nada como um replay

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POV: Regina

Eu fico indignada com minha capacidade de não perceber coisas simples quando estou bêbada, eu trouxe para minha casa minha ''ex''-alguma-coisa e nem tinha reparado, não até a Karen me ligar e explicar que tentou me avisar quem era mas eu estava embriagada suficiente para não ouvir.

Poderia ter sido muito pior, tipo:

Ter pegado uma vendedora de órgãos clandestina e agora meu rim estava em algum cooler por aqui.

Depois de pensar nessa possibilidade minha mão vai direto onde fica meu rim, ao menos eu acho que é aí, mas parece que está tudo bem com meus órgãos vitais.

Karen fala algo sobre alguém, especificamente uma garota, que ela pegou, mas meu choque ainda é grande. Me despeço dela e volto a olhar para a ruivinha que aparenta estar chocada que eu.

— É Cady, né? - pergunto da forma mais patética, como se eu não soubesse. Mas a coisa que eu mais quero é me livrar desse constrangimento. Ela afirma com a cabeça, e então discretamente vejo ela olhar um pouco pra baixo, não tão discretamente assim porque sinto o olhar dela queimar meu corpo.

— Você veio com seu carro? 

— Não lembro bem, mas acho que não. - ela se levanta e finalmente sai da cama, começa a vestir algumas roupas que estavam na cabeceira da cama. Eu pego uma blusa, faço ideia de como ela foi parar pendurada no guarda roupas, e a visto.

— Você vai querer conversar ou além de não perguntar o nome depois também é do tipo que finge que nada aconteceu? - levei uma alfinetada gratuitamente, não lembrava da ruivinha ser tão hostil.

— A diferença é que eu não levo qualquer uma pra casa. - digo pegando as chaves do meu carro e elas fazem um tintilar quando balanco elas. — A gente pode conversar no caminho. Você mora onde?

— A três quadras daqui, não precisa me levar. Eu chamo alguém ou algum táxi.

— Não, eu faço questão. - o clima agora que as duas estão de roupas é mais confortável para ter uma conversa civilizada, com palavras normais invés de sons identificáveis.


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— Então... Vamos fazer um jogo, eu pergunto algo a você e você pode me fazer qualquer pergunta. - começo a engatar o carro.

— Não acho que você estava muito interessada na minha vida ontem. - a risada dela é bonitinha, não tinha reparado antes, não mudou nem um pouco. — Mas eu topo. - diz se sentando no banco de passageiro.

— Não sabia que você era lésbica. - ela ri mais uma vez, e eu não estou gostando nem um pouco.

— Não, não sou, eu sou bi. Agora é minha vez, vocês ainda continuam amigas?

— Eu e as meninas? - ela concorda com a cabeça. — Um pouco, a Gretchen se casou logo quando terminou o ensino médio, então ela é muito ocupada. Mas ainda mantenho contato com a Karen. E você continuou com o Aaron?

— Ah, não, depois que ele foi pra faculdade nunca mais ouvi falar. A gente terminou nessa época também. - ela pede para parar o carro e agradece. Dá pra ver uma silhueta na janela, suponho que ainda esteja na casa dos pais. Isso me lembra de que eu tenho que ir visitar os meus, coisa que eu estou adiando desde que cheguei, há exatos um mês. Ela se despede com um beijo na bochecha, sinto o lugar que ela beijou formigar, não estou gostando nem um pouco disso. Vejo ela ir em direção a casa e aceno com a mão, hora de ir embora.

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Querido diário, eu quero beber da deliciosa água sanitária!

Já não é suficiente eu INCONSCIENTEMENTE pegar Cady Heron, eu tenho que ficar boba novamente.

Minha mãe está impossível, só pergunta da tal namorada que eu elogiei tanto a um mês atrás (mal sabe ela), não tenho coragem suficiente para falar.

''ei mãe, me desculpe, mas fui corna.''

Eu posso até contornar a situação, falando que ela ta trabalhando ou coisa do gênero, mas isso funcionou por um tempo. Surpresa, a mamãe não acredita mais que alguém possa trabalhar tanto.

Tenho que pensar em algo, e rápido.


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╰┈➤ Próximo capítulo só amanhã rsrs! bjs 𓍢ִ໋🌷͙֒

₊˚⊹♡ JUST A KISS  - Regina & Cady ₊˚⊹♡Onde histórias criam vida. Descubra agora