01. Aulas particulares 📚

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A N Y G A B R I E L L Y

Minha cabeça dói, assim que viro a cabeça no travesseiro e me ajeito de novo para voltar ao sono. Deve ser madrugada ainda e não estou nem um pouco afim de ir para a escola hoje. Tipo, zero. Meu despertador vai tocar daqui algumas horas e até lá, espero que tenha passado a dor de cabeça, porque acordar cedo com a cabeça doendo, é foda.

- Any Gabrielly! - dou um pulo na cama, ao escutar minha mãe gritar e sinto uma pontada de dor na cabeça com o grito. Escondo a cabeça debaixo do travesseiro.

- O quê...? - resmungo, com a voz baixa e sonolenta.

- Levanta agora dessa cama! Está atrasada para a aula. - solto um resmungo, imaginando que ela pode estar brincando comigo, dizendo o horário antecipado que eu realmente levanto. - Vai tomar banho e se arrumar! - volta a gritar e escuto seus passos saindo do meu quarto.

Ainda com a cabeça embaixo do travesseiro, procuro meu celular pelo criado mudo e quando sinto ele, pego, levanto o travesseiro do rosto e vejo que horas são realmente. Puta merda! Minha mãe, pela primeira vez, não estava brincando comigo. Me levanto na mesma hora da cama, quase caindo, praticamente e corro para o banheiro, tropeçando nos meus próprios pés.

Que merda!

Porque eu tinha que ter escola hoje? Porque eu tinha que acordar cedo? E o pior de tudo, porque eu tinha que ter aula com aquele professor babaca de química, logo na segunda-feira? Que ódio! Segunda-feira e aquele professor e sua matéria, não deveriam existir. Essas três coisas não iam fazer falta.

Tomo um banho de gato e assim que saio, corro me vestir e me arrumar. Penteio rápido meu cabelo, escovo os dentes, calço meu tênis e procuro minha mochila pelo quarto. Por último, pego meu celular e saio do quarto, descendo rapidamente as escadas. Avisto minha mãe saindo da cozinha, com um lanche nas mãos e ela me entrega.

- Toma. Coma no caminho. - dou um beijo em sua bochecha e corro para fora de casa.

Entro na escola as pressas e vou o mais rápido possível para a aula. Subo as escadas, sentindo minhas pernas tremerem já e me esforço mais um pouco, para chegar até minha sala. Quando entro, sem bater mesmo, vejo todos olhando para mim, principalmente meu professor. Ele me olha, com aquele jeito irritante seu, de "tanto faz, tanto fez" e apenas continua entregando as folhas para os alunos.

- Está atrasada, Srta. Carter. - meu professor disse, me dando mais raiva do que já estou por ele.

- Eu sei. - digo educadamente. - Desculpa, professor.

- Vou deixar entrar, mesmo que já esteja dentro da sala, e não vou tolerar de novo o seu atraso. - disse, se virando para mim e eu afirmo com a cabeça, me desculpando mais uma vez e vou para uma carteira vazia.

Babaca.

Me sento na carteira, abrindo a mochila e pegando meus matérias de dentro, colocando em cima da mesa e olho para o lado, vendo o meu professor entregar, supostamente, o teste que fizemos. Eu devo ter ido bem, porque me matei de estudar e esse esforço meu só aceita um 7 pra cima. Quando o professor me entrega o testa, dou um sorriso esperançoso, mas ele cai na hora, quando vejo minha nota do canto da folha.

- 4,5? Como assim? - me levanto, revoltada e meu professor me olha, com seu olhar entediante e ignorante. - Eu me matei de estudar! Eu deveria ter tirado uma nota maior! - reclamo.

- Se tivesse se matado de ter estudado mesmo, tiraria a nota maior. Suas respostas estão erradas e não posso fazer nada. - disse e eu o olhei mais indignada ainda.

- Mas eu estudei toda a matéria! Tem alguma coisa errada aqui. - bato na papel, estressada.

- Sou eu que sou formado em química, não você. Então, eu sei muito bem a matéria que eu dei e se essa é sua nota, se contente com ela e na próxima se mate mais ainda de estudar. - retrucou, voltando a entregar os testes para os demais. Me sentei na cadeira de volta, bufando e joguei a folha do teste na mesa.

Meu Querido Professor Babaca ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora