Capitão Park, só de ouvir esse nome você já poderia sentir arrepios. Porém já fazia mais de noventa anos que ninguém se preocupava com isso, já fazia décadas que o capitão estava morto.
Pelo menos era isso que todos acreditavam, até mesmo o caçador...
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Geralmente podemos pensar em lutar pelo bem, seguir o lado certo. Isso vale para San, mas o fato dele ter se tornado um "dentro da lei" se juntando com os caçadores, não queria dizer que ele sempre queria estar desse lado. Quer dizer, com certeza ele queria ajudar os outros, fazer o bem faz ele se sentir justo, mas esse não era o plano principal, era mais um objetivo secundário, que ele nem sabia que queria até então.
Ele poderia ser considerado um fodido, mas também alguém extremamente sortudo pela vida que leva hoje em dia, entrou para os caçadores por obra do destino, não que ele acreditasse nisso, mas também não desacreditava. A motivação poderia ser meio egoista, para ser sincero, ele não estava nem aí para aquelas pessoas que clamavam por ajuda, ele não ligava se a cidade estava repleta de banidos e as piores pessoas possíveis.
Ele ligava puramente em salvar a si mesmo.
Talvez tivesse um propósito, mas no momento ele claramente não estava nem aí para isso. Ele sentia seu coração abandonado, um grito no vazio, como se sua sentença final fosse essa, viver vagando sem uma resposta, ele vivia em um eterno oblívio.
Tinha acordado fazia algumas horas, porém o sono parecia que ainda estava presente em seu corpo, demorou mais do que gostaria para levantar da cama e fazer suas atividades diárias. Chegou na sala do Capitão a sua procura, mas nenhum sinal dele, optou em ir dar uma volta, comprar coisas ou qualquer porcaria que ocupasse seu tempo.
Assim que pois os pés para fora do casarão, um vento fresco o deu bom dia. As árvores balançavam calmamente, o céu estava azul, com algumas nuvens. Um lindo dia.
Tateiou em seu bolso, procurando seu maço. Estava a quase um mês limpo, tinha prometido a si mesmo que pararia, era para valer. Mas sempre que estava sozinho pensava seriamente em voltar ao vício, ainda mais quando sempre tinha um maço em seu bolso, era costume deixar um ali, isso ele ainda não tinha deixado de fazer.
Era um costume que havia aprendido a tempos atrás, para falar a verdade, ele não tinha a menor ideia aonde havia aprendido, mas havia adquirido mesmo mesmo. As vezes seus interior gostava de fazê-lo lembrar das coisas mesmo sem sua vontade, tinha coisas que ele gostaria de esquecer e outras que queria lembrar e justamente essas, nunca vinham a sua mente.
E quando as coisas ruins viam, ele queria fumar para esquecer, mas se estava a um mês sem isso, poderia ficar mais tempo.
Colocou o maço de volta no bolso, optou por pegar seu isqueiro, por alguma razão ele gostava de ficar brincando com ele entre os dedos, esse era um dos vícios que ele não abriria mão. Aquele isqueiro era como um amuleto da sorte.
― De volta por aqui, San!.― O dono do armazém disse assim que notou sua entrada.― Faz tempo que não o via, está bem?
― Estou sim, senhor Jiho.― Sorriu para o velho soando gentil, algo raro vindo de San.― Estive ocupado, Hongjoong me mandou a cidade vizinha, para verificar a segurança por lá.