Complexo do alemão | babictor

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Carolina 🌺

Já estávamos subindo o alemão, e a ligação de mais cedo ainda estava na minha cabeça, dona vera, a moça do bazar do alemão, me ligou dizendo que viu o Arthur subindo o morro com uns vapores.

o meu arthur.

Estavam todos rindo e brincando no carro, e eu apenas estava quietinha com gui dormindo no meu colo.

— eai carol, ta tão calada amiga - jessi perguntou me olhando pelo retrovisor

— só estou cansada gente - digo simples e sorrio

— chegamos - tz desliga o carro e estávamos entrando em casa já — ai carol, amanhã, quero revanche de hoje mais cedo

— ninguém me vence no shop de vinho meu querido - todos nós rimos e entramos em casa

Quando eu entrei em casa, passo o olho rapidamente e me deparo com o Arthur.

o meu arthur.

— caralho irmão, que porra é essa - tz passa por mim e vai abraçar ele

eu estava sem reação , não conseguia ter reação. Quando sinto que perco minhas forças nas pernas e o victor corre e pega o Guilherme do meu colo.

— leva ele la pra cima, ainda preciso explicar muita coisa pra ele - eu estava sem ar e a jessi veio com um copo de água

— aqui amg

estava passando um filme pela minha cabeça e eu não conseguia olhar pro Arthur, até que o tz diz.

— bora subir la pra cima tropa, eles ainda tem muito pra conversar, e amanhã o churrasco tá garantido - todos riram e subiram la pra cima

tomo coragem e olho pra frente, eu estava sentada na poltrona e ele se aproxima.

— você não sabe o quanto senti sua falta, loirinha - ele ia segurando minha mão, mas eu puxo pra mim — aconteceu alguma coisa amor?

— não me chama assim, e sim, aconteceu milhares de coisas, eu tive o NOSSO filho, e você fugiu - grito no rosto dele e me levanto — sabe o quanto eu sofri? sabe o quanto o seu filho sofre por ser o único sem pai presente na família?

— carolina, eu não abandonei vocês, você ta ficando maluca? o bope eles .. - corto a fala dele

— bem que a minha mãe falou que você não prestava, mas eu não quis ouvir, porque te amava, eu passei durante toda minha gravidez sozinha, o parto do nosso filho? sozinha também, enquanto você fugiu por ser um covarde - grito tudo e as lágrimas começam a cair

— carolina, me descupa por não ter participado de tudo isso, mas não foi minha culpa, por favor me escuta - ele começa a chorar e eu ouço um barulho na escada, Victor tava descendo

— você pode subindo, a gente ainda ta conversando

— conversando ou jogando as coisas na cara do Arthur? para de ser um pouco teimosa e escuta ele Carolina, não foi nada disso que você ta pensando

— eu já pedi pra você subir Victor Augusto

— Eu não vou subir até você escutar meu amigo, eu te amo, vc é minha irmã, mas você ta errada, se voce escutar o que ele tem pra fa...

— ótimo, se você não sobe eu subo, e não vou dormir aqui

— você vai pra onde Carolina, o Guilherme ainda tem que conhecer o pai dele

— o filho é MEU - grito no rosto do Victor, pq estávamos de frente um pro outro — e eu faço oq eu bem entendo - subo e vou direto pro meu quarto

pego minha mala em baixo da cama e pego minhas roupas e do Guilherme, ele não tava aqui provavelmente tava no quarto da barbara.

fecho a mala, ponho uma calça, uma blusa branca e uma jaqueta jeans.

vou no quarto da barbara e todos estavam la, menos o Victor.

— amiga você não acha isso errado, o Guilherme sonha em ver o pai - barbara diz

— não, não acho, o filho é meu, eu fui presente na vida dele, eu estava ao lado dele em todos os momentos, e por lei, eu decido nas escolhas do meu filho

— ai pela amor de Deus carolina, seu irmão é um traficante, seu ex é traficante, seus amigos, esse negócio de lei não é porra nenhuma - tz fala irritadinho

— quando eu te perguntei mesmo? - pego o Guilherme de cima da cama e minha mala e vou até a escada — lucca pode me ajudar?

lucca olha pro tz e vem me ajudar.

— pode ver com algum vapor pra me levar de carro ate a barreira, lucca ?

o Arthur se levanta e vem na minha direção e olha pro Guilherme no meu colo.

— carolina, ele é meu filho também, eu não quero brigar, eu só quero ver ele

— pensasse antes de sumir do mundo - saio e bato a porta e o lucca tava do lado de fora com o carro — obrigada lucca

— rlx, vou te levar no seu destino, vai pra onde?

entro atrás e coloco o Guilherme no meu colo.

— Copacabana - digo simples

— porque você não quer ouvir ele em loira - ele começa a dirigir

— porque tenho meus motivos

o resto da viagem fomos conversando, e ele não falou mais nada sobre Arthur.

// não fiquem com odio
da coitada 😭🙏🏽