𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝒜 𝐥𝐨𝐛𝐨 𝐦𝐚𝐮 [Hiatus]

CAPÍTULO 1°~ Cordeiro

!AVISO! Esse episódio pode conter cenas angustiantes, fiquem avisados!

•Coloquei essa música pois achei que ela combinou muito com esse episódio, espero que aproveitem•

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Uma jovem donzela se encontrava vagando sem rumo em uma alva e fria floresta nevada. Seus joelhos estavam gravemente feridos e rios de sangue escorriam de seu ferimento, deixando um rastro carmesim por onde ela passava. Mas apesar do estado de suas pernas, ela continua se aprofundando mais e mais na floresta. Ela estava em pânico, como se estivesse fugindo de algo.
A acinzentada neblina à envolve, sufocando-a em um desespero ainda maior, ela olha para trás na esperança de identificar seu perseguidor, mas a neblina densa a impede de ver qualquer coisa à frente de seu nariz, o que a deixava ainda mais nervosa. Logo, ela se vira de volta para frente, se preocupando em apenas continuar correndo o mais rápido que podia, para o mais longe possível, sem se importar com seu estado.

Sua respiração ofegante e seus batimentos cardíacos são as únicas coisas que podem ser ouvidas no silêncio da mata, como se a mesma estivesse morta, mas ao mesmo tempo, inquieta. Com suas sombras e galhos retorcidos ela tenta engolir a pequena garota ainda viva. Galhos cobertos por espinhos se prendem eu sua roupa e cabelo, impedindo-a de avançar. Cheia de adrenalina em seu corpo, ela não se permite ficar presa por suas garras, quebrando os galhos que a agarravam, mas como consequência, os espinhos rasgam a pele de seus braços, mãos e rosto, causando cortes profundos. Distraída com os galhos, ela tropeça em uma raiz escondida na neve.

E acaba caindo.

Seu corpo se encontrava em um estado que conseguir se mexer já era um grande milagre, e aquela raiz foi a gota d'água.

...

Ela rola ladeira abaixo, batendo em algumas árvores no processo. Até que ela caí em um monte de neve fofa, o que inutilmente amortece um pouco sua queda. Ela fica inconsciente por alguns instantes após cair.
Ela lentamente abre seus olhos e levanta seu dorso vagarosamente, que doía por inteiro.
Agora, estando finalmente parada e com a adrenalina se esvaindo, ela podia sentir todo o peso de seu corpo, misturado com toda a dor das colisões e dos cortes, o cansaço a atinge, ela se sentia tonta, mas era incapaz de desmaiar por conta da dor, fazendo daquele momento uma verdadeira tortura. Os cortes ardiam e seu sangue congelava, ela não conseguia sentir mais suas pernas, nem a ponta dos dedos de sua mão.
Ela já repousava em sua própria cova, branca e fria.
Assim como uma ovelha ferida, já não havia mais esperanças de sobrevivência. Tudo o que ela podia fazer era chorar e se render à dor, aguardando sua morte em silêncio.

...

Ruídos de passos vindos do cimo da colina de onde ela havia caído chama sua atenção, hesitante mas curiosa ela decide levantar seus olhos para cima.