Karina adentrou o quarto em que Sunoo estava, encontrando o garoto deitado na maca e seus pais ao seu lado com o semblante triste; estavam completamente sem esperanças. Quando o Kim notou a presença da amiga, sorriu pequeno.
— Eu tenho ótimas notícias! — avisou de uma vez, deixando os três curiosos. — Consegui um doador pra você, Sun.
Os olhos do senhor e senhora Kim chegaram a brilhar, suas feição mudaram de preocupadas para realizadas.
— Quem é!? — o senhor Kim perguntou ansioso, Karina sorriu e abriu a porta do quarto novamente, de onde Jake surgiu com as mãos no bolso da calça e o rosto sereno. — Oh, céus!
Sunoo encarou os dois ali enquanto sua mãe correu para abraçar o Sim e o agradecer por ter sido disposto a ajudar. E quando menos percebeu, o médico e enfermeiras já estavam aplicando a bolsa de sangue em si. Jake continuou lá — por insistência dos Kim e Karina — por um bom tempo, apenas sentado no sofá que tinha ali dentro.
— Acho melhor vocês irem pra casa descansar, eu vou ficar bem. — disse de forma calma, observando o estado em que os pais estavam.
— Verdade, tios! Vocês precisam descansar, eu cuido do Sunoo. — Karina respondeu sorridente, tentando convencer os mais velhos.
— Tudo bem, nós iremos. Mas lembrem-se, ligue caso aconteça alguma coisa. — a senhora Kim disse e acariciou o rosto do filho antes de se despedir dos outros dois viziantes, indo embora com o marido.
— Acho que vou indo também. — o australiano proferiu levantando-se do sofá.
— Não! Você ainda está de jejum, precisa comer alguma coisa ou então vai passar mal. — Karina impediu que o garoto saísse, fazendo ele sentar novamente.
— Mas-
— Eu irei comprar algo pra você na lojinha que tem aqui perto, fica com o Sunoo enquanto isso! E não é uma pergunta, é uma ordem. — virou-se para o Kim que estava observando os dois. — Eu já volto, ok? É bem rapidinho que eu irei na loja.
— Está bem. — sorriu doce para a mais velha, vendo-a sorrir de volta e sair do quarto.
Os dois ficaram ali sozinhos, ambos em silêncio mas com muito o que falar.
— Jake.
O Sim levantou a cabeça que antes estava abaixada, olhando no rosto do outro.
— Obrigado por.. por ter feito isso, mesmo depois de tudo que aconteceu entre a gente.
— Não a de quê. — sorriu.
— Pensei que você iria me deixar morrer. — riu nasal.
— Jamais faria algo assim, não importa o que tenha acontecido.. até porque foi culpa minha, você só revidou o que eu te fiz. Estamos quites, né? — Sunoo assentiu e ambos sorriram um para o outro. — E também, o Niki me mataria se soubesse que eu tinha o mesmo sangue que você, e ainda sim me mantive calado.
— Você acha que ele faria isso?
— Claro que sim. Cara, aquele garoto gosta de você pra caralho! Só cego pra não ver mesmo. Ele fala de você toda hora, chega entalou de tanto chorar quando vocês se afastaram. — riu ao lembrar do dia em que fora a casa do japonês ajudá-lo.
— Eu me arrependo de ter me afastado.. poderia ter dito a verdade, talvez doesse menos. — sua voz ficou chorosa, Jake arregalou os olhos.
— Ei, tá tudo bem agora, ok? Ele já sabe a verdade, você já tá se recuperando e pode conversar com ele quando receber alta. Tenho certeza que ele vai entender, ele sempre entende, Sunoo.
— Eu tenho medo de-
— Não vem com essa de ter medo, porque isso só vai atrasar seus objetivos, Sunoo. O Niki é compreensível, sempre foi e não é agora que ele vai mudar, entendeu? E vocês não precisam conversar agora, nem amanhã.. conversem quando você estiver pronto pra isso.
O Kim sorriu com as palavras de Jake, recebendo um carinho em sua bochecha após ter seu rosto secado com o lençol da maca. Ele estava certo, não era preciso fazer tudo o que pensa tão cedo. Quando se sentisse pronto, conversaria com Niki e se o universo estivesse a favor, tudo daria certo.
( . . . )
capítulo curtinho, mas espero que tenham gostado. não deixem de votar e comentar o que acharam 🤍
(próximo cap também vai ser narração, o Sunoo já vai estar completamente bem)
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What A Man Gotta Do
FanfictionO que um homem tinha que fazer para conquistar outro? Era isso que Nishimura Riki se perguntava todos os dias quando seus olhos batiam em Kim Sunoo, um dos líderes de torcida que mais chamava atenção dentro e fora do colégio.