LUCCA
AmberDOMINGO, 2020
10:39 PMDestruída. Essa era a palavra que me descrevia nesse exato momento. Me deito em seu peito e tento recuperar o fôlego. Ele fazia o mesmo. Sem nem perceber acabo pegando no sono com seu cafuné.
🖇️
08:24 AM
Abro os olhos lentamente e tento me lembrar de onde estava. Merda. Puta merda.
Olho para o relógio digital que ficava em cima do criado mudo. Eram 08:24 da manhã.
— Merda, minha mãe vai querer me matar. — falo enquanto ponho minha calcinha e meu short jeans.
— Bom dia. Já vai? — Ele fala sonolento e se senta na cama.
— Sim, minha mãe vai querer arrancar minha cabeça quando eu chegar em casa. — Falo com pressa e calço meus sapatos. — Desculpa estar saindo assim, mas eu realmente preciso ir.
— Sem problemas. Quer que eu te leve? — Ele se dispõe.
— Não precisa, eu vou pegar um táxi. Fica arrumado na hora do almoço. Vou te levar pra conhecer o Wreck, o restaurante que eu te falei. — Pego minha bolsa e pego meu celular.
*Você tem 3 chamadas perdias de "mamãe 💕"*
Droga.
— Beijos, até mais tarde. — deposito um selinho nos lábios do garoto que ainda estava sonolento.
Saio do quarto e vou correndo até a parte de entrada no hotel. Onde os táxis ficavam.
Não demoro muito para chegar na casa de Kiara. Desço do táxi e vou até a porta da frente. Toco a campainha, ninguém responde. Quando desisto de tentar chamar alguém, a porta se abre.
Sr. Carrera.— Bom dia, Sr. Carrera. — Sou o mais simpática possível. — Desculpa pelo horário, é que a Kiara trouxe meu carro e eu queria pegar de volta.
— Ah, não tem problema, eu já estou acordado desde as 06:00. Sabe como é, a idade já não me permite mais dormir até tarde. — Ele pega a chave que estava no porta chaves. — Aqui.
— Obrigado, de verdade.
🖇️
Moro a uns 6 minutos da casa de Kie, então o caminho até minha casa foi bem curto. Assim que entro na residência, não me dou o trabalho de guardar o carro na garagem, apenas deixo ele em frente a entrada da casa e adentro a mesma.
— Poxa, você dormiu fora? Nem percebi. — Minha mãe ironiza enquanto troca o canal da televisão. Ela conseguiu me ver pela visão periférica. Velha maldita.
— Desculpa, eu acabei dormindo no John B. — Minto.
Após tentar convencer ela de que realmente estava no John B., subo para meu quarto e tomo um banho. Desço novamente e vou até meu carro, havia deixado minha bolsa lá dentro. Quando abro a porta do motorista, vejo uma moto passando pelo portão da casa e se aproximando. Reconheço a motocicleta vermelha de longe.
Eu mereço.
Ele para a moto e tira seu capacete. Ele fica me observando por alguns segundos. O ignoro completamente.— Eu vim te pedir desculpas. — Rafe? Pedindo desculpas? O Rafe?
— Não é só pra mim que você deve desculpas. — Fecho o carro.
Finalmente olho para o garoto. Ele permanecia sentado na moto. Ele abaixa a cabeça e coça a nuca, fazendo aquela cara de bocó que ele sempre faz. Mas pela primeira vez, Rafe parecia minimamente nervoso e desconfortável, o que me faz estranhar, Rafe nunca demonstrou nenhum tipo de emoção na frente das pessoas.
— Não tem mais nada pra falar comigo. Pode ir.
— A foda foi boa? — Ele pergunta.
Eu só posso estar escutando errado.
— Desculpa, como? — Não estava acreditando no que estava ouvindo.
— A foda com o Lucca. — Ele fala novamente — foi gostosa? Vim aqui ontem à noite bem depois da festa e você não estava. Engraçado.
— Estava na casa de John B. — Por que estou dando satisfação para ele?
— Não estava. Eu passei por lá. Passei na casa da Kie. Você também não estava, mas seu carro sim.
Tá obcecado, porra?
— Que porra é essa? Tá com dependência emocional em mim, agora? — Falo de forma ríspida.
— Você não respondeu minha pergunta.
— Vou pedir para abrirem o portão pra você sair. — Troco o assunto e me preparo para entrar novamente em casa.
— Tenha um bom dia, Coleman. — Ele põe o capacete de volta e sai.
Babaca.
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𝐁𝐀𝐂𝐊; ʳᵃᶠᵉ ᶜᵃᵐᵉʳᵒⁿ
Fanfiction❀ 𝙾𝚗𝚍𝚎 𝙰𝚖𝚋𝚎𝚛 𝚌𝚘𝚕𝚎𝚖𝚊𝚗 𝚟𝚘𝚕𝚝𝚊 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚜𝚞𝚊 𝚝𝚎𝚛𝚛𝚊 𝚗𝚊𝚝𝚊𝚕 𝚎𝚖 𝚋𝚞𝚜𝚌𝚊 𝚍𝚎 𝚙𝚊𝚣 𝚎 𝚜𝚘𝚜𝚜𝚎𝚐𝚘 𝚗𝚊𝚜 𝚏𝚎́𝚛𝚒𝚊𝚜 𝚍𝚎 𝚟𝚎𝚛𝚊̃𝚘. 𝙼𝚊𝚜 𝚎𝚕𝚊 𝚗𝚊̃𝚘 𝚜𝚊𝚋𝚒𝚊 𝚚𝚞𝚎 𝚞𝚖 𝙺𝚘𝚘𝚔 𝚜𝚎𝚛𝚒𝚊 𝚌𝚊𝚙𝚊𝚣 𝚍...