Preparativos para uma longa jornada

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A semana anterior à viagem das amigas foi extremamente corrida. 

Meire participou de três dias da Bienal do Livro em São Paulo onde foi convidada para participar de dois dias de sessão de autógrafos e fotos com os fãs e no terceiro dia de evento ela participou de uma banca que falava sobre livros de romances e os desafios de escrever histórias únicas de um gênero tão popular entre os autores. Mas tudo bem, ela tinha tudo sob controle, pelo menos esperava que sim.

Wenndy tinha acabado de entregar uma casa para um cliente e estava ocupada com as burocracias da sua profissão. Ser designer de interiores não se trata apenas da parte divertida e criativa, infelizmente. 

As duas tinham um plano bem detalhado para passar um ano sabático na Ásia. Trabalharam feito loucas nos últimos anos para conseguir dinheiro o suficiente para bancar essa viagem dos sonhos e conseguiram. Meire é muito conhecida por leitores de todo o Brasil e suas séries de livros são um sucesso! Já Wenndy trabalha para a alta sociedade de Belo Horizonte e região, já decorou algumas casas de famosos que moram em Minas Gerais. 

Ambas são muito felizes com suas profissões e se sentem realizadas por terem chegado tão longe, mas agora chegou a vez delas realizarem mais um sonho, mais do que merecido por sinal, por terem trabalhado dia e noite nos últimos três anos só para terem a quantia necessária para passar um ano na Ásia de forma confortável. 

A primeira parada  é a Tailândia onde vão passar três meses divididos por três lugares diferentes: Bangkok, Chiang Mai e Puket. Esses locais foram escolhidos a dedo pelas duas fujoshis que amam BLs asiáticos e sempre tiveram  o sonho de conhecer o país mais badalado das séries boys love.

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As garotas moravam em um apartamento no centro de Belo Horizonte onde passavam a maior parte do tempo, principalmente quando se reuniam para maratonar seus bls preferidos ou assistir os lançamentos da semana com um balde de pipoca apoiado entre elas. 

A despedida do apê não foi nada fácil para Meire, que é a mais sentimental e de acordo com a amiga "chora com tudo", mas Wenndy também estava triste de ter que deixar o único bem material de muito valor que elas tinham para trás, só que no fundo s...

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A despedida do apê não foi nada fácil para Meire, que é a mais sentimental e de acordo com a amiga "chora com tudo", mas Wenndy também estava triste de ter que deixar o único bem material de muito valor que elas tinham para trás, só que no fundo sabia que estavam tomando a decisão certa. 

Wenndy acalmou a amiga quando estavam no Uber à caminho do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte para uma viagem de 1h15min até o Aeroporto Internacional de Guarulhos onde pegariam um avião até Londres e de lá para Bangkok.

Trinta e cinco horas e três vôos depois, elas chegaram à capital da Tailândia e estavam caindo aos pedaços, mas muito animadas. Foram do aeroporto direto para o AirBnB que estavam alugando. A casa era mais sensacional ainda vista de perto. 

Elas queriam muito chegar e já sair para explorar a cidade

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Elas queriam muito chegar e já sair para explorar a cidade. Esse era o plano inicial, mas no caminho perceberam que quando chegassem em Bangkok a única coisa que fariam era dormir até ficarem cansadas de estarem deitadas e foi isso que fizeram. 

As malas foram jogadas em um lugar qualquer da casa e as meninas se lançaram contra a cama. Bastaram apenas cinco minutos para ambas caírem em um sono profundo que durou doze horas. 

No dia seguinte, elas acordaram na hora do almoço e como Wenndy não consegue começar o dia sem comida, elas foram logo se arrumar para passar o dia fora. 

Meire: 

 Meire: 

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Wenndy:

As amigas saíram de casa e estavam distraídas conversando sobre qual comida elas queriam experimentar primeiro quando escutaram os vizinhos e por pura curiosidade olharam na direção da casa à esquerda

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As amigas saíram de casa e estavam distraídas conversando sobre qual comida elas queriam experimentar primeiro quando escutaram os vizinhos e por pura curiosidade olharam na direção da casa à esquerda. Os sorrisos que elas tinham no rosto foram lentamente desaparecendo a medida que entendiam quem eram as duas pessoas a alguns metros de distancia. A surpresa estava estampada nas expressões das amigas tanto que Meire as beliscou só para garantir que não estavam sonhando.

Elas se olharam e, mesmo com suas ótimas habilidades em se comunicar sem precisar dizer uma palavra, estavam muito atônitas para conseguir compreender o que aquilo significava. Elas poderiam gritar de felicidade ou até mesmo ir até eles e conversar como fãs normais fariam, mas elas eram tudo menos normais e precisavam ir para a esquerda. Era o que o GPS dizia e como não tinham quase nenhum senso de direção, elas preferiam seguir a risca o GPS.

Wenndy deu o primeiro passo e incentivou sua amiga a fazer o mesmo. Juntas foram chegando cada vez mais perto dos meninos e a cada passo que davam, mais os corações batiam forte com a expectativa de apenas passar por eles. Elas precisavam agir de uma forma normal para não assustá-los.

Antes que elas pudessem fazer alguma coisa, os dois garotos as cumprimentaram com um "Sawadee krab" e um wai, aquele gesto com as mãos que os tailandeses usam o tempo todo. 

Elas se olharam de novo e dessa vez a mensagem estava clara: já que estamos aqui, vamos ver no que isso vai dar.

Elas responderam "sawadee ka" e, como eles, fizeram o wai.

"Vocês estão de férias?" o mais alto perguntou.

"Sim, vamos passar um mês em Bangkok" Wenndy conseguiu dizer. Ela sabia que Meire demoraria um tempo para responde-lo já que ele é um dos seus preferidos.

"Legal, de onde vocês são?" o mais baixo perguntou e dessa vez Meire conseguiu responder.

"Que incrível" eles disseram juntos seguido por uma risada gostosa que as amigas não cansavam de ouvir.

"Muito prazer em conhecer vocês, meninas. Podem me chamar de Pavel."

"Prazer em conhece-las, eu sou o Pooh."

As amigas se apresentaram e conversaram mais um pouco com os meninos até que eles pediram que elas fossem jantar na casa do Pavel naquela noite "Já que vamos ser vizinhos por um tempo" foi o que ele disse como argumento para convence-las, mas mal sabia ele que elas já aceitariam de qualquer forma. 

Em um outro universo, talvezOnde histórias criam vida. Descubra agora