Fariam companhia para ele?

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Sempre resmungava ao acordar com seu alarme tocando as 5:40 da manhã para poder se arrumar para a escola, odiava aquela rotina de todas as formas. Contudo, naquele dia não se sentiu irritado, já que não havia sido o alarme o despertou e sim os beijos depositados pelo seu rosto. Ao abrir seus olhos, se deparou com Chan o encarando. Sua cara estava toda amassada, cabelo bagunçado e um sorriso estampado em seu rosto. Não conseguiu se conter, retribuindo-o com um selinho demorado, o agarrando e subindo em seu colo.

— Minho, sua mãe ou seu pai podem aparecer aqui e nos ver assim. — Sorriu, segurando na cintura do mais novo e fazendo um carinho ali.

— Ela não entra no meu quarto sem avisar, sempre bate antes. — Deu uma risada, se abaixando seu tronco e colocando o rosto na curvatura do pescoço de Chan — Obrigado por dormir aqui hoje, Chris.

— Por nada, foi muito bom ficar grudadinho em você a noite toda. — O apertou mais em seus braços — Quero fazer isso mais vezes — sussurrou com a voz rouca.

— Eu também, mas da próxima vai ser na sua casa — sugeriu, fazendo o outro concordar. — Aliás, falando sobre ontem, — Fez uma pausa, se levantando e voltando a sentar no colo do australiano — você e o Changbin vão fazer companhia pro Jisung? Ele odeia ficar sozinho. — Suspirou, desviando o olhar para a janela ao lado da cama.

— Não se preocupe, meu bem, já conversei com o Bin e mandei mensagem para o Hannie — disse levando uma mão até o cabelo do outro e começando a pentear os fios. — Até que as coisas abaixem, a gente vai cuidar dele.

— Vocês dois são maravilhosos, obrigado. — Sorriu — Quer ir tomar banho primeiro? Pode usar alguma roupa minha.

— Ok, me empresta uma toalha também?

[...]

Como prometido, Chan e Changbin decidiram ir ao encontro de Jisung assim que chegaram na escola. Faltavam 15 minutos para começar a aula, então se dirigiram até a arquibancada, já que foi onde o garoto havia dito, por mensagem, que estava. Ao avistarem o mais novo, o viram sentado no último degrau de cabeça baixa, nem percebendo a aproximação deles. Só notou a presença dos seus hyungs quando se sentaram ao lado dele, fazendo-o levantar o rosto e suspirar aliviado. O australiano lhe entregou o café gelado que havia comprado para ele e o envolveu em um abraço de lado, colocando seu braço sobre o ombro dele.

— Bom dia Ji, como está? — perguntou Changbin, tomando um pouco do suco que havia trago consigo.

— Bom dia, não sei ao certo como eu deveria estar, só cansado com tudo que está acontecendo. — Suspirou, apoiando seu rosto no ombro do mais velho.

— Hannie, mesmo que não sejamos tão próximos quanto os outros meninos, vamos te fazer companhia e tentar te distrair um pouco — Chan disse, sentindo o outro o abraçar pela cintura e apertar a sua blusa com força.

Não demorou para o mais novo deixar as lágrimas, que tanto segurava, desceram pelo seu rosto. Changbin logo se aproximou, levando sua mão até a cabeça dele e acariciando seus fios de cabelo. Eles queriam muito poder ajudá-lo naquela situação, só que não era algo que poderia ser resolvido tão facilmente. No momento, poderiam dar o apoio e tentar confortá-lo de alguma forma.

— Obrigado, ter vocês aqui é muito importante para mim — diz enquanto tentava afastar o choro. — Sei que os meninos não podem ficar próximos por enquanto, já que meus pais me proibiram de vê-los e se meu primo ver vai acabar contando, mas ter vocês dois já é um alívio muito grande. — Respirou fundo, antes de dar um gole em seu café — Preciso urgente de um emprego, se não meus pais vão foder mais com a minha vida.

— Por que diz isso? — Changbin perguntou preocupado.

— Meus pais querem que eu case com a Chaeryoung. — Suspirou, enxugando seu rosto — Não quero que eles acabem como meu futuro. — Encarou o chão, pensativo.

(Demi)stificando meu coração • minchanOnde histórias criam vida. Descubra agora