Capítulo 2-Primeiros encontros

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Tinha por volta dos 7 anos quando me falaram sobre qual seria o propósito da minha vida. Talvez fosse assim para todos da minha espécie. Na verdade, os outros eram ensinados ainda mais cedo, mas como herdeiro tive meus privilégios. Minha missão, pelo menos a primeira parte dela que me foi contada, era simples e muito esquisita. vigiar uma garota mortal, não poderia falar nem deixar que ela notasse que eu poderia vê-la. era entediante. Sendo sincero nunca reparei nela, já não poderia olhar diretamente para ela, era apenas, entediante.

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Certo dia quando tinha dez anos, estava em meu quarto, lendo, quando uma pequena bola de fogo prata apareceu em minha frente, era isso, estava me invocando. Sabia que não deveria aceitar, já tinha uma missão, meu destino já havia sido traçado por inúmeras profecias, mas sabia que fazer um pacto era algo que somente demônios experientes e de alto calão faziam, então seria muito mais interessante.

Apareci rapidamente em uma caverna bem iluminada por diversas velas e pela fogueira pela qual me conjuraram. Quando em um susto a pessoa se virou para ficarmos frente a frente, era uma menina, ela era um pouco mais baixa que eu, tinha cabelos ondulados de uma tom tão forte de vermelho que não sei se poderia considerar ruiva. eram de tons mais escuros que o próprio sangue guardados nos cálices. Ela era linda, tão bonita que por um segundo fiquei congelado ali, com aquela vergonha infantil.

Já havia escutado adultos falarem sobres seus últimos pactos quando falavam com meu pai, o próprio inclusive já havia me ensinado o básico da teoria, mas era de verdade daquela vez e estava perdido na hora.

- Por que me chamou?- nervosismo e curiosidade estavam martelando meu peito.

-Eu já vi você na frente do castelo na cidade, lembra de mim? você me viu também ?- Assim que ela falou isso comecei a perceber que ela era a menina que deveria vigiar, então apenas acenei.

- E por que nunca me respondeu de volta?

Sabia que se eu respondesse aquela pergunta e meu pai descobrisse, estaria morto. sabia que ele não se importaria, pois poderia fazer outro herdeiro ao trono e também sabia que no momento de raiva não ligaria para profecia nenhuma. mas por algum motivo falei a verdade mesmo assim.

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Começamos a brincar cada vez mais, nossas brincadeiras consistiam em luta de espadas, arco e flecha e ler alguns livros que eu levava para a caverna, Já que ela deixava claro que não poderíamos ser visto lá fora. sempre que aprendia algo novo em minhas aulas de luta, mostrava a ela o que havia aprendido. Quando em uma dessas brincadeiras de espadas me desarmou, ela sorriu, feliz com a vitória e me estendeu a mão para ajudar a levantar. ali caído no chão foi a primeira vez que percebi que gostava dela. Comecei a fazer de tudo para aparecer cada vez mais na caverna, quando tive a brilhante ideia de fechar definitivamente o acordo, ligando a minha alma a dela e vice versa. Meu trabalho era vigiar e proteger, mas não queria poder falar com ela apenas dentro da caverna.

Quando o pacto foi oficialmente selado senti minha mão começar a queimar e um corte começou a aparecer na palma, logo em seguida surgindo um rubi, juntamente com uma marcação na parte de trás do meu pescoço. Nesse momento senti a mão de meu pai me puxar pelo ombro.

reaparece na sala do trono, frente a meu pai, estava em sua forma original. conseguia sentir as veias pulsam por seu corpo todo, mesmo mal conseguindo ver seu rosto, que, nesta forma deveria esta a mais de 3 metros de altura. mal tive tempo de pensar quando senti suas mãos grandes começarem a sufocar meu pescoço. Me levantando no ar para nós colocar na mesma altura. Enquanto respirar ficava cada vez mais difícil.

- O que você fez?! O que você fez pirralho de merda?- Era a única coisa que ele conseguia falar. De repente me sinto sendo jogado no chão com muita força. Meu corpo acaba se encolhendo involuntariamente. Com dificuldade de puxar o ar dos pulmões. Quando olho ele está em sua forma humana que costuma usar. sinto uma pontada e sangue escorrer pelo braço e da minha boca mas o olho firme, não poderia deixar que ela notasse quanto aquilo estava doendo e como estava com medo.

- Nunca mais ouse desobedecer a uma ordem minha escutou garoto.- Assim que termina de falar sinto uma forte dor em meu rosto. Meu pai agora sentado no trono me olhava fixamente, usando seus poderes em mim. Acabo perdendo as contas de quanto tempo ficou no chão sangrando enquanto perdia a consciência durante o espancamento. Acredito que tenha sido tempo suficiente para meu pai parar de se interessar pela brutalidade do ato, ele me levanta e me tranca em meu quarto. Deixa bem claro que não deveria sair dali, quando sinto a tatuagem dá ligação com Callia pulsar. sem exitar nem saber exatamente como fiz para aparece na caverna. Percebendo que ela não está. sinto meu coração começar a acelerar. Estava com medo do meu pai ir atras dela também. sem as velas nem a fogueira a caverna estava em uma completa escuridão, quando noto o brilho da lâmina apenas a agarro. novamente sem saber muito como fazer a passagem apenas me concentro na tatuagem e penso em Callia.

Quando a encontro fugindo na floresta, a primeira coisa que tenho vontade de fazer é abraçá-la. Mas também sabia que não poderia demorar, então apenas lhe entrego a espada e dou as instruções que consigo formular na hora. Percebendo que não era meu pai que estava atrás dela.

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⏰ Última atualização: Apr 12 ⏰

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