Ihana

Capítulo 6

Aliança substantivo feminino

1. FIGURADO: anel que simboliza noivado ou casamento.
2. Pacto ou tratado entre indivíduos, partidos, povos ou governos para determinada finalidade.

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Camila.

A vida é extremamente uma caixinha de surpresa, em questões de minutos tudo pode mudar, e, nem sempre de forma positiva. A minha pelo menos não foi. Digamos que, ontem eu era apenas Camila, a irmã mais velha da Sofia, a melhor amiga da Dinah, a favorita do tio Gordon, aa prodígio para tia Milika e a futura namorada da Marina. Aaah Marina... Às vezes acho que você me abandonou propositalmente. Minha sentença se iniciou quando fui sozinha para o aeroporto, usando da sua desculpa, mais fajuta de que não poderíamos ir juntas por procedimento, o que não era de toda mentira, porém penso também, que talvez tenha sido birra sua pela briga que tivemos na parte da manhã. Então sim, acredito que tenha me deixado ir sozinha propositalmente, contudo, esses por quês e suposições, no momento continuarão sem nenhuma resposta, essas que talvez eu nem tenha mais.

Minha sentença de morte iniciou-se na infância, e por muito acreditei que nunca mais teria essa sensação de novo, até que minha única alternativa foi me lançar diretamente à morte. E aqui estou eu, morta, mas viva, viva, porém sem o controle, dentro do meu corpo e não podendo fazer absolutamente nada. Novamente estou com o fim dos meus dias decretados e de mãos atadas, tudo porque a porra do meu corpo está no controle de uma parasita, filha de uma puta, frouxa, sonsa, e que não tem a porra do pulso firme para enfrentar um pigmeu oxigenada.

"PORRA...PORRA...PORRA..." – Gritei comigo mesma, encolhida em um canto, ao escutar a loira falsa dizer que eu não fui uma boa escolha para a parasita da Lërn.

Encontrar meus pais, a abuelita seria um alívio, porém eles me bateriam em saber que desisti facilmente, que não fui capaz de fazer nada, que não lutei para ficar com minha única inspiração de vida, minha irmãzinha, minha Sofia. Que desespero, que agonia...

"Respira Camila. Respira" – Tentava me acalmar, não tinha noção do quanto minhas reações poderiam afetar a sensível da parasita controladora, não que eu estivesse preocupada com o bem-estar dela, mas acredito que ela não estava habituada a sentir o misto que eu estava de sentimentos, e tão pouco quero acabar comigo de forma precoce.

– Pense em algo bom Camila. – O pedido veio diretamente da parasita, que eu tanto xingava ultimamente. – Conte-me sobre um lugar favorito. Um momento feliz, me fala algo que te acalme.

Sua intenção era me distrair sobre o que a oxigenada da Allyson falava, tirando meu foco das coisas ruins e das novas regras que eram ditas para ela. Ver o mundo sem conseguir se movimentar de fato é totalmente estranho, ouvir outras pessoas falando, ver os movimentos do meu corpo sem ser eu, ver outras pessoas, tudo era completamente diferente e assustador. Contudo, recentemente, outra situação estava tomando minha atenção, a parasita estava tendo sonhos completamente loucos, e eu me divertia quando suas reações eram comigo.

Descobrir que era possível enviar reações por seu corpo, ajudou quando precisava tirar meu foco das tristezas que eu sentia, me aproveitava desses momentos de sonhos para enviar reações as partes mais sensíveis de meu corpo, que no caso agora era dela. E já que agora ela precisa se distrair no momento, para não sentir minha raiva, e aguardava minha resposta sobre meu lugar favorito, nada mais fascinante do que brincar com suas reações. Quer relaxar parasita? Aproveite as sensações!

Me conectei a Lërn, agarrando o ponto que sabia que enviaria reações diretamente ao seu corpo. Enviei imagens minhas entrando no meu banheiro, na semana antes de viajar para a missão. Olhava meu corpo pelo espelho, eu era realmente linda, definitivamente gostosa, tirei minha camiseta deixando a mostra meu sutiã que apertava de forma delicada meus seios, deslizei minhas mãos pelo mesmo, aproveitei da transmissão dessa imagem, para enviar um arrepio delicioso pelo corpo nosso corpo. Quando Allyson ficou de costas para si, Lërn se remexeu desconfortável na cadeira. Um a Zero para Camila.