Capítulo 1

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O som monótono do relógio de parede preenchia o escritório enquanto o detetive Park folheava os arquivos empilhados em sua mesa. Os casos se acumulavam, mas havia um em específico que prendia seu foco, que o fazia revisar cada mínimo detalhe incessantemente: os assassinatos que assombravam a cidade há alguns anos.

Era um enigma intrigante, uma teia de crimes conectados pela assinatura singular de um assassino. E a figura que pairava sobre esse enigma era Kim Taehyung, uma sombra do passado que voltará a atormentar o presente do detetive Park

Enquanto traçava os contornos da vida de Taehyung, Jimin percebeu que havia mais nessa história do que os olhos viam à primeira vista. Taehyung era mais do que apenas o filho de um assassino; era um enigma por si só, um homem mergulhado na névoa da suspeita.

O detetive revistou as notas, encontrando conexões entre os novos casos e o modus operandi do assassino condenado, Kim Haeil. O padrão parecia familiar demais para ser uma coincidência. Era como se as sombras do passado estivessem se projetando no presente, ameaçando engolir toda a clareza que Jimin acreditava ter conquistado.

Porém, entre os relatórios e evidências, um pensamento persistia na mente de Jimin: a possibilidade de que Taehyung não fosse o cúmplice, mas sim uma vítima do mesmo jogo macabro que destruíra sua família.

Um suspiro escapou de seus lábios enquanto ele fechava os olhos por um momento, tentando clarear a névoa que envolvia seus pensamentos. A investigação havia revelado mais do que apenas crimes antigos; ela agitara as águas de suas próprias convicções e amizades, deixando-o em uma encruzilhada incerta sobre em quem confiar.

Era um quebra-cabeça que não podia ser resolvido apenas com evidências e lógica. O passado e o presente estavam entrelaçados de uma forma que desafiava a lógica convencional. Jimin sabia que estava prestes a mergulhar mais fundo nesse mistério, um mergulho que poderia revelar verdades perturbadoras e colocar em xeque tudo o que ele achava que conhecia sobre os envolvidos.

A incerteza o envolvia, mas sua determinação em descobrir a verdade era inabalável. Era hora de confrontar os demônios do passado e decifrar o enigma que era Kim Taehyung.

Jimin pegou a xícara de café esfriando à sua frente, levando aos lábios enquanto contemplava o arquivo de Taehyung. Cada página parecia revelar um fragmento diferente de sua vida, mas nenhum deles oferecia uma visão clara do homem por trás da suspeita.

O detetive sabia que, para desvendar esse mistério, precisava mergulhar fundo na névoa que envolvia o Kim. Não podia mais confiar apenas na superfície dos fatos. Havia algo mais profundo, algo que se escondia nas entrelinhas dos relatórios, algo que podia revelar a verdade por trás da história sombria que carregava consigo.

Com um suspiro resignado, Jimin se levantou de sua cadeira e caminhou até a parede onde estavam fixadas fotos e diagramas dos casos. Seus olhos percorreram cada imagem, cada pedaço de informação, procurando por um elo perdido, por uma pista que o levasse além das evidências óbvias.

E então, uma imagem chamou sua atenção: a foto de uma rua, uma rua que parecia familiar, embora Jimin não conseguisse imediatamente colocar um nome nela. Era uma daquelas memórias que flutuavam à margem da consciência, esperando ser resgatadas no momento certo.

As peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar em sua mente. As conexões entre os locais dos novos assassinatos e as antigas cenas dos crimes de Kim Haeil começaram a criar uma imagem mais clara. Era como se Taehyung, ou quem quer que estivesse por trás disso, estivesse deixando um rastro de migalhas, um chamado silencioso por justiça ou por alguma revelação oculta.

A sensação de urgência crescia dentro de Jimin. Não era apenas sobre desvendar um mistério; era sobre desvendar a verdade e proteger aqueles que poderiam estar em perigo. As peças do quebra-cabeça estavam se juntando, mas o quadro completo ainda estava obscuro, escondido nas sombras do passado.

O silêncio da rosaOnde histórias criam vida. Descubra agora