❦ - I N T R I G A - ❦ 2

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Meu rosto franziu. Meu olhar caiu em Ayame, que continuava a encarar a tela

- Jogo? Que jogo?

Ayame permaneceu em silêncio, um silêncio perturbador. Eu me levantei da cadeira e andei até ficar ao seu lado. Minha atenção logo voltou ao computador, quando a tela mostrou uma nova frase, que dizia;
"Dirijam-se á cafeteria 24horas"

- Uma cafeteria? O Que uma cafeteria tem a ver com jogo?

- Eu não sei, mas vamos até lá.

Ayame caminhou em direção á uma caixa escondida perto de uma estante e a puxou para perto

- Ir até lá?! Por que a gente iria-

- Será que é muito difícil você usar a cabeça uma vez? Nós não vamos conseguir pista alguma ficando sentadas e conversando.

Ela abriu a caixa e tirou de dentro duas pistolas igualmente pretas com detalhes azuis em volta

- É Melhor que saiba usar isso.

Ela arremessou uma das armas para mim. Eu com um pouco de dificuldade consegui a pegar sem cair

- Por que você tem pistolas? E Por que andar com isso?

- Nunca se sabe o que pode acontecer, vamos levar estas armas por precaução.

Se eu der sorte, não vou precisar usar.
Chequei a munição e percebi que só havia duas balas, o que ao mesmo tempo que me aliviava, me descia o nervosismo

Ayame após colocar a caixa de volta no lugar, guardou a pistola no cinto da calça e começou a subir as escadas, recolocando sua máscara preta

Eu pus a pistola dentro do meu moletom, a prendendo em minha calça. Subi as escadas juntamente de Ayame, que não se importou em fechar a porta logo quando passamos

- Venha logo atrás de mim, nós não temos muito tempo.

- Como você pode saber disso?

Ela deu de ombros e me lançou o mesmo olhar penetrante de antes

- Siga o que eu falo, sem questionar. Lembra?

Eu parei por um momento após seu lembrete, mas acenei positivamente. Logo, quando saímos, começamos a correr. E É Em momentos assim que eu senti falta de pelo menos uma bicicleta

Eu juntava fôlego em meus pulmões para conseguir seguir os passos de Ayame, que agia como se estivesse fazendo uma corrida matinal, mas também dava pequenas paradas para respirar

Corremos por boa parte da cidade. O Ar, o vento denso e o silêncio me davam calafrios, mas ignorei.

Paramos enfim, do outro lado da rua, em frente á cafeteria 24horas. Diferente do cenário, a cafeteria aparentava estar em ótimo estado. Os vidros estavam tampados, inclusive os da porta de entrada

- Independente do que acontecer, vamos ficar juntas.

Eu disse, dando uma virada de olho para Ayame, que assentiu com a cabeça.
Atravessamos a rua, que estava com carros parados e vazios com as portas abertas. Respirei fundo antes de abrir a porta, e ao adentrar, percebi que era uma cafeteria normal, exceto pelo fato da falta de atendentes e das pessoas estarem em pé, encostadas nas paredes e com feições sérias e amedrontadas

_Em Meio Ao Caos_Onde histórias criam vida. Descubra agora