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O OURO
Amber

O OUROAmber

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TERÇA-FEIRA, 202007:34 PM

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TERÇA-FEIRA, 2020
07:34 PM

Tampo o nariz enquanto descia lentamente dentro do poço, o que mais me preocupava além do fato de possivelmente pegar alguma ameba, era o fato de apenas uma corda estar amarrada ao meu corpo e os meninos estarem à segurando.

— Desce mais! — Digo e passo a luz da lanterna por todos os lados. Apenas pedra. — Tá bom. Cheguei no fundo!

Faço ânsia de vômito ao sentir meu corpo entrar em contato com a água gelada e fedorenta. Ela batia na minha cintura. Eu não via nada, apenas água turva e as paredes de pedra.

— Tá vendo alguma coisa? — Pope grita.

— Não, apenas águ... Ah, espera, acho que senti alguma coisa.

Cutuco o objeto duro que encostou em minha perna sobre a água. Ele não era tão pesado, então o puxo e jogo luz para o observar. Era uma estrutura óssea de uma cabeça. UMA CABEÇA.

ME TIRA DAQUI! AGORA! ME PUXA, PORRA! — Taco a cabeça longe e me debato na água desesperada.

— O que você achou? — JJ questiona e começa a puxar a corda com força, me fazendo subir lentamente.

— SÓ ME TIRA DESSA MERDA! — Durante o percurso me debato e acabo acertando a parede de pedras, mas ao invés de me machucar, formo um buraco na mesma. — ESPERA! PARA A CORDA! PARA! — Vejo as pedras caírem na água e aponto a lanterna para o buraco formado.

Eles param a corda e me permito arrancar mais algumas pedras para abrir a passagem. Não conseguia ver o que tinha dentro do buraco, respiro fundo e fecho os olhos por alguns segundos, tentando tomar coragem para me enfiar ali.

Você consegue, Amber, você consegue!

Adentro o buraco, não era possível ficar de pé, então me engatinho até o final, a sensação de me arrastar na lama era horrenda, devo admitir. Mas o que não fazemos pelos nossos amigos, não é?!
Com ajuda da lanterna, vejo um montinho coberto por lama e terra seca, passo minha mão esquerda sobre o monte, tentando ver o que estava à minha frente. Eram um monte de quadradinhos que refletiam a luz branca de forma leve. Pego em minhas mãos um dos quadradinho e o esfrego em minha blusa, o limpando melhor.

Não é possível.

— Puta merda...

— Amber? A gente precisa subir! — John B. parece desesperado ao falar. — AMBER, SOBE!

Sinto a corda ser puxada, ponho algumas barras em meu bolso direto e ando para fora do buraco. Enquanto a corda me puxava para cima, escuto barulhos de tiros. Que? Penso. Em questão de segundos, a corda é levemente soltada e eu desço alguns metros rapidamente.

— Gente! Me sobe! Eu achei!

Nenhuma resposta, apenas uma gritaria e alguns tiros secos. Após alguns minutos de esforço escalo as paredes de pedra e saio do poço. Me apoio na borda e me taco no chão, como se estivesse saindo em uma piscina. Olho para os lados e mais ninguém estava lá, nem John B., nem JJ, muito menos Pope. Tomo um susto ao ouvir um barulho de tiro e olho para trás. A senhorita Crain segurava uma espingarda e resmungava coisas inaudíveis. Não tinha tempo para pensar em negociar com a velha caduca, apenas corro para fora do porão e corro jardim à fora. Alguns tiros ainda são disparados quando pulo o muro. Praticamente me taco dentro da kombi que começava a andar.

— Porra, o que foi isso? — Pope diz indignado.

— Acho que eu saberia se tivesse levado um tiro, né? — Kiara passa a mão pela barriga à procura de ferimentos.

Permaneço em silêncio e retiro uma das barras do meu bolso, passo meu polegar sobre ela para retirar a lama. Sarah me encara boquiaberta.

— Espera, o que é isso? — Kie praticamente grita.

— CONSEGUIMOS! — Grito. A kombi é preenchida por gritos e assobios. — A GENTE CONSEGUIU, PORRA!

— VAMOS FICAR RICOS! — JJ bate no teto do carro sem tirar a atenção da estrada.

— TIPO A AMBER! — Pope sorri.

— KOOK TOTAL, KOOK TOTAL, KOOK TOTAL! — Gritamos em um único som.

Eu consegui.

🖇️

A kombi de John B. Me deixa em frente á minha casa, me despeço do pessoal e me posiciono em frente aos grandes portões de ferro, esperando que alguém os abra. Não demora muito para estar novamente no hall de entrada, encaro meu corpo de cima a baixo e me lembro que estou totalmente suja de lama e encharcada. Retiro meus tênis, ficando apenas com minhas meias molhadas. Traço o cômodo e ando em paços apertados até o pé da escada.

— Mas é isso que eu sempre falo para ela. Você acha mesmo que gosto de ver ela com esses moleques?

Escuto minha mãe conversar com meu pai dentro do escritório. Reviro os olhos ao me tocar de qual assunto eles estavam tratando. Minha relação com meus amigos sempre foi um grande tabu para eles. Impressionante.
Subo as escadas o mais rápido possível para que não me vejam daquele estado. Passo pelo corredor na ponta dos pés mesmo estando sozinha. Acho que é costume por sempre sair escondida.

Abro a porta do meu quarto e a fecho. Encosto minha testa na grande tábua de madeira e deixo um sorriso escapar ao lembrar da caça ao tesouro.
Sério, eu nunca acreditei, mas era a mais pura verdade.

— P-Por que você tá assim? — A voz masculina ecoa pelo quarto e eu pulo de susto.

Sério?

• Espero que tenham gostado do cap

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Espero que tenham gostado do cap.

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