Capítulo 4

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      Em Aurora, não existiam orfanatos e nem asilos, muito menos abrigo de adoção para animais em estado de rua pois, todos tinham união e família com muito amor e condições para estarem todos unidos mas, com a invasão dos demônios em Galaxara, muitas crianças e adolescentes ficaram sem amparo quando a família se dedicava ao sacrifício de proteger os mais novos. Muitos idosos também ficaram sem moradia e amparo quando perderam tudo, assim fazendo a única solução se cumprir.

   Os anjos e arcanjos resgatava almas todos os dias, travando batalhas muito árduas contra demônios que estavam mais fortes que o normal, mas o bem sempre vencia no fim de cada luta e isso era óbvio. Infelizmente acontecia de algumas vidas serem ceifadas, mas o Rei Supremo sempre as resgatava e tirava as mazelas com todo amor e carinho idêntico ao de uma mãe cuidando de seu filho.

   A criação dos abrigos foi justamente para impedir que os demônios ceifem mais vidas, os anjos não sabiam realmente a causa do mal estar agindo com tanta força de vontade, mas sabiam que estavam atrás de alguém.

   E esse alguém era Andrômeda, estavam atrás especificamente do seu poder imenso sob a causa e o efeito das ações. Caso o inferno tivesse o domínio dessa força, a vida de todos os seres bondosos e inocentes estariam em risco, almas novas não teriam a chance de aprender a viver e espíritos velhos não poderiam alcançar mais patamares de evolução no mar de oportunidade que é a vida eterna.

   Restando assim, a única opção para o Criador é reiniciar toda a vida pela primeira vez. Por isso, em uma reunião celestial com o rei supremo e os anjos serafins na verdadeira forma, com base nos ideais do arquiteto do universo, apresentaram a única solução para Andrômeda.

   Que seria reencarnar em Aurora como um ser comum e sem maldades.

   Mas seu espírito era muito carregado de energia cósmica, era imensamente grande e pouco humilde em relação a poder. Qualquer corpo humano seria muito prejudicado por não aguentar o peso de uma entidade tão poderosa com uma responsabilidade tão grande.

  Assim, coube a responsabilidade do Rei Supremo em fabricar uma nova matéria única e muito forte que suportasse o poder e a grandeza de Andrômeda. Não demorou dois segundos e esse novo corpo estava pronto como num estalar de dedos, mas quando tudo estava pronto os anjos serafins perceberam uma atmosfera estranha dominar a mente da entidade.

—Por quais motivos a vossa excelência está preocupada? O pai já resolveu a sua situação!

  O Anjo Serafim, Jeliel pergunta a Andrômeda que estava em um silêncio profundo por conta dos seus pensamentos.

—De todas as vezes que eu estive no lugar dos homens na terra, eu nunca pude viver ao lado de uma anjo que me ajudou tanto a criar mente e força para estar onde estou hoje.- Andrômeda desabafou com um certo pesar, seu olhar iluminado estava distante olhando para o vasto universo.

—Estar se referindo a Malaika?- Sitael, o outro anjo serafim pergunta com a certeza da resposta.

—Sim, ela foi a minha luz durante toda uma vida de pedras no caminho e eu preciso urgentemente retribuir todo o gesto de amor que um dia foi proporcionado a mim, eu sinto que chegou a hora de começar a agir...

    Ouvindo os desabafos do grande espírito, O Rei Supremo considerou os motivos de Andrômeda mas se mantinha sério e preocupado com a situação, mesmo sabendo que havia chegado a hora, o tempo ainda sim continuava ser uma estrada com várias paisagens diferentes.

—Você está certa, realmente a causa agora exigiu a presença do efeito nessa história, mas tudo na vida tem dois caminhos e só cabe a você junto a mim decidir qual é o melhor sabendo dos ideais e do caráter da Malaika.

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