Capítulo VI - Passeio

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   Enquanto caminhava pelas ruas da cidade ao lado de Law, Luffy sentia o vento acariciar seu rosto e o sol aquecer sua pele. Era uma sensação tão simples, mas tão revitalizante. Ele olhou para Law, que caminhava a seu lado com sua habitual expressão séria. Se perguntou se Law também já havia sentido falta da liberdade tanto quanto ele em algum momento da sua vida.

   Luffy não podia deixar de pensar em seus irmãos durante aquele passeio. Suas memórias das palavras de Ace e Sabo ecoavam em sua mente. Eles sempre lhe diziam que a liberdade era o tesouro mais valioso que alguém podia ter. Na época, ele não entendia completamente o que aquilo significava, mas agora, com cada passo que dava pela cidade, ele compreendia.

   Ele se sentia mal por ter esquecido essa parte de si mesmo durante o tempo preso no Submundo. Naquele lugar infernal, a liberdade era apenas um sonho distante. Ele havia sido privado dela, aprisionado pelas circunstâncias e pelas regras cruéis daquele mundo sombrio. Mas agora, a cada passo, ele se sentia mais leve, como se um peso tivesse sido retirado de seus ombros. Ele estava livre novamente, mesmo que fosse apenas por um breve momento.

   E ele estava determinado a aproveitar cada segundo dessa liberdade, afinal havia lembrado o porquê a valorizava tanto.

   Luffy olhou para Law e sorriu. "Obrigado por me fazer lembrar quem eu realmente sou", pensou. E com esse pensamento, ele continuou a caminhar ao lado de seu estranho conhecido, ansioso para explorar cada canto da cidade e redescobrir o significado da liberdade que tanto valorizava.

— Hey, Torao. — Chama, recebendo a devida atenção. — Vamos no shopping?

— Não acha perigoso que alguém te reconheça? — Ele parece receoso ao questionar. Luffy sorri, balançando a cabeça.

— Eu vou tomar cuidado, Torao. Não vou chamar atenção, prometo. — Luffy assegurou com um olhar decidido. — E também, quem me reconheceria? Não estamos em Goa.

   Luffy entendeu a preocupação de Law, mas sua ansiedade para explorar a cidade era irresistível. Ele não queria perder a oportunidade de aproveitar a liberdade que estava experimentando naquele momento. Além disso, estavam em Desrossa, qual a probabilidade de ter conhecidos ali?

— Tudo bem, mas fique perto de mim o tempo todo, e se ver alguém que te conhece, me avise imediatamente. — Ele fez questão de estabelecer regras após suspirar cansado.

   Não queria negar ao mais novo um pedido tão genuíno.

— Pode deixar, Torao! Vou ficar grudado em você o tempo todo! — Ele respondeu animado, demonstrando sua determinação de não criar nenhum problema.

   Os dois seguiram em direção ao shopping, com Luffy mantendo-se perto de Law como prometido. Enquanto se aproximavam do shopping, Luffy continuou a observar maravilhado a agitação das pessoas e a vida movimentada da cidade. Era como se ele estivesse em um mundo completamente novo, e ele estava absorvendo cada momento. Cada pessoa que passava por ele, cada loja que via, cada cheiro que chegava às suas narinas, tudo parecia novo e excitante.

   Luffy estava determinado a não esquecer essa visão, a sensação de liberdade que o rodeava. Ele se sentiu grato por Law tê-lo trazido para esse passeio, por ter o recordado do significado da liberdade que ele tanto valorizava. Chegando no shopping, Luffy não conseguia evitar a sensação de que estava se reconectando com uma parte de si mesmo que havia ficado perdida no Submundo.

   Quando enfim entrou no lugar, Luffy não conteve a animação, demonstrando interesse em quase tudo o que via. Law observava com um olhar cético, mas não podia deixar de sorrir de vez em quando diante da empolgação de Luffy.

Submundo - (LawLu)Onde histórias criam vida. Descubra agora