✯. 𝗰𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗱𝗼𝗶𝘀

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COM O CIGARRO descansando entre seus dedos, a jovem remexia sua bolsa em busca de um isqueiro

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COM O CIGARRO descansando entre seus dedos, a jovem remexia sua bolsa em busca de um isqueiro. Era intrigante como pequenos objetos se perdiam dentro de suas bolsas. Após muita procura, finalmente conseguira acender seu cigarro. A primeira tragada era um ato religioso para Martina, deveria ser aproveitada por completo e da forma correta, se não, seria apenas mais um cigarro gasto à toa. Sentiu a fumaça adentrar o seu corpo e fechou os olhos, registrando todas as sensações do presente momento, os sons do tráfego, o calor do sol, a voz de Enzo e a fumaça presa em seus pulmões.

— Então — o rapaz começou, prestando atenção na jovem ao seu lado, — você é fotógrafa?

— Não, sou atriz também, — disse ao soltar a fumaça pelos lábios. — Tô trabalhando em Moulin Rouge, sabe?

— Ah, sei! Sendo assim, você também canta, não é? — Indagou.

— É, acho que sim. — Sorriu, parando de andar. — Ei, quer tomar um sorvete?

INTERROMPERA bruscamente a caminhada, parando para admirar o letreiro da sorveteria à sua frente. Costumava frequentá-la em sua infância, desde então não havia lhe ocorrido visitar o estabelecimento, pelo menos não até agora. Enzo franziu o cenho de início, acenando com a cabeça em concordância, tomando a frente e adentrando a sorveteria. Martina continuou imóvel, tomada pela nostalgia, até ser levemente puxada por seu companheiro. O interior era bem iluminado, com mesas dispostas de um lado e freezers de outro. O local cheirava a baunilha, da forma como se lembrava. A nostalgia a deixava paralisada, se sentia assistindo a suas memórias de fora, tendo em vista que o lugar continuava exatamente igual quando frequentava junto de seus pais, como se o tempo tivesse passado para todos os estabelecimentos em volta, menos para a sorveteria.

— Ei, Martina! — Seu nome foi dito por uma voz rouca. — Tá tudo bem?

— O quê? — Perguntou, recobrando a consciência. — Ah, sim, tudo bem.

— Eu falei que não conhecia essa sorveteria. — Enzo repetiu, com um sorriso doce.

— Eu vinha muito aqui quando era criança — respondeu calmamente.

𝗜𝗦 𝗜𝗧 𝗢𝗩𝗘𝗥 𝗡𝗢𝗪? :: 𝖾𝗇𝗓𝗈 𝗏𝗈𝗀𝗋𝗂𝗇𝖼𝗂𝖼Onde histórias criam vida. Descubra agora