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Bárbara 💫

Coringa me trouxe na casa da lara pra eu pegar minhas coisas, confesso que em relação a lara eu até entendo ela, eu faria a mesma coisa para proteger meu filho, então não culpo ela nem nada do tipo.

Eu resolvi aceitar a casa que o coringa me ofereceu, ele disse que eu não preciso pagar o aluguel porque ele sabe que eu tô juntando meus únicos centavos pra comer e pra pagar meu curso, eu fiquei com um pé atrás, porque tipo, por que ele me ajudaria, por que ele tá me ajudando?.

Mesmo com um pé atrás eu preciso aceitar de qualquer forma, eu não tenho nenhum amigo por aqui além da carolina, mas ela mora com a madrinha dela, e eu não quero ser um encosto na casa de ninguém, como eu já disse minha avó sempre me ensinou a nunca depender de ninguém.

As pessoas nunca te dão as coisas de graça, elas sempre pedem algo em troca, e se o coringa tá pensando que eu vou transar com ele em troca dessa casa, ele tá muito enganado, eu moro na rua mas eu nunca vou vender meu corpo em troca de comida ou de um teto.

Termino de arrumar minhas coisas e pego tudo e deço, tendo a visão do, coringa, bak e a Lara. Larissa me olhava com um olhar de pena e isso me irritava, odeio quando as pessoas sentem pena de mim.

- já falei que está tudo bem larissa, não precisa ficar me olhando com pena - coloco minhas malas no chão e olho pra ela

- ja achou um lugar prima?

- já sim, não se preocupe, vamos coringa?

- fé bak, mais tarde quero bater uma lero contigo cola lá na laje - coringa pega minhas malas e sai

- tchau lara, a gente se ve por aí - abraço ela e ela retribui - tchau pequeno ‐ passo a mão barriga dela e pego minha última mala

Saio dali e vejo o coringa colocando as malas na mala do carro, eu vou em direção dele com a última mala e deixo a no chão perto dele. Entro no carro e não demora muito e ele logo entra também.

Ele dirige até uma casa simples de dois andares, ficava bem na subida do morro, ele estaciona e eu saio do carro indo pegar minhas malas.

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- gostou? - ele pergunta se jogando no sofá

- siim, é muito bonita, bem simples do jeitinho que eu gosto - digo sorridente

- depois você pode dar uns retoques do seu estilo

- sim, aos poucos eu vou vendo, eu preciso ir no mercado pode me levar?

- posso, precisa de dinheiro?

- não! Eu tenho minha economias e também daqui a dois dias eu recebo meu primeiro salário

- ok então, vai ir agora?

- sim quanto mais rápido, melhor vou só pegar minha bolsa - Pego minha bolsa e coloco minha carteira dentro da mesma — vamos

— vamos

Ele dirige até um super mercado que fica aqui no morro, até que o super mercado era grande menina. Pego um carrinho e entro dentro do mercado, olho para trás e vejo o coringa me seguindo.

Paro o carrinho e olho pra ele, e o mesmo me olha e sorri fazendo um vlw.

— pode ir embora, eu me viro pra voltar pra casa

— não tenho nada pra fazer agora então ‐ ele de ombros

Pego o necessário, macarrão, arroz, feijão, carnes, uns docinhos que não pode faltar, produtos de limpeza e higiênico e uma lasanha pra eu fazer mais tarde, lá tem micro-ondas então vai me ajudar bastante.

Vou em direção ao caixa, tinha duas pessoas na minha frente com compras pequenas então não vai demorar muito. Olho pra trás e vejo o coringa vindo na minha direção com três potes de palmito, arregalo os olhos e ele coloca dentro do meu carrinho.

— você vai pagar por isso! - ele dá de ombros — então você gosta de palmito?

— sou apaixonado em palmito, isso aqui ‐ ele pega um dos vidros de palmito — é vida

— você é maluco, isso é horrível, uma vez comi uma pizza de palmito com frango e estava horrível

— depende muito bárbara, a pizza realmente não é muito boa mas ele puro assim é uma delícia

Chega minha vez no caixa, a mocinha passa tudo e só nessa comprinha de nada deu 350 reais, pqp as coisas hoje em dia não não baratas meus amigos!. O filho da mãe do coringa não pagou pela porra dos três vidros de palmito e só essa porra deu 55 reais.

Bagulho vem ouro dentro, não é possível.

— você está me devendo 55 reais!

— eu esqueci de pagar bocuda

— harã sei, agora vamo logo que eu preciso arrumar minhas coisas no lugar

Coloco as sacolas na mala do carro e entro no banco do passageiro, passo o cinto e espero o bonito entrar. Ele dá partida e depois de uns 20 minutos chegamos.

Já era 17h da tarde, eu tenho que arrumar as roupas e a comida no lugar. Entro em casa coloco as bolsas no chão da cozinha e já pego um banco que tinha no canto da parede, pra eu colocar a comida no armário.

Quardo tudo e olho pro sofá, o bonito tava deitado mechendo no celular comendo palmito, deço do banco e vou em direção ao banheiro quardar os produtos de limpeza.

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Já era dez da noite, eu estava morta já quardei tudo e arrumei minhas roupas no armário do quarto. Meu quarto era simples, uma cama de casal, uma armário, um criado mudo do lado da cama e um tapete vermelho de veludo no chão.

Coringa saiu já faz um tempo e disse que voltaria amanhã.

Termino meu banho e ponho minha camisola rosa meia transparente, uma coisa mais pra dormir. Coloco a lasanha no micro-ondas e espero 20 minutinhos e ela fica pronta. Coloco uma fatia no meu prato e pego um garfo, me sento no sofá e quando eu ia colocar meu primeiro pedaço na boca ouço a campainha tocar.

Olho a hora no meu celular e já era onze horas, fico meia nervosa porque o coringa disse que só voltaria amanhã é ninguém sabe onde eu moro. Me levanto e vou até a porta, tomo coragem e a abro dando de cara com o mr e o coringa.

Complexo do alemão | babictor Onde histórias criam vida. Descubra agora