça
E meus olhos comecem a protelar
Por mais tempo do que deveriam
Eu deveria ir
Antes que eu perca meu senso de razão

(Levi Kreis — I Should Go)

Narração Por Lily Roberts

Londres, Inglaterra

Fevereiro 02, sexta-feira

Desligo as luzes da cozinha a meia noite, saio em direção ao meu quarto e daqui consigo ver as luzes da estufa acesa

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Desligo as luzes da cozinha a meia noite, saio em direção ao meu quarto e daqui consigo ver as luzes da estufa acesa. A estufa na verdade é mais um ateliê de pintura e artes de cerâmica, a senhora que morava aqui admirava as suas rosas enquanto desenhava e pintava. Deve ser uma sensação maravilhosa, e assim crio coragem em ir em direção ao jardim. Penso que alguém deixou as luzes acesas e não sei se realmente posso entrar naquele lugar, nunca se quer foi permitido a minha entrada, mas Amélia me conta as histórias. Sinto o ar congelante bater em minhas pernas e me sinto no meu sonho, apenas a estufa clareia o meu caminho. Antes de abrir a porta de vidro consigo ver quem estar lá dentro, o senhor Statham e agora tenho certeza que não posso entrar. Mas no momento que viro o meu corpo para ir embora tropeço em um batente quase caindo de cara no chão.

— Merda

— Lily? — Escuto a porta se abrir atrás de mim e vejo o senhor Statham, fecho meus olhos por alguns segundos preparada para receber até mesmo palavras ofensivas

— Desculpa, de longe vi que a luz da estufa estava acesa e como ela quase nunca fica acesa a noite — Digo tentando me explicar o quase inexplicável

— E você aproveitou a oportunidade para vir aqui no meu jardim — Sua resposta se torna agressiva e novamente lhe dou as costas pra voltar para o meu quarto

— Certo

— Não, espera — Sua mão grande se fecha no meu braço esquerdo me puxando em sua direção, e a vontade de lhe dar um tapa não passa

— Tenho que ir, preciso acordar cedo amanhã — Digo tentando puxar o meu braço de volta, mas não consigo retirar o seu contato

— Precisamos conversar — Statham responde olhando em meus olhos

— Claro, mas só se for dentro da estufa — Digo e por um momento quero ver o que tem dentro, só consegui ver alguns detalhes e isso sempre me trouxe curiosidade. Lembro quando criança ficava do lado de fora espiando, mas depois fugia porque o Sr. Statham estava vindo nessa mesma direção e parecia que ele sentia alguém dentro do jardim dele.

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