2 - Quereres

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- O que eu faço agora, Kevinho? - Ramiro ficou segurando o membro do namorado, sentindo pulsar dentro de sua mão, mas embora fosse intuitivo o próximo passo, ele ainda tinha aquela necessidade de ouvir a orientação. Não podia errar com seu pequetito.

- O mesmo que eu to fazendo em você - sussurrou Kelvin, aumentando a intensidade com que sua mão pressionava e deslizava pelo pau grosso do namorado.

O moreno começou a mexer os dedos e o punho devagar, mas logo sincronizou os movimentos com o parceiro, ambos emitindo sons que alternavam entre arfar e gemidos. O mais novo fazia esforço para lembrar que o grandão ainda estava convalescendo, porque a vontade era de se jogar em cima daqueles músculos todos. Mas permanecia recostado ao lado do amado, apenas braços e mãos se movimentando. Ramiro estava totalmente focado na ação que realizava no pênis em sua mão, como se o restante do corpo, daquele corpo todo machucado, nem existisse.

- Vô explodí, vô explodi... - balbuciou de um jeito quase febril, ao mesmo tempo em que retesou os músculos sentindo repuxar as partes ainda com hematomas, mas o êxtase venceu qualquer dor naquele momento. Com um gemido intenso, derramou-se na mão do seu Kevinho, sentindo um torpor bom tomar conta de todo o corpo. Ficou alheio a tudo por alguns instantes, com a mão ainda segurando o pau do amado, até que foi retornando daquela viagem particular e olhou para o baixinho com um sorriso - Que bão isso, pequetito! Ocê tem que sentí também - Ramiro retomou os movimentos, até sentir o gozo do namorado lambuzar seus dedos. Então tirou a mão e ficou olhando a mão melecada do fluído branco e morno, achando lindo ver o prazer do namorado materializado daquele jeito. Esticou a ponta da língua pra fora e tocou de leve na porra, levando um gostinho para dentro da boca - É inté docinho - ele riu, como uma criança fazendo descobertas.

Kelvin observava incrédulo de que seu Rams estava mesmo solto daquele jeito.

- Você tá bem? - perguntou, ainda surpreso.

- Eu tô... - o mais velho encarou o namorado, sem entender o motivo da pergunta - E ocê? Num gostô?

- Foi maravilhoso, meu amor - o loiro abriu um sorriso, relaxando novamente - Foi a primeira vez que a gente fez algo mais... intenso.

- É, foi bão demais - Ramiro chegou a fechar os olhos num sorriso largo, depois foi abrindo lentamente - Posso confessá uma coisa? Eu já tinha arreparado, assim, quando ficava marcando nas suas carça, e também tinha sentido quando a gente deu apertão mais forte... mas agora posso afirmá que ocê não é todo pequetito...

Kelvin deu uma risadinha encabulada:

- Você tá bem safadinho, né?

- Aprendi com ocê - rebateu o maior, com uma cara muito sapeca.

- Ah, tá certo... - o baixinho quase perdeu o rumo - Vamos ver quem ganha na safadeza, viu? - ele tentou manter a pose - Mas só quando você estiver completamente bom.

- É, ocê vai vê a força do Ramirão - concordou o peão, malicioso.

O mais novo riu gostoso e sugeriu:

- Vamos tomar um banho pra apagar esse fogo, e também limpar essa bagunça deliciosa que a gente fez?

- Juntinho? Ocê vai tê que me ajudá a chegá até o banheiro, porque eu ainda tô machucado e agora minhas perna ainda tão mole - Ramiro avisou com aquele jeito manhoso que vinha sendo constante.

- Mas que dengoso é esse meu Rams Rams - brincou Kelvin, subindo a cueca e dando a volta na cama para ajudar o namorado a se levantar.

O moreno achou melhor já tirar as roupas sentado na cama, e foi para o banheiro, apoiado no baixinho, sentindo o pau querer subir de novo só pelo contato dos corpos. O outro percebeu, mas fingiu não ver para não atiçar ainda mais o parceiro. Quando se acomodou no banco de plástico, Ramiro aproveitou que o loirinho estava distraído procurando o xampu, e o puxou pela cintura para seu colo. O choque dos corpos fez o maior soltar um grito dolorido, e Kelvin levantou-se rapidamente enquanto o namorado esbravejava:

Seu coração, meu larOnde histórias criam vida. Descubra agora