𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 6: 𝙰́𝚛𝚎𝚊 𝚛𝚎𝚜𝚝𝚛𝚒𝚝𝚊

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- Arya -

Eu simplesmente não conseguia olhar para ele, manter o meu olhar sobre o pequeno caminho de pedras do jardim estava me parecendo muito mais fascinante, ainda não consigo acreditar que falei com ele de forma tão direta, deveria ter ficado calada.                                                         Não, não, não..eu estava fazendo aquilo de novo, aquilo...quando você evita falar sobre algo, que quer muito falar, mas, de alguma forma você decide evitar o assunto ao máximo, odeio fazer isso mas, as vezes é inevitável, em algumas circunstâncias é necessário sair da zona de conforto e eu odeioo fazer isso.

– Bem... Vou tentar ser direta com você. — O olhei nos olhos e percebi que tinha a sua atenção e prossegui, tentando manter o tom da minha voz firme, nossa isso é difícil de se fazer.
– Sobre tudo isso, ser tão derrepente eu não entendo.. não me explicaram nada e gostaria de saber sobre o que você está achando disso tudo.
– Uhm, devo confessar que fiquei bastante surpreso, pois me contaram a pouco tempo, não estava esperando por algo assim, como você se sentiu?
Arya parou de caminhar com a pergunta dele, e Nathan parou junto dela ambos ficando um a frente do outro.
– Bem... — eu o olhei mas fiquei calada por alguns estantes, eu não sabia o que responder, o que eu deveria dizer? Falar como uma princesa a filha perfeita que meus pais idealizavam a minha vida toda ou falar a verdade na cara dele?
— Eu senti um pouco de..não sei se uma palavra iria conseguir descrever o que senti, mas, com certeza não gostei. — Meu pai me daria um sermão inteiro se me escutasse agora, eu estou com a cabeça tão cheia que pouco me importa o que esse príncipe irá pensar sobre tudo isso, preciso me concentrar em apenas um problema, aquele cristal.
– Eu entendo. — A olhei e eu sabia como ela se sentia e também não gostei de nada daquilo, mas quando fui falar com ela novamente fui interrompido por Ramy.
– Com licença, mas, vossa alteza tenho um assunto urgente para o senhor. — Nathan assentiu para o loiro e olhou para a princesa.
– Tenho que ir agora. — Fiz uma reverência breve abaixando a minha cabeça me despedindo dela.
Então o príncipe e seu escudeiro saíram do jardim indo na direção de onde vieram antes.

Assim que vi o príncipe ir embora então resolvi ficar um pouco sozinha, e me despedi de Kanya, que antes de ir embora me perguntou várias e várias vezes se eu estava com algo me incomodando, falei que estava tudo bem e fui embora, pois, não estava...

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Assim que vi o príncipe ir embora então resolvi ficar um pouco sozinha, e me despedi de Kanya, que antes de ir embora me perguntou várias e várias vezes se eu estava com algo me incomodando, falei que estava tudo bem e fui embora, pois, não estava no clima de ter uma conversa profunda hoje, na verdade eu não sou boa em falar sobre meus sentimentos, pois, se me abrir e mostrar essa minha versão sensível e totalmente confusa é algo que evito ao máximo, mas, com Kanya é diferente posso falar sobre tudo só que as vezes, eu prefiro manter certas coisas só para mim, acho que ninguém nunca irá conhecer o meu verdadeiro eu, só apenas eu mesma o conheço já que só eu sei o que fica passando e repassando nessa bagunça que decidiram chamar de mente.

Eu passei a maior parte da manhã no meu quarto, sentada no chão perto da minha cama encarando aquela pedra que estava agora na palma da minha mão, eu podia ver os raios de sol passando entre as cortinas brancas de seda e refletindo diretamente no cristal, e me perguntei se aquila pedra era realmente era algo mágico.

Eu preciso de respostas e, ah claro, a biblioteca do castelo, mas a magia estava extinta então era algo inútil, a não ser a parte restrita da biblioteca, quando eu era criança descobri sobre essa parte mas quando me viram tentando entrar, nunca mais me deixaram chegar perto de lá, uma vez minha mãe falou que lá tinham os livros que por alguma razão decidiram não queimar eles juntos com os outros, o motivo, não faço ideia.
Me levantei e coloquei o cristal em um pequeno bolso escondido que tinha na saia do meu vestido, minha mãe vivia falando que esses bolsos eram desnecessários mas, eu sabia que isso seria útil algum dia.

– Preciso de ajuda para entrar lá...quem poderia...James! Claro. —Sussurrei baixinho para mim mesma, James é o meu melhor amigo e por sorte uma enciclopédia humana e tem as chaves da área restrita.

Arya andou depressa até a porta e saiu correndo apressada até a biblioteca, ela escutou alguém gritando para ela não correr mas ignorou e levou poucos minutos para chegar até o local, ela empurrou as grandes portas de madeira com as duas mãos e viu um rapaz de costas ele tinha cabelos castanhos escuros era alto e quando se virou ofereceu um sorriso gentil na direção da princesa.

– Preciso falar com... — Parei, nossa essa pequena corrida realmente me cansou, eu estava com dificuldade para recuperar o fôlego, até que andei para perto de uma estante de livros coloquei uma mão no móvel me apoiando, estendi a mão livre na direção de James apontando para ele com meu dedo indicador.
– Me dê um minuto e já falo. — O olhei e franziu o cenho e respirei fundo conseguindo respirar normal novamente.
– Veio correndo? — Ele se virou completamente na direção dela, e deu um sorrisinho de lado.
– Sim, mas. — Eu o olhei, nossa como eu iria convencer ele a me levar até lá? Droga, logo ele que é tão certinho na maior parte do tempo, bem isso só agora, pois antes ele era o oposto, sinto falta do antigo James as vezes, suspirei antes de ajeitar a minha postura e ofereci um sorriso gentil para ele, eu teria que bajular ele para conseguir o que queria.

– James meu querido amigo, como você está? Está bem uhm? — Me aproximei dele e ainda com o sorriso em meus lábios, dei leves tapinhas em seu ombro, nossa só agora percebi que ele estava mais alto.
– Estou bem e você? Princesa — Ele falou com um tom suave abaixando se um pouco para ficar na altura dela e ofereceu  um sorriso.
– Não importa, como estou seu bobo. — mas o que diabos ele tem na cabeça ultimamente? Coloquei a minha mão no meio do rosto de James empurrando o para longe do meu rosto, me afastei dele indo até uma estante de livros e fiquei examinando, e percebi que ela estava muito empoeirada.
– Poeira faz mal sabia? — Passei meu dedo indicador sob a superfície do móvel, e ao tirar vi como ele ficou sujo e limpei logo depois.
– Não importa. — Ele falou irônico ao repetir a frase dela o que fez Arya revirar os olhos em resposta.
– Tudo bem... — Não consigo fingir interesse na limpeza dessa biblioteca por muito tempo suspirei em derrota.
– Preciso que me leve a parte restrita da biblioteca. — Falei tão rápido que só depois percebi a feição de surpresa de James para mim.
– O que? Escutei direito isso? Você quer, ah não, não posso. — Ele pegou alguma livros velhos que estavam sobre uma pequena mesa e começou a andar entre as estantes Arya o seguiu logo atrás e continuou falando enquanto James guardava os livros.
– Você tem que me levar lá...preciso de respostas para algo...que nem você sabe, não tem nesses livros daqui e nem ninguém pode falar sobre... — Eu estava andando tão rápido para o acompanhar que só percebi que ele virou em minha direção quando senti meu corpo colidir com o dele, me afastei alguns centímetros e o olhei torcendo para que me levasse até lá.
– Ou seja é algo proibido, o que está procurando? O que não pode ter nesses livros para você querer ver aqueles...? — Arya se manteve calada e mordia o lábio inferior aparentando estar ansiosa o que fez James pensar mais, ele olhou surpreso para ela.
– Está procurando sobre magia? — Ele susurrou para ela.
– Sim, mas, por que está falando tão baixo? — Franzi o cenho confusa.
– Porque é algo proibido, lerda, pelos deuses para quê você quer saber sobre magia?
– Se eu te contar promete não falar para ninguém? Se você falar estará morto e eu também provavelmente.
– Morto? Pelos Deuses me fale logo.

Arya tirou a pequena pedra do bolso e mostrou para James.
– Tudo o que você precisa saber é que ganhei está pedra, e que ela meio que tem magia.
– Mas isso é impossível quem lhe deu a pedra?
– Uma mulher mas, não vem ao caso, agora preciso saber como isso funciona e como tem magia, não posso simplesmente me livrar dela seria perigoso demais, então preciso que você me leve até a área restrita pois, sei que você tem as chaves.
James a olhou um pouco exitante e desviou o olhar do dela pensativo.
– Por favor. — Arya falou o que o fez a olhar por alguns estantes antes de falar.
– Está bem, mas...quando você pegar o livro, não deixe que ninguém a veja com ele.

 𝑶𝒔 𝑨𝒎𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 𝑴𝒐𝒓𝒕𝒂𝒊𝒔 | 𝐓𝐡𝐞 𝐌𝐨𝐫𝐭𝐚𝐥 𝐋𝐨𝐯𝐞𝐫𝐬 Onde histórias criam vida. Descubra agora