Capítulo 12

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Os sussurros na manhã
De amantes dormindo intensamente
Estão rolando como um trovão agora
Enquanto eu olho em seus olhos

Eu me seguro em seu corpo
E sinto cada movimento que você faz
Sua voz é calorosa e suave
Um amor que eu não poderia abandonar

Porque eu sou sua dama
E você é meu homem
Quando você precisar de mim
Eu farei tudo o que puder

Mesmo que possa haver momentos
Que parece que eu estou longe
Nunca se pergunte onde eu estou
Porque eu estou sempre do seu lado

(Céline Dion — The Power Of Love)

Narração Por Lily Roberts

Londres, Inglaterra

Fevereiro 16, sexta-feira

Nesses momentos de ausência do senhor Statham que consigo entrar no jardim, colocar os meus pés na grama e tocar em todas as rosas. Consigo ficar todo o momento de descanso aqui, admirando Lucky e o seu pai cuidar de cada uma em particular. Volto para cozinha na hora de fazer o jantar na companhia do Lucky, estamos conversando sobre filmes que estão passando no cinema neste momento e acabo puxando assunto sobre livros, o que ele não tem tempo de ler nenhum.

— Nas minhas folgas só consigo assistir filme ou séries e estudar para faculdade — Essa é a sua resposta e confirmo com um aceno, lembro que ano que vem vou poder entrar na faculdade

— Nas minhas folgas desenho, e leio — Digo o fazendo sorri, não um sorriso largo, mas um sorriso meio sem graça. É, eu devo ser muito sem graça mesmo, como muitos dizem, sem sal.

— Vamos combinar de ir ao cinema, comer pipoca — Seu convite é tentador, comer pipoca é quase uma das minhas comidas favoritas

— Pode ser — Digo olhando para os meus pés parada, qual foi o momento que parei feito uma estátua? Estava indo em direção a cozinha para preparar o jantar.

— Ou você pode ir pra minha casa, já assistiu a série a casa de papel? — O vejo coçar a sua nuca envergonhado e por um momento arregalo os olhos devagar por causa da resposta em pedir para ir para sua casa

— Não, não curto muito série, acabo abandonando no meio do caminho — Digo olhando em direção a cozinha, preciso colocar os meus pés para andar ou vou me atrasar

— Então podemos fazer outra coisa — Responde se aproximando e franzo as sobrancelhas confusa demais com a sua aproximação

— Fazer o que? — Pergunto e as suas mãos seguram meu rosto meio desajeitado, não tem como não sentir uma grande diferença entre eles dois, Lucky e o Jason

Mesmo a gente já tendo ficado duas vezes eu consigo lembrar o quanto nosso beijo foi desajeitado, inexperiente e muito como posso dizer sem insultar alguém, sem graça. Foi um beijo apenas com as nossas bocas coladas e me senti em um filme, um beijo apenas com lábios se pegando e virando de um lado para o outro. Mas não lhe culpo por ser assim, porque depois que senti os lábios do senhor Statham sobre os meus todos os beijos anteriores ficaram sem graça. É como se já tivesse sentindo seus lábios antes mesmo dele me beijar naquele dia no seu escritório. Não posso pensar assim, porque esse homem nunca vai ser meu e nunca poderei contar sobre ele com ninguém.

— Sinto que a gente era mais próximo antes de você começar a trabalhar para o senhor Statham — Lucky responde se aproximando cada vez mais

— Tenho muito trabalho

— Sinto receio por você — Responde cinco centímetros longe de mim e não consigo entender o porque não dou dois passos para trás, mas retiro suas mãos de mim

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⏰ Última atualização: Mar 23 ⏰

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