Le Male Du Loup (Rerry) - | TRADUÇÃO |

Nas mãos de um louco

Harry Potter caminhou pela cela da masmorra tentando descobrir uma maneira de sair, como fez durante semanas. A cela consistia em três paredes de pedra, com pelo menos trinta centímetros de espessura, e uma parede de barras de ferro que dava para um corredor escuro de pedra. Não havia janelas e não havia como ele saber há quanto tempo estava ali. Havia um balde em um canto para suas funções corporais, outro balde de água perto da porta da cela e um catre de palha com um cobertor fino ao longo de uma parede. Não havia mais nada. A única luz vinha de uma tocha no meio do corredor.

Harry estava com frio, cansado e com fome. Mas pior do que isso, ele estava com dor. Seus captores, Comensais da Morte sem rosto, vinham em intervalos irregulares para torturá-lo. Eles usavam principalmente a maldição Cruciatus, mas ocasionalmente gostavam de misturar isso com sessões com chicote. Ele não ficou gravemente ferido. Não, eles não o queriam morto. Eles só queriam quebrá-lo.

O último plano de Voldemort era levar o Salvador do Mundo Mágico para o Lado Negro. E então eles trabalharam em seus jogos mentais e tentaram manipulá-lo para que desistisse. Eles retiveram a comida durante dias e depois ofereceram-lhe um banquete se ele se transformasse. Eles o torturaram até quase a insanidade e então lhe ofereceram liberdade. Eles lhe mostraram o quarto iluminado e alegre com uma lareira quente e uma cama aconchegante que poderia ser dele se ele apenas jurasse lealdade ao Lorde das Trevas.

Até agora, Harry permaneceu forte. Mas ele estava enfraquecendo.

Harry queria ir para casa. Ele queria ver Ron e Hermione. Ele queria estar com Sirius e Remus. Ele queria ver os olhos azuis cintilantes de Dumbledore. Inferno, ele preferia ver Snape do que ficar trancado nesta cela por dias a fio.

Já se passaram quase três dias, pelo que Harry sabia, desde que alguém se preocupou em ver como ele estava, e a falta de contato humano, mesmo na forma de um Comensal da Morte, estava afetando-o. Sem mencionar que ele estava com fome o suficiente para comer um rato, se conseguisse pegar um. De repente, ele sentiu muita simpatia pelo tempo em que Sirius esteve fugindo e vivendo de ratos. O desespero pode levar um homem a fazer coisas engraçadas.

Ele sentou-se no catre e puxou os joelhos até o peito. Ele estava praticando magia sem varinha na tentativa de escapar. Enquanto estava sentado ali, ele jogou um Knut pela cela e tentou levitá-lo. Ele conseguiu levantá-lo vários centímetros na última vez que tentou, mas isso o esgotou bastante. Ele percebeu, porém, que se continuasse trabalhando nisso, melhoraria e seria capaz de fazer isso por mais tempo. Ele pensou nisso como construir seus músculos mágicos.

Após cerca de uma hora de treinamento, ele estava exausto, mas conseguiu segurar a moeda por dois minutos e Accio devolvê-la com sucesso. Em breve, ele poderá usar Alohomora e sair de lá. Talvez.

Ele estava prestes a adormecer quando ouviu a porta no final do corredor se abrir e vozes altas se aproximando. Ele recuou contra a parede e esperou. O que seria desta vez? Mais tortura? Ou talvez eles finalmente lhe dessem comida.

"De costas contra a parede!" uma das figuras mascaradas disse a ele, sua varinha apontada para o peito de Harry. Harry encostou-se na parede e ergueu as mãos da maneira que aprendera em seu cativeiro. O segundo Comensal da Morte apareceu levitando um corpo atrás dele. Ou pelo menos Harry pensou que era um corpo. Realmente não parecia muito mais do que uma pilha de trapos ensanguentados.

"Tenho um amigo para lhe fazer companhia", o segundo homem riu enquanto jogava o corpo na cela e batia a porta novamente. "Divirtam-se esta noite, rapazes. Mal posso esperar para ver quem resta vivo pela manhã! Avise-nos se mudarem de ideia sobre se juntar ao nosso mestre." E então eles se foram.