A Protegida - Anjos Entre Nós

Capítulo 2

Admirando a grande e bela vista deslumbrante de uma pequena parte do planeta Aurora, dois anjos guerreiros estavam com suas asas descansando no gramado, as espadas cravadas na terra e os seus escudos jogados de qualquer jeito naquele pequeno morro.

Sentada com as pernas cruzadas na grama mais verde já vista, a anjo guerreira Malaika descansava a sua mente e mantinha seu equilíbrio emocional intacto, seus olhos azuis tom de safira olhavam carinhosamente para a estrela solar sem risco de arderem a ponto de perderem perder suas vistas. O sol iluminava a sua pele parda dando mais destaque ao seu brilho natural, seus cabelos cacheados pretos e longos balançavam serenamente com a passagem fresca e leve do vento singelo.

Ao seu lado, de pé com a postura calma porém bem armada, se encontrava o anjo guerreiro Helikant estava de braços cruzados olhando para as grandes e majestosas construções da pequena cidade auroriana. Seus olhos azuis tom do oceano encaravam com preocupação as pequenas casas que preserva a simplicidade, seus cabelos ondulados também balançavam com o vento e sua pele negra recebia os raios solares como se estivesse recebendo um banho de brilho.

Os dois alados conversavam sobre fatos do passado na intenção de entrarem em um consenso sobre o resgate de Torinoville e Millerville, mais conhecidas como as cidades dominadas pelo submundo.

-E foi assim que aconteceu a morte de Hope e Steven Cavendish nesse planeta e enquanto aos seus filhos, eles não estão entre os encarnados mais, porém, hoje são pequenos seres de luz que vagam pela imensidão em busca de ajudar a todos que estão na escuridão enviando cartas para os anjos mais próximos virem no socorro dessas almas.

Malaika lutando contra as suas emoções, ainda conseguia contar a mesma história quantas vezes fosse necessário para qualquer anjo.

-Isso já tem três segundos? Realmente, o tempo do Criador é diferente e essas cidades nem existem mais...

-A comparação foi certeira, Helikant...mas três anos ainda são bem lentos aqui em Aurora, são bem mais lentos pois cada alma aqui sabe aproveitar o tempo.- Malaika explicava a diferença do tempo para o anjo ao seu lado com cautela.- Na terra era diferente, o tempo passava devagar mas as pessoas eram apressadas e não viam a hora passar e quando se davam conta já estavam no fim.

-E como está o planeta terra hoje em dia? Já se passaram mil anos, ou seja, poucas horas.- Helikant pergunta fazendo a sua observação cronológica.

-Como o criador havia dito no livro sagrado, o joio e o trigo foram separados, a terra virou um centro de almas que precisam sofrer com a mesma intensidade do que praticaram o mal... Hoje é considerada como uma prisão por aqueles que não foram salvos.

-Então indo direto ao ponto, o que será util para salvarmos Aurora e os aurorianos? Eu tenho idéias mas seria como andar em círculos.

Helikant pergunta enquanto desabafa, seu semblante de preocupação estava cada vez mais evidente, o que não passou despercebido por Malaika ao sentir a energia angelical do guerreiro ficar mais densa.

-Cidades como Rapha que é essa onde estamos, não poderá receber mais demandas como já recebe normalmente. Temos que chamar os anjos de proteção para envolver escudos, os moradores aqui são grandes médicos mas não são grandes lutadores igual a vidade de Mikha.

Escutando a idéia de Malaika, Helikant logo coloca a sua espada da bainha e pega seu escudo do chão, sentindo uma determinação tomar conta do seu coração angelical, Helikant logo dá um aviso a alada que ainda observava o sol:

-Vou dar uma sugestão ao rei supremo, mas antes passarei na cidade de Gébher para averiguar a proteção dos mensageiros, do mesmo jeito que salvamos estrelas e satélites naturais após a guerra, faremos o possível para salvar almas.