III - A odiada

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Os meus gritos escoavam por todo o salão. A sala estava vazia, nem sequer os guardas estavam presentes, eu já havia jogado cadeiras, vasos, jarros, rasgado cortinas...

- Como? Como pode ser? - Disse gritando, fazendo com que minha voz ecoasse por toda a parte daquele lugar.

Peguei a primeira coisa que vi pela frente e joguei no chão, e era mais um vaso de porcelana, o mesmo foi de um lindo item de decoração a estilhaços no chão. E tudo que eu sentia era repulsa, ódio, rancor...

- Por que ela sempre tem que manter essa... essa imagem de boa moça? Me diz! Por que? - Disse olhando para o chão, cerrando os punhos, cravando as unhas em minhas mãos, e mordendo minha língua.

Bati o pé no chão com força, aos poucos senti os nervos de minhas pernas tremerem, juntamente com minha pulsação exageradamente acelerada, cruzei os braços e logo após comecei a morder uma de minhas unhas, comecei a mexer em meus cabelos, olhando fixamente para o chão, respirando levemente ofegante. Senti o olhar de Mark sobre mim, o mesmo estava parado ali, simplesmente me olhando.

Não me dizia uma palavra em torno de vinte minutos. O olhei, e sua expressão era totalmente neutra. Sorri para ele, arrumei meus cabelos, fui até o mesmo e passei minhas mãos sobre seu rosto.

- A cada segundo que passa eu me arrependo de ter feito isso. - Ele me disse rejeitando o toque. - Toda vez é isso Evelyn, você vai acabar se machucando.

- Não, não se preocupe. - Disse segurando uma de suas mãos, enquanto colocava a outra em minha cintura. Passei a mão livre em seu rosto.

- Eu me exaltei um pouquinho, mas, você nunca me decepcionou. - Sorri, olhando para sua feição amolecendo.

- É que, eu não suporto ela... Você sabe muito bem disso. - Fiz um tom triste me encostando em seu peito, que envolto em um peitoral de ferro.

- Quem dera se eu não soubesse. - Ele disse me envolvendo os dois braços em minha cintura me abraçando.

E sempre é assim desde o dia que o conheci, ele me quer e eu sei disso, mas, eu nunca teria nada com ele se não fosse para receber algo em troca, algo valoroso. Sabe, é engraçado pensar que eu consigo fazer ele se sentir um completo incompetente somente para me fazer sentir melhor, e incrivelmente funciona, apesar disso ser maldoso, é tão gratificante. Depois de tudo seus braços envoltos em mim, essa expressão séria, relutante que ele tem, esse tom com o que ele fala comigo, seu toque... Mas claro, sempre com aquele toque de culpa.

- Por que você faz isso comigo? - Sua voz saiu rouca em um sussurro.

Levanto meu olhar ao dele, fazendo nossos olhos se encontrarem, olhos verdes como esmeralda, ou como um campo na primavera, passo minhas mãos por seu rosto, havia uma a outra pequena cicatriz quase invisíveis, que só poderiam ser notadas com o toque, Mark era um dos bonitões mais importantes do concelho, e obviamente estava na palma da minha mão, ele era alto, com um porte físico forte, cabelos marrons ondulados com poucos cachos, branco que a luz chegava a reluzir no mesmo, ao mesmo tempo que havia luz em si, havia no mesmo um transparecer de escuridão - Eu amo isso -, ele sempre me olhava como se eu fosse a última mulher da Terra... Oh, pobre Mark.

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