_Em Meio Ao Caos_

【༝ ʙ ᴇ ᴍ - ᴠ ɪ ɴ ᴅ ᴏ s ᴀ ᴏ ᴘ ᴀ ʀ ᴀ ɪ s ᴏ ༝】8

【 ESTE CAPÍTULO CONTÉM:
༺ Palavras inapropriadas e possivelmente +18
༺ Assédio
༺ Alucinações
༺ Violência

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Quando uma pessoa acha que não tem o suficiente, acaba indo atrás de mais, e esquecendo do que já tinha

Crianças ingênuas e inocentes, não estão prontas para lidar com a realidade, muito menos lidar com as pessoas em sua volta

Estava sentada, meus joelhos colados em meu peito e meu rosto afundado nele. Lágrimas escorriam pelo meu rosto rosado, deixando meus olhos vermelhos e inchados

O Quarto estava silencioso, deixando-me só com o som da brisa do vento da noite invadindo pela janela semiaberta

Terminei não reparando na porta de madeira rangendo ao se abrir. Um rosto familiar me encarou com preocupação, se aproximando no mesmo instante que ouviu meu choro

✧— Faísquinha? — Chamou uma mulher de estatura média, com o cabelo curto escuro, e roupas práticas de couro.

Um apelido que havia me dado desde que me lembro. Não sabia exatamente o porquê, mas me fazia rir, pelo menos, na maioria das vezes

Ela rapidamente se sentou ao meu lado, repousando sua mão em meu ombro, pendendo sua cabeça para ver meu rosto

✧— Por que está chorando? Teve um pesadelo? — Indagou ela.

Acenei positivamente com a cabeça, a erguendo e dando uma fungada

✧— Elas me chamavam de inútil o tempo todo. . . — Tartamudeei.

✧— Foi só um sonho ruim, tá? Não era real.

✧— Elas. . . Não falaram isso só no sonho. . .

A Mulher me encarou por breves instantes antes de me envolver em seus braços gentilmente, fazendo-me descansar em seu peito

✧— Está tudo bem, já passou — Disse ela, reconfortando-me.

Aos poucos minhas lágrimas se esvairam conforme a abracei com ainda mais força

✧— Crianças são. . . Difíceis, mas elas estão erradas, você sabe.

✧— V-Você acha...? — A Questionei, dando soluços.

✧— Claro! Você tem o que elas sonham em ter.

Levantei minha cabeça, a olhando com curiosidade

✧— Eu? O Que eu tenho?

✧— Hm. . . Um coração maior que a cabeça? — Comentou antes de continuar: — Uma irmã super legal?! — Ela me afastou somente para levar suas mãos até mim e fazer cócegas.

Liberei risadas sinceras, tentando a parar por mais que estivesse gostando. Rir era como um remédio, uma solução para as minhas frustrações