Capítulo 6.

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Luiza.

Estava me olhando no espelho antes de sair de casa, eu realmente estava me sentindo extremamente linda naquela roupa, escolhi um vestido preto básico que tinha um decote chamativo nos seios, e destacavam bem minha tatuagem.
Corri para a garagem indo até meu carro, sempre gostei de falar para todos que tenho um Audi RS5 chegava nos lugares fazendo muito barulho oque obviamente chamava atenção e não iria ser diferente hoje já que pedi pro Gabriel esperar na porta do restaurante que o garoto escolheu.

May, pelo amor de Deus, eu só vou sair com ele pra jantar. -Digo no meio da ligação, estava com a minha atenção na estrada.
Ou você vai ser o jantar né linda. -Ela ri e me fez revirar os olhos.
Vai a merda Mayra. Tenho que ir ok? Já estou chegando aqui.
Tá bom lindona, aproveita ok? Porém lembra de usar camisinha.
Não! Vou deixar ele me engravidar. -Digo e a garota grita na ligação.
Você não é doida caralho. -Começo a rir da voz alterada da garota.
Beijos Mayrazinha. -Nos despedimos e logo em seguida desligo a ligação, chego enfrente ao restaurante e vejo Gabriel parado na calçada esperando, faço questão de acelerar o carro oque fez ele roncar, vejo a cara do garoto e logo um sorriso de satisfação sai entre meus lábios, saio do carro e entrego a chave para o moço que estacionava os carros.
Eai gatona. -O moreno diz vindo me cumprimentar. -Quis chegar chamando atenção foi?
Isso eu faço sempre meu amor. -Digo beijando a bochecha dele. -Não posso fazer nada se esse é meu carro.
Lindo esse carro em. -Ele diz enquanto o moço levava o carro para o estacionamento.
Tinha que achar um carro que combinava comigo. -Nós rimos e logo em seguida entramos para dentro do restaurante, uma mulher veio até nós, perguntou o número da reserva e logo em seguida levou nós dois até a mesa em que Gabriel havia falado.

Gostou daqui? -O garoto perguntou oque me faz finalmente olhar em volta, o lugar era lindo, a luz baixa porém perfeita, velas espelhadas por várias partes do restaurantes, o cheiro maravilhoso de comida e de vinho juntos, fora à vista do mar a noite que era de tirar qualquer um desse mundo e ir para outro canto longe dali.
Sim! É lindo. -Finalmente olho para o garoto e vejo o quanto ele estava bonito, ele usava uma regata branca e uma blusa de botões preta por cima, em seu pescoço tinha um correntinha de prata que refletia quando a luz batia, o cabelo estava com cachinhos loiros definidos, fora o perfume do moreno que qualquer pessoa que passasse perto dali poderia sentir. -Caprichou em, parece até mais bonito assim.
Eu sou bonito sempre né. -Ele diz convincente estendendo um pouco o braço para chamar o garçom, que logo vem até a nossa mesa. -Boa noite, eu vou querer a melhor garrafa de vinho que vocês tem aqui por favor. -O moço assentiu e logo em seguida pedimos uns petiscos para a entrada, não demorou muito para que o garçom voltasse com duas taças e os aperitivos.
Que vinho maravilhoso. -Digo após dar um pequeno gole, o garoto concorda com a cabeça para mim.
Você tá linda hoje. -Ele me olha de cima a baixo e logo da um gole em seu vinho. -Pra quem não queria sair comigo você veio bem arrumada né.
Se liga, Gabriel. -Jogo meu cabelo para trás e chego mais perto do garoto. -Sou bonita de qualquer jeito.
-Ele ri. -De qualquer jeito mesmo? Tem certeza?
Sim, todos. -Digo com um sorriso malicioso na cara.
Tenho que ver todos eles então pra ter certeza. -Ele chega perto.
Não vai ser tão fácil assim, Gabriel. -Ele me olha e depois desvia seu olhar para frente, logo depois nossas comidas chegam e nos afastamos para finalmente podermos comer.
Comemos em silêncio, não estava com tanta fome então acabei não comendo toda comida que veio no meu prato.
Não vai comer mais? -Gabriel me pergunta e eu apenas nego com a cabeça. -Não gostou?
Não, tá ótimo, só estou cheia mesmo. -Ele serra os olhos olhando para mim desconfiado.
Ok, então. -Ele diz após terminar de comer sua comida. -Qual é dessa sua tara por não comer?
Que? Não tem tara nenhuma, eu só estou cheia. -Digo e o garoto faz cara feia, como se não tivesse acreditado em mim. -Sério, vai começar com essas suas paranóias de novo? Se for eu vou embora agora.
Calma gata, só estava fazendo uma pergunta. -Ele ri da minha cara de brava.
Vou ao banheiro. -Digo me levantando e vou em direção ao banheiro, faço questão de sair rebolando pra chamar atenção do moreno, olho para trás e vejo sua atenção presa em minha bunda, solto uma risada  e o mesmo da um gole em seu vinho. Entro no banheiro e vou direto para uma das cabines, sinto um enjoo gigantesco mas luto para não colocar toda a comida para fora, então apenas faço minhas higienes e saio da cabine rápido, estava pálida quando me olho no espelho, passo um pouco de água no pescoço e nos pulsos, respiro fundo antes de voltar, sabia onde aquela sensação iria levar, então preferir esperar um pouco, quando me senti bem para voltar sai do banheiro e fui até a mesa onde Gabriel estava pedindo algo para a garçonete.
-Oi, você demorou, tá tudo bem? -Assenti e sentei na cadeira. -Pedi um sorvete para a gente, hoje tá um dia quente para comer esses doces pesados.
Tá certo, melhor mesmo. -Digo tentando me distrair com a vista do mar.
Tem certeza que você tá bem? -Ele insiste mais uma vez.
Sim, é só o calor. -O garoto pareceu não acreditar na mentira porém não insistiu mais em tentar me fazer falar, esperamos ali quietos até a sobremesa chegar, de certa forma sinto que Gabriel entendia um pouco.
Eu não quero ser insistente nem nada, Lu, porém estou preocupado, você tá pálida. -Ele diz após eu colocar a colher na boca e abaixar a cabeça logo em seguida.
Será que a gente pode ir embora? -Pergunto pro garoto após largar minha colher no prato.
Claro, posso deixar você na sua casa.
Não, vamos para algum lugar, que fique só nós dois. -Digo, não queria que aquele fosse um encontro ruim daquele jeito e que eu estragasse tudo, ele entendeu e apenas assentiu e chamou o garçom para pagar a conta.

Posso te levar? -Ele pergunta após saímos andando do restaurante.
E deixar meu carro aqui? Nem morta, já estou melhor vou seguindo você. -Eu realmente estava me sentindo bem para dirigir.
Não quero ninguém batendo o carro pelo amor de Deus. -Ele diz me fazendo rir.
Fica de boa gatinho, e só vamos. -Digo entrando em meu carro e fechando a porta, vejo o loiro fazendo a mesma coisa na minha frente, logo ele sai um pouco mais rápido do que deveria porém é fácil para mim conseguir acompanhar, muitas vezes passava na frente do Gabriel só para fazer graça, em um dos semáforos que paramos lado a lado, aproveitei para retocar o gloss, tirei o borrado com o dedo e quando olho para o lado me deparo com Gabriel me observando.
Obsessor. -Grito para que o garoto possa ouvir ele apenas ri e da partida no carro, não demora muito para que pararmos na entrada de um prédio com uma fachada linda, Gabriel avisa algo para o moço que logo libera ele para passar e deixando eu passar direto sem fazer nenhuma pergunta, acredito que Gabriel frequente muito esse lugar.
Subimos até o último andar com o elevador, as portas se abrem já dentro da cobertura meu queixo quase para no chão.
Que vista linda, Gabriel.
Gostou? É meu apartamento. -Ele diz e se joga no sofá.
Achei que a gente fosse ir para um lugar que não tivesse ninguém, não para sua casa.
Aqui não tem ninguém. -O moreno diz. -Sossega, não vou te matar não. -Ele ri.
Aham, tá bom. -Estava passando enfrente dele para sentar na poltrona quando ele me puxa para o sentar em seu colo. -É assim que você quer que eu acredite que você não vai me matar? -Falo rindo perto do rosto do garoto.
Só fica quietinha, se fica mais bonita de boca fechada. -O moreno estava tão perto que eu podia sentir a respiração dele.
Não se faz nenhum trabalho de boca fechada. -Sorrio maliciosa e começo a beijar o pescoço do mesmo.

𝐌𝐢𝐬𝐬 𝐈𝐧𝐝𝐞𝐩𝐞𝐧𝐝𝐞𝐧𝐭𝐞.Onde histórias criam vida. Descubra agora