B R A S A 1

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-ESTE CAPÍTULO CONTÉM :
PALAVRAS DE ALTO CALÃO

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As ruas estavam silenciosas. O Único som que eu escutava era o dos meus passos, além dos carros e motos passando na rua.

A Lua minguante estava presente no céu escuro, com pouquíssimas estrelas em volta. Eu caminhei pelas calçadas até chegar em uma viela, conseguindo perceber ao fundo, um carro preto

Me aproximei com as mãos em meu moletom preto, meu olhar encontrou o do motorista, que logo destravou o carro, permitindo a minha entrada

Ao adentrar, me sentei do lado esquerdo do banco de trás, perto da janela. O Carro começou a se mover, um silêncio havia ficado, mas claro que não iria durar pra sempre

- Brasa! Espero que não tenha nenhum plano para enrolar o chefe denovo!

- Se você estiver falando da granada instável, saiba que não foi proposital.

- Dá pra adicionar um plural ai? Não foi só uma não! Ele te deu várias chances e todas nelas foi explodido! Sorte que as explosões eram fracas.

Revirei os olhos e repousei minha cabeça no encosto do carro. Não vou mentir, realmente as granadas que eu fiz não eram tão úteis. O "Chefe" já estava me fazendo um favor me dando as peças necessárias, mas mesmo assim, não funcionavam.

- Ele não vai ter tanta paciência pra sempre, você sabe.

Nada é pra sempre...Que droga! Eu apenas fiquei calada tentando organizar em meus pensamentos cada análise de cada granada que eu fiz. Não era uma boa ideia eu me meter em coisas assim, mas quem decide isso afinal? Eu precisava me destacar em algo que eu realmente...Presto

- Escuta...Dessa vez, vai funcionar! Eu sei que vai!

- Então é isso? Devemos colocar nossa vida em cima das suas suposições?

- Bom, vocês precisam de alguém para fazer o trabalho explosivo! Então, não há escolha!

Um sorriso de canto surgiu no rosto do motorista, um sorriso que eu não entendi. Meus olhos se arregalam com a mudança de caminho. O Carro estava indo para outro lado

- Ei! O Que tá acontecendo? Pra onde tamo indo?

- Surgiu um pequeno imprevisto. Agora, sente-se e fique quietinha.

- Quietinha é o caralho! Para esse carro agora!

Ele não estava parando, estava dirigindo mais rápido ainda e prestes a seguir um caminho mais escuro. Eu me esgueirei para atrás do banco do homem e pus minhas duas mãos no cinto de segurança e o puxei com força, apertando o pescoço do motorista

Ele começou a perder o controle do veículo enquanto eu continuava segurando o cinto. O Homem claramente não sabia o que fazer, então eu quis aumentar o desespero dele

- Seguinte! Se eu continuar assim por mais dez segundos você desmaia! Se eu continuar por vinte você morre! Agora para a merda do carro!

_Em Meio Ao Caos_Onde histórias criam vida. Descubra agora