CAPITULO 2

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Rio de Janeiro

Irene chegou e se acomodou em um apartamento o qual tinha comprado individualmente na época so queria um lugar que poderia ir e ficar já que a ex falecidade estava a ponto de tomar seu lugar junto de Antônio, ela era encantada pela cidade e escolheu ficar por lá, até que resolvesse toda a documentação falsa e sumir de vez, por mais que fosse uma fugitiva e procurada em Nova Primavera, ainda assim conseguiu manter contato com Dr. Silvério o único que resolveu não abandoná-la diante de todas as circunstâncias que a mesma se encontrava .
Silvério a arrumou uma identidade falsa, conta em bancos e dinheiro muito dinheiro que a mesma tinha juntado ao longo dos anos caso precisasse algum dia .
Infelizmente o dia tinha chegado e Irene foi extremamente grata ao homem que serviu de laranja e confiou para guardar todo seu "Patrimônio".

Já estava dias na cidade e com o passar do tempo foi ficando cada vez mais intediante o lugar, se pegava pensando muitas vezes na vida que tinha e que levava quando era chamada por Irene Lá Selva .
Pensava nas pessoas que viviam em seu círculo social todas completamente falsas e hipócritas, talvez nenhuma delas fossem de fato pessoas confiáveis apenas falavam e a temiam por ser casado com o todo poderoso Dr. Antônio La Selva.

Nem mesmo sua única filha foi capaz de perdoa-la e sim capaz de entrega-la sem ao menos querer saber de o porquê a mãe ter feito oque fez.
Se pegou pensando em Antônio, como teria sido sua reação logo após sua fulga como o mesmo teria reagido assim que soube que ela teria sido a mandante da morte do próprio filho?
Claro que se ela tivesse lá, Antônio com toda certeza do mundo teria a jogado para fora da mansão sem dó e sem um pingo de piedade, assim era ele e assim ele faria.
Não a perdoasse e não iria querer explicações nenhuma de o porquê disso tudo!

Dois meses depois...

Irene teria um encontro com Dr. Silvério que agora estava foragido também pois seria preso por  omitir diversas provas e por se cúmplice em acobertar Antônio assim como Irene em seus inúmeros crimes.
Irene por um lado soube que uma hora isso aconteceria depois de escutar o homem desabafar com ela.

- E tem mais Irene ! Ele a olhou sério.

- Mais ?

- Sim, mais! Ele engoliu seco .
Logo que você fugiu eu tinha acabado de romper meus serviços com o Dr. Antônio e tinha dito que não prestaria nem meus serviços e nem ajuda nenhuma . Bebeu um pouco de água a olhando de boca aberta.

- mais... oque... porque ? E ele oque disse ? Ela estava processando tudo aquilo, Silvério era amigo e advogado da família antes mesmo dela se tornar uma Lá Selva e agora estava escutando da boca do mesmo que não fazia mais parte daquilo tudo.

- Bom naquele mesmo dia, antes de chegarmos na fazenda e eu romper tudo... Bom o Dr. Antônio atirou na Lucinda para se vingar do Marino .

Irene piscou várias vezes com oque acabará de escutar tentando entender tudo.
Naquele mesmo dia mais cedo os dois estavam na maior harmonia deitados, ela em seu peito e ele acariciando suas costas nuas depois de uma intensa noite de amor .
Ele havia prometido que não seguiria com o plano de se vingar do delegado pois ela tinha o ameaçado dizendo que o deixaria, ela até propôs de fugirem juntos já que não demorariam a fechar o circo e o colocarem de vez na cadeia .
Mais ele era teimoso e acima de tudo ganancioso iria até o fim pelas malditas terras e até que acabasse de vez com aquela viúva.

- Bom eu decidi não ajuda-lo mais até porque para tudo tem limites.
Então apenas fui embora e ele entrou a sua procura .
E depois... Bom depois soube dele aí eu soube que você também tinha ido embora .

- Como assim Silvério TAMBÉM?

Por um momento ela ficou confusa muito confusa, ele teria ido embora ?
Nem se deu o trabalho de procura-la ?
Antônio sendo Antônio ela pensou sempre fugindo não importasse se fossem de brigas ou as consequências de suas próprias atitudes, talvez ele nunca mudaria .

- Me perdoa! Achei que você soubesse ! Ele franziu a testa a encarando arrependido de tocar no assunto, talvez fosse melhor se tivesse  ficado calado .

- Soube que quando ele chegou, iria pegar as suas e as coisas dele e fugir, mais aí...

- Eu já tinha fugido! Seus olhos já estavam lacrimejando.

- Exatamente! Depois ele até tentou ligar pra mim e como não atendi  ouvir seus recados dizendo que, você tinha pego suas coisas e o deixado pra ser presso, que deixou um bilhete.

-  Como ele pode achar que eu fugiria na intenção de deixa-lo para ser presso ?
Não que Irene fosse uma santa mais jamais faria ou deixaria isso acontecer com Antonio.

- E porque você decidiu fugir ?
Ele estava meio receioso de perguntar mais já havia perguntado, talvez receberia uma resposta afiada da mulher a conhecendo bem sabia que a mesma o chamaria de intrometido .

- Não quero falar disso ainda !
Ela respirou fundo realmente depois da conversa que tiveram ela não queria iniciar uma outra .

- Bom depois ele tinha deixado mais outro recado dizendo que estava fugindo e por fim pediu em troca de todos os anos de amizade e serviço se eu poderia arrumar nem que fosse uma identidade falsa e dinheiro .
Por fim como sempre ele me convenceu e foi a última vez que o vi .

- Pelo menos fugiu! Ela sussurrou apenas para ela .

- Oque disse ? Ele a olhou sem intender .

- Sabe pra onde ele foi ? A mesma arqueou as sobrancelhas esperando uma resposta.

Silvério apenas afrouxou mais a gravata, com receio de lhe passar o endereço do ex patrão, talvez seria uma boa ideia poderiam se encontrar e passar o resto da vida juntos, ou simplesmente se encontrariam e se matariam de vez .

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