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Aquele lugar o irritava

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Aquele lugar o irritava. Não era preciso muito para deixar Ivar irritado, a raiva era quase como um membro a mais em seu corpo, tão familiar quanto as pontas de seus dedos.

Ele odiou aquela fortaleza estúpida, com seu cervo prateado estúpido. Odiou os guardas que o olhavam com indiferença. Odiou ainda mais aquele cheiro de lavanda que estava impregnado em todo canto.

Ivar também podia atribuir sua irritação a dor chata que vinha de sua perna, elas eram o motivo constante de suas ondas de ira. Mas não era isso. Ele já era acostumado com a dor, a dor era parte dele e ele aprendeu como manuseá-la muito bem. O que o deixava tão furioso era o fato de seus irmão estarem naquele momento falando com o rei daquele reino sem ele. Ivar sabia que seus irmãos não eram bobos, mas também sabia que nenhum deles tinha o mesmo olhar estratégico que ele.

Ele deveria estar lá. Causar um pouco de medo no rei idiota e depois usar todas as informações que obteria para afundar aquele lugar estúpido em um mar de sangue e caos.

Ivar era bom com o caos.

Ele gostava do caos.

Mas de jeito algum ele daria a chance de o ridicularizarem como sempre fazem com seus olhares críticos quando o viam pela primeira vez. Mesmo que o resultado fosse sempre divertido quando descobriam que Ivar era muito mais do que um simples aleijado.

Ivar preferia planejar de forma bem fria e calculada a imagem que passaria. Aquele não era o momento, mas quando fosse... Ah, eles tremeriam diante dele.

De um lugar não muito distante da entrada da fortaleza, Ivar estava encostado em uma pequena mureta de pedra observando cada pequeno detalhe. A quantidade de guardas, as armas, pontos fracos que facilitariam uma invasão...tudo o que parecia ser importante não lhe escapava e ele estava concentrado naquilo, ignorando os guardas que fingiam apenas patrulhar quando na verdade estavam atentos a cada movimento do viking.

Ivar riu por dentro.

Foi quando, atrás de uma carroça cheia de feno, ele viu um vislumbre de uma silhueta femina e algumas mechas de cabelo castanho-avermelhado. Ele piscou uma, duas, três vezes para ter certeza que não estava vendo algo errado, mas depois ele teve muita certeza de que tinha uma mulher se escondendo atrás da carroça.

Ela parecia estar com muito medo de ser pega e fazia o possível para se manter fora da vista dos guardas, sem imaginar que de onde estava, Ivar podia vê-la.

Como um bom agente do caos, Ivar não ignorou seu lado perverso quando, sorrateiramente, foi chegando perto da garota.

Os cabelos dela estavam desgranhados, as ondas brilhantes apontando para todos os lados, de trás dava para ver como o vestido simples que ela usava estava todo suja de terra e grama por toda a bainha. Uma visão de completa bagunça que Ivar apreciou por alguns segundos.

The Strings Of Destiny| VikingsOnde histórias criam vida. Descubra agora