𝐏𝐀𝐋𝐇𝐀𝐂̧𝐀𝐃𝐀 - Bbangsaz + Daerin (Cancelada!)

01. 𝗴𝘂𝗶𝘁𝗮𝗿

Um suspiro longo e cansado preencheu o quarto, a garota de olhos felinos olhando o caderno, com pudor, estudar tanto estava matando-a e estressando a jovem garota. A lua brilhava em cima das folhas rabiscadas de seu caderno, sua bela guitarra que em seu lado estava, também brilhava, seus adesivos colados mostrando o relevo. Haerin encostou na cadeira, levantando a cabeça para olhar pela janela.

- Estudar não é minha vocação. - Ela assumiu, logo olhando para a guitarra. - Isso é minha vocação...

Seus pensamentos foram interrompidos com o chegar de sua mãe no quarto, iluminando as costas de Haerin. Que se virou um pouco.

- Você devia tocar, faz tempo que não escuto os acordes dessa relíquia. Não desde... - Sua mãe pronunciou, lembrando a tragédia.

Haerin, sua mãe, Kang Hee-Jin e seu pai, Kang Eun-Hyuk, moravam juntos, com dificuldades, muitas dificuldades. Morar num apartamento velho e só ter uma renda não é fácil. Mesmo assim, eles se amavam, sempre se amaram. Eun-Hyuk não demonstrou nenhum comportamento estranho, até o sádico dia 25/02/2020, há quatro meses, no qual Haerin chegou em casa depois de um ensaio de banda e encontrou seu pai no teto, com uma corda em seu pescoço, com um bilhete escrito na guitarra azul marinho de seu pai, "agora é seu, se cuida.", Haerin sentiu uma dor esmagadora, quis se encontrar com ele novamente para perguntar porquê? Por que ele fez isso?... Pouco tempo de luto, mas com tantas dificuldades, elas não tinham tempo para sofrer.

- Eu não toco. - Haerin se pronunciou.
- Mas sabe que é o que faz de melhor, eu sei, eu também amava ele, mas ele está melhor agora, ele ficará feliz em ouvir você tocar o bebê dele, sinceramente, acho que ele amava mais a guitarra que eu. - A mulher mais velha assumiu, com uma risada nasal e um cheiro de cigarro, e claro, fumaça. A mulher que estava parada no batente da porta olhou novamente para Haerin, que já havia se virado novamente. - Mas eu tenho certeza que ele te amava mais que tudo.

Haerin preparada para argumentar se virou, mas parou no meio do caminho ao ouvir a porta se fechar. Me pergunto se isso é o certo a se fazer. Ela pensou, estaria certo conversar com sua mãe como falar de seu pai machucava a ferida mais grave que uma garota de 16 anos levava consigo?...

[...]

O sinal bateu, e Haerin olhou para a porta, decidindo se sairia ou não, mas decidiu sair para comprar algo para beber apenas.
No caminho esbarrou levemente numa garota, cada uma deu um passo a frente após se tocarem e então se viraram, em sincronia. As duas tinham um rosto fechado e bravo, a garota quieta e a garota popular se olharam. Danielle Marsh, a garota popular e famosa, que antes se preparava para brigar com ela por ter tocado no precioso braço dela, mas parou, após ver o belo rosto da outra. Os olhos castanhos de Danielle brilharam. Nunca havia visto uma mulher tão bonita quanto ela.

O que ela está olhando? Haerin pensou, olhando para a garota com um semblante sério. Kang sem esperar e ligar, se virou e saiu do campo de vista de Marsh, que apenas olhou a mulher que acredita ser a pessoa mais bonita do mundo sair do seu campo de visão.

Haerin pegou um leite de banana e parou perto da janela, analisando o movimento lá fora. Me pergunto o que faria agora se estivesse com Minji. Minji, a amiga de Haerin, que se assemelha muito com ela, sempre andavam juntas, mas pararam por um tempo, elas tinham o mesmo problema, elas se perguntavam se eram lésbicas. Por isso, eles decidiram dar um tempo na amizade para pensar sobre si mesmas, mas Haerin já havia decidido. Eu sou lésbica, será que ela não vai voltar depois de saber? Esses pensamentos aprofundaram no mar de pensamentos dela, ela não estava feliz. Nada feliz. Sem amiga, sem pai, sem vida. Ela se sentia assim, decepcionada consigo mesma por ter deixado o pai se matar, a amiga sair. Ela se culpava, sempre se culpara.

— Bom dia. — Uma voz doce ecoou, uma voz muito diferente da de Haerin, que era rouca e grossa.
Haerin se virou no intuito de apenas acenar e sair, mas parou. É a garota de antes ela pensou, é a riquinha do segundo ano.