Em um mundo dilacerado por guerras intermináveis, a profecia ancestral se manifesta: seis escolhidos, marcado pelos deuses, emergirá para unir os reinos e restaurar a paz. A jovem Helena, uma órfã com uma marca ardente em seu pulso, descobre seu des...
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AVISO DE GATILHO
Importante: O capítulo a seguir contém temas sensíveis que podem ser gatilhos para algumas pessoas - Abuso psicológico e agressão -. Se você ou alguém que você conhece está passando por uma situação de abuso, por favor, procure ajuda profissional.
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- Você teve sorte de seu marido não ter ido para a guerra. Apesar de ser uma honra servir a coroa, e tudo, fico feliz de ele não ter sido convocado. - Emma disse, enquanto o vento batia em seu rosto e bagunçava seus cabelos.
- Com certeza. Também fico feliz de que ele não tenha ido. - Tentei ser verdadeira, ao máximo.
Percebi que meu tom não soava com verdade, não só por que era mentira, mas também porque estava incomodada com o que havia acontecido algumas horas atrás. Aquela moça, de pele escura, cabelos cacheados negros, parecia muito, mais muito parecida com uma moça que eu já havia sonhado. Aliás, tudo o que aconteceu, foi muito parecido com o sonho que eu tive. Devia estar com uma cara de tapada, pois, não demorou muito para que Emma me perguntasse o que eu tinha.
- Tem algo incomodando você desde hoje cedo.
- O que? Não. Que isso... - Disse voltando a realidade.
- Não adianta mentir. Eu lhe conheço muito bem, você tem andado avoada o dia inteiro. - Ela disse pondo sua mão sobre a minha.
- Não é nada, não se preocupe. - Apertei sua mão, e tentei a tranquilizar.
- De verdade? - Ela perguntou, não com um tom preocupado. Mas com um tom de quem sente necessidade de saber se estou bem.
- De verdade.- Afirmei novamente. - E seu marido, onde está? - Perguntei na esperança de mudar de assunto.
- Ah, Hélio? Ele disse que iria ficar até mais tarde no quartel. Ele vem trabalhando muito esses dias, ele diz que é por conta do bebê... - Ela me respondeu com um sorriso, enquanto soltava minha mão.
