Você gosta de mim?

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Minho bateu na porta da casa dos Bang, esperando que Chan atendesse. Era final de semana e, como combinado, estava ali para poderem começar a música da apresentação. Sentia-se ansioso com aquilo, nunca havia feito algo do tipo e tinha medo de apenas atrapalhar o processo, mas confiaria que o australiano iria o auxiliar nisso.

Não demorou muito para que o moreno o atendesse com um sorriso de orelha a orelha no rosto. Ele retribuiu com outro e ambos se curvaram levemente para se cumprimentarem em silêncio.

— Tem certeza que não é um incômodo para sua mãe que eu venha na hora do almoço aqui, Chris? — perguntou apreensivo, sem entrar na casa ainda.

— Minha mãe foi quem falou para te chamar nesse horário, não se preocupe com isso — deu passagem para que entrasse — Além do mais, hoje meu pai foi trabalhar e meus irmãos não estão em casa, então vai ser bom ter mais alguém para almoçar com nós dois.

— Se você diz.

E assim, o mesmo começou a entrar e logo Chan fechou a porta atrás de si. Começaram então a caminhar até a sala enquanto conversavam.

— E você, tem irmãos? — indagou, curioso.

— Tenho um meio-irmão, ele mora com meu pai e madrasta — explicou, observando a sala bem decorada — Moro com minha mãe e meus gatos.

— Você tem gatos? — sorriu animado, o mesmo amava animais.

— Sim, são três, Sonnie, Doogie e Dori — contou nos dedos — São meus bebês.

— Devem ser adoráveis.

A conversa acabou por ser interrompida quando a mãe de Chan apareceu na sala, percebendo a presença de Minho no cômodo. A mais velha abriu um sorriso caloroso e foi até o mesmo, feliz pela sua chegada.

— Olá Minho, é um prazer te conhecer — o mais novo se curvou assim que a viu, sorrindo para ela.

— Oi senhora Bang, é um prazer te conhecer também — diz um pouco tímido.

— Não precisa ser tão formal, pode me chamar de Soojin, apenas — enxugou suas mãos com o pano que estava em seu ombro — Channie me falou bastante de você.

— Hmm, ele falou? — o olhar de Minho se voltou para o australiano com um sorriso malicioso estampado no rosto.

Chan ficou paralisado e o outro apenas viu suas orelhas começarem a ficar vermelhas, pela vergonha. Minho não era besta, já havia percebido o interesse do mais velho em si, mas aquilo não o incomodava. O mesmo era adorável quando tentava esconder aquilo, ficava com vergonha e às vezes nem sabia o que falar.

Queria poder conhecê-lo melhor, o australiano parecia ser alguém interessante, não seria difícil se aproximar dele.

— Mãe, vou arrumar a mesa — ele nem esperou a mais velha responder, apenas saiu em passos apressados até a cozinha.

— Ele fala de você desde o fundamental, quando vocês tinham uns 14 anos — a mesma diz, olhando na direção que o filho foi.

— Sério? Me lembro dele nessa época, mas por que nunca veio conversar comigo? — indagou curioso.

— Ele era muito tímido, lembro dele ter escrito cartinhas pra você, mas nunca teve coragem de as mandar — disse dando uma risada — Mas não fala que eu contei isso.

—- Pode deixa — fingiu fechar a boca com um zíper, fazendo a mais velha ri de si.

[...]

Durante o almoço, a mãe de Chan começou a contar várias histórias do filho, algumas engraçadas e outras constrangedoras para ele. O mesmo ficava vermelho a cada dois minutos e Minho tentava não rir da situação para não deixá-lo mais envergonhado ainda.

(Demi)stificando meu coração • minchanOnde histórias criam vida. Descubra agora