𝚃𝚎𝚡𝚝𝚞𝚊𝚕𝚒𝚣𝚎𝚍 𝚌𝚘𝚗𝚝𝚎𝚡𝚝

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Notas iniciais: Não se esqueçam de comentar e votar. Obrigada pela presença. Boa leitura.

Ravennamay.

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Lauren Jauregui POV

Eram tantas sensações entre seus castanhos fixados aos meus em meio a aquela escuridão, mas a surpresa que ela demonstrava em sua expressão por minha presença repentina era o maior prêmio que eu poderia receber por toda noite.

Te peguei putinha.

Minha boca rosada deixou escapar um pequeno sorriso onde eu me vangloriava internamente entre meus planos egocêntricos buscando uma forma de descontar toda aquela palhaçada que ela havia feito comigo. A prostituta vestia um sobretudo cobrindo o corpo na qual eu o conhecia bem, mas seus olhos eram diferentes do que eu estava habituada a observar.

- Nem fodendo. – Seu vocabulário sujo não me surpreendia.

- Saudades? – Provoquei vendo-a engolir seco e tudo foi tão visível que sua garganta moveu-se no mesmo instante que seu olhar desesperado ao tentar esconder seus tremores internos.

Cadelinha ordinária.

- Que porra você está fazendo aqui caralho? – Morelo puxou uma respiração de modo que eu pude visualizar seu busto se mover pela intensidade. Eu dei de ombros infiltrando as mãos nos bolsos de minha jaqueta de couro me mantendo calma, embora minhas vontades sejam conflitantes internamente.

- É simples, eu vim cobrar o que me tirou. – Desta vez minha voz saiu irritada, eu realmente possuía um ego um pouco elevado e eu não havia engolido o que ela havia feito. Essa prostituta me pagaria caro, muito caro. – Melhor dizendo... o que me roubou.

- Agora não Lauren precisamos sair daqui. – Seu caminhar veio apressado e mesmo descontente a puta não hesitou em se aproximar para me ultrapassar pelo corredor, porém rapidamente eu a impedi segurando-a.

- Onde pensa que vai? – Tencionei o maxilar.

- Você não entende. – Karla tentou se soltar de meu aperto e seu rosto se aproximou do meu. – Temos que sair daqui agora! Me poupe de seu ego. – Neguei desacreditada pela maneira que ela ainda tentava sair por cima da situação.

Era impossível seguir minhas convicções quando conversei com Veronica, Karla era prepotente demais e se orgulhava daquela arrogância, eu já estava começando a me irritar com isso e eu possuía pensamentos que vinham ao contrário. Mesmo eu sempre buscando justificativas para meu fascínio por essa vadia eu estava completamente perdida sobre a origem daquela constatação.

Na verdade, eu possuía medo... receio daquela devoção ser o gatilho daquilo que eu buscava sufocar.

Neguei mordendo os lábios ouvindo o som da boate como nossa trilha sonora, o jogo de olhares e raiva me fez perder por breves segundos quando minha atenção caiu sobre seu nariz arrebitado junto a boca avermelhada. Eu a odeio, odeio muito e odiava ainda mais por me sentir atraída por uma mulher que mal sabia o poder sobre mim.

Físico... era o que tínhamos, química era o que nos atingia naquele momento e eu me odiava eternamente por sempre me deixar ser tão fraca quanto ao aspecto atração, o sexual era minha maior queda, meu maior pesadelo e Karla Morelo me guiava sem ao menos saber de minhas fraquezas doentias.

- Como teve coragem de olhar nos meus olhos e fazer o que fez? Eu acreditei em você sua mentirosa.

- Quer discutir relações Lauren? Pois você escolheu uma péssima hora para isso. – Repuxou desfazendo-se de meu aperto e estávamos em pleno corredor no escuro. – Foda-se você e o que sente eu vou embora desta merda de lugar e se quiser ficar para trás eu simplesmente vou deixá-la, agora se quiser conversar sobre o que aconteceu eu posso pensar em talvez te explicar se sairmos daqui com vida.

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