𝙻𝚎𝚝 𝚑𝚎𝚕𝚕 𝙱𝚞𝚛𝚗

4.3K 513 951
                                    

Notas iniciais: Olá!! Gente eu vi cada empenho de vocês nos comentários do capítulo anterior e venho aqui agradecer imensamente por isso. Aos demais não se esqueçam de votar!! É somente clicar!! Muitos ainda estão deixando de votar eu me entrego demais nisso aqui, eu faço por amor, mas é frustrante não ter o retorno da maioria de vocês. Comentem bastante e não se esqueçam de votar como tem sido feito. Espero que gostem.

Aviso de violência.

Boa leitura, Ravena.

-

''Em um mundo repleto de vadias você sempre será a maior delas, Karla Morelo''

Viva intensamente cada momento de sua vida pois a sensação de estar vivo é a amplitude do prazer na qual percorre por suas vivências históricas, assim como a maneira que sentes a sensação do calor do sol em sua pele, o toque dos dedos mais ousados em seu corpo, o gosto do prazer líquido mais açucarado em teus lábios.

Estar em um ciclo que lhe entrega mais prazer do que desgostos era viciante ao alvo perfeito repleto de vulnerabilidades. O prazer do sexo era perigoso nas mentes mais vulgares, não condenáveis, mas sim a aquela que lhe vivia sobre correntes invisíveis sendo a maior refém de seus próprios desejos insaciáveis.

Quem era ela afinal?

Sua mente era enigmática e disposta de modo correspondente a competência das baixarias de Karla, era de longe tornar-se santificada, talvez até complexada, mas fervorosa a transformando tão perigosa quanto sua explosão em potencialidade. Para os melhores entendimentos, Lauren nunca devolvia os golpes que levava com calmaria e amor, toda a história de lhe ceder a outra face não se enquadrava com seus princípios e caráter.

Era devolução...

Era a mesma moeda...

Era a mesma vestimenta e armas. Mesmo escudo ou espada, a guerra onde nenhum orgulho era capaz de aceitar a própria derrota e dane-se aqueles que a condenassem.

[...]

Durante a madrugada.

A modelo observou pela décima vez sua pulsação em seu pescoço pálido e ela estava regulada para suas suspeitas. Karla realmente estava atenta, mesmo sabendo que aquela medicação não a colocaria em risco, porém fazia questão de ter certeza.

Lauren respirava calma completamente apagada em seus braços e a modelo não conseguiu deixá-la tão exposta, ajeitou seu corpo melhor ao travesseiro cobrindo-a com o lençol e observou sua expressão serena imaginando a fúria que ela soltaria quando acordasse. Karla seria ofendida pelos sete infernos por aquela mesma boca.

Se afastou de seu corpo caminhando até a sua bolsa para sair de seu quarto, mas ponderou durante diversos minutos. Precisava ter certeza que ela não viria atrás, abriu a bolsa pegando um pedaço de papel em um bloco de notas escrevendo com cuidado reafirmando suas atitudes.

Deixou o bilhete sobre a mesa próxima a seu celular e voltou a vestir o sobretudo preto em silêncio caminhando para sair, mas seus passos pararam quando avistou a bolsa de Lauren sobre a cômoda. Com o olhar compenetrado, ela sustentou poucos segundos....

Intenções concretizadas, maldades realizadas. Ela, a modelo prostituta fechou a porta branca do hotel sujo e barato com a expressão serena e equilibrada omitindo qualquer reação ou nervosismo que poderia lhe atrapalhar em sua saída naquela noite. 

O sobretudo preto cobrindo sua pele bronzeada, os cabelos impecáveis sobre os ombros se movendo junto ao seu caminhar mortal entre os corredores vazios. Caminhando alinhadamente sobre os saltos, Karla dirigiu-se até a saída do hotel revendo sua última mensagem.

BLACKOUTOnde histórias criam vida. Descubra agora